Na
sexta- feira (22) e no sábado (23) as seleções de Brasil e Alemanha tiveram oportunidade
para mostrar as lições aprendidas com os tropeços na primeira rodada da copa do
mundo. As expectativas de elásticas goleadas sobre os adversários da estreia
foram frustradas. O empate de uma e a derrota da outra surpreenderam torcedores
e jornalistas, derrubando as bolsas de aposta ao redor do planeta. Veio à tona
uma conhecida frase: nenhum jogo é vencido por antecipação.
Na
sexta, a equipe brasileira enfrentou a Costa Rica. Procurava superar as
dificuldades e mostrar que o resultado do jogo anterior foi um mero acidente de
percurso. Vontade não faltou. Tampouco desorganização. Apesar de ter maior
posse de bola, a seleção não conseguiu transformar sua vantagem em gols. As
poucas tentativas corretas foram parar nas mãos de Navas. O goleiro
costa-riquenho defendia e botava sua equipe no ataque. O toque de bola adversário
não ofereceu perigo para o Brasil. Gol anulado de Jesus. Empate justo!
O
segundo tempo teve maior movimentação. Repetiu-se o panorama do tempo anterior.
Brasil indo para cima. A seleção da América Central defendendo e esperando uma
bola boa para sair no contra-ataque. Foi então que, aos 32 minutos, brilhou a
estrela da copa: o vídeo assistant referee (VAR). Coube
ao árbitro
auxiliar de vídeo confirmar se houve pênalti na queda de
Neymar, derrubado por González. O juiz principal apitou. Todavia o VAR desmascarou
a malandragem do jogador brasileiro.
Parecia
que o segundo jogo das duas equipes terminaria sem gols. Porém os seis minutos
de acréscimos oferecidos pela arbitragem ajudaram a desencantar a seleção
brasileira duas vezes. A primeira foi aos 46 minutos com o gol de Coutinho, e
aos 52, com Neymar. No final da disputa, ele chorou. Mas seu choro não pareceu ser
relevante.
https://www.youtube.com/watch?v=4JKiPQoImpA
O
jogo do sábado também ofereceu sua dose de dramaticidade. A campeã Alemanha
precisava vencer a Suécia para se redimir da derrota na estreia e continuar
sonhando com o bicampeonato. Entrou pressionando o adversário. Tanta
determinação fez os torcedores acreditarem que o gol era só uma questão de
tempo. Mas a lógica deu ao contrário. O gol anotado aos 31 minutos por
Toivonen, fez a alegria de quem desejava a vitória da sueca. A seleção alemã
sentiu o golpe mas voltou para suas jogadas elaboradas e sem nenhuma conclusão
correta.
O
segundo tempo foi frenético desde o início. Movida pela necessidade de
sobrevivência, a Alemanha, assumiu logo o controle das ações. O ímpeto era tão
grande que, aos 02 minutos, foi recompensado com o empate através de Reus. A equipe
continuou no ataque, forçando o recuo dos suecos. Mesmo assim, o gol da vitória
não balança as redes. Nada do gol e com uma baixa aos 36, causada pela expulsão
justa de Boateng, depois de receber o segundo cartão amarelo.
A
disputa continuou do mesmo jeito. Mesmo com um homem a menos, a Alemanha não
abriu mão de atacar. Contudo a dificuldade para marcar o segundo gol dava
impressão de que a Alemanha teria que depender de uma combinação de resultados
na terceira rodada. Porém os cinco minutos de acréscimos lhes foram úteis. A cobrança
de falta feita por Kroos, no último minuto do cinco dados como acréscimo,
resolveu a situação da equipe.
https://www.youtube.com/watch?v=5G9m2Vi6z8w
Por
fim, Brasil e Alemanha conseguiram as vitórias almejadas. Porém não faltou
suor. Costa Rica e Suécia venderam caro suas derrotas. Aos poucos, as lições da
derrota da Argentina para a Croácia, na quinta-feira, começam a ser assimiladas
pelas equipes favoritas: não há mais time bobo. O negócio mesmo é jogar com
dedicação para vencer e seguir adiante na competição.
Harold