Hoje apresento um texto escrito por mim no início do mês. Naquele período, estava lendo um livro sobre a obra de Carlos Drummond de Andrade, meu poeta favorito (ao lado de Fernando Pessoa). No livro há citação sobre a história de amor vivida pelo poeta ao lado de Lygia Fernandes. No depoimento dela dá para perceber o quanto foi intenso este amor que atravessou décadas, só encerrando com a morte do poeta em 1987.
Esta leitura me motivou a homenagear o poeta e sua amada. Segue o texto. Espero que vocês leiam e depois escrevam seus comentários.
Harold
A vinda do amor
Aroldo José
Me veio o amor, foi Deus quem me deu.
Veio assim, de fininho. Surpreendente!
Quando eu menos esperava.
Melhor assim. Abençoado acaso!
Veio assim, de fininho. Surpreendente!
Quando eu menos esperava.
Melhor assim. Abençoado acaso!
Este amor foi chegando, dominando meu espaço,
Mexendo com os móveis e as coisas do meu mundo.
Renovando meu estoque de fatos
Que exaltavam o marasmo.
De repente, percebi o meu renascimento.
Foi algo assim como o aparecimento do sol
Naquela manhã de tempo nublado.
O prêmio de loteria foi oferecido
Para alguém que nunca soube apostar.
Agora eu tenho um amor, que é o maior;
Que é o amor que eu queria ter há tempos,
Mas não sabia como alcançá-lo;
Como invocá-lo nos becos de desesperada paixão.
Então tudo mudou com a vinda do amor.
Devo dizer adeus aos fabricantes da dor
E dançar exaustivamente pelas ruas.
Brasília, 02/10/05
Para Carlos Drummond de Andrade e Lygia Fernandes
Para Carlos Drummond de Andrade e Lygia Fernandes
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