Ainda tenho na memória as três últimas voltas do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 (F1), realizado na tarde do último domingo. Faz tempo que não o autódromo de Intervalos não era palco de uma grande corrida. Pelo menos, no caso da F1.Ali estavam dois pilotos jovens disputando o título mundial. Felipe Massa, aos poucos, conquistando espaço na Ferari, e Lewis Hamilton, inglês, da Mclaren, vice-campeão de 2007. A pole era de Massa, ele foi líder o tempo todo. Hamilton procurou administrar. Não atacou quase não foi atacado. Ele guiava com regulamento debaixo do braço. A boa vantagem lhe permitia ser campeão mesmo que o rival ganhasse a prova. Bastava chegar no quinto lugar.
Porém tudo que é emocionante se revela no final. E assim foi. E foi preciso que dois pilotos alemães tornassem a corrida um filme de ação. O primeiro, Sebastian Vettel, estava no sexto lugar e desejou a posição à sua frente, ocupada por Hamilton. Naquele momento, o inglês era campeão. Mas Vettel queria melhorar sua classificação e foi para cima do adversário. Não sossegou enquanto não fez a ultrapassagem.
Com sua atitude ousada, o alemão estava transformando Massa no campeão mundial. Tudo muito bem. O brasileiro cruzou em primeiro. Festa da torcida brasileira, da família de Felipe e o time da Ferari. Quando parecia que tudo estava consumado, eis que o intrépido Vettel decidi ganhar mais uma posição, desta vez, sobre seu compatriota, Timo Glock. Este tentou se segurar do jeito que pode. Mas seus pneus secos não funcionaram mais na pista molhada.
Glock foi ultrapassado por Vettel. Até aí, nada demais. Todavia eis que acontece o fato definidor do campeonato: Hamilton, no vácuo, também supera Glock e cruza a linha de chegada no quinto lugar e se tornar o campeão da temporada atual. Felipe ganhou a corrida com mérito. Porém o campeonato foi parar nas mãos do piloto da Mclaren.
Como brasileiro, esperei pela vitória de Massa. Mas procuro ter um olhar mais amplo. Reconheço que, durante todo o campenato, Hamilton procurou a vitória de tal forma que lhe renderam pontos e uma vantagem preciosa para a corrida final. Fico orgulhoso desta corrida tão marcante ter acontecido no meu país. Que venham outras.
Aroldo José Marinho
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4 comentários:
Desde o começo da corrida eu já esperava pelo título de campeão indo pro Hamilton. Era muito difícil acontecer o que aconteceu ano passado, aquele erro que tirou o título das mãos dele. Onde eu assisti à corrida estavam todos acreditando no título pro Massa, e eu caí na besteira de revelar durante toda a corrida o meu ponto de vista, com a vitória do Massa e o título pro Hamilton. Nas últimas voltas todos estavam em êxtase, gritando incontrolavelmente, mas eu estava concentrado no que acontecia, nas ultrapassagens em decorrência da chuva, e pude tentava avisá-los da possível ultrapassagem de Hamilton que lhe daria o título. E aconteceu. Eu falei, mas ninguém me dava ouvidos, gritavam sem parar. Quando perceberam o que tinha acontecido, uma deles olhou pra mim e me taxou de secador, culpado pela derrota. Despediu-se e foi embora. Por um instante ficou um clima chato, e ninguém comentou mais nada.
Moral da história: não seja o chato racional em dia de emoção.
Hajá coração foi uma corrida sensacionl! Felipe Massa mostrou ser um grande piloto mais uma vez liderando a corrida de ponta aponta, gnahou mais não levou o titulo, Felipe Massa demosntrou ser um verdadeiro desportista mesmo, perdendo o titulo teve ombridade de não acusar niguem pela perda do titulo deu uma demostração de ser um piloto preparado para grandes desafios que o aguardam na formula I no ano que vem. Parabens Aroldo pelo seu blog abraço do.
Celso.
Obrigado Celso!
A sua observação sobre Massa é verdadeira. O cara foi digno. Venceu a corrida. Não levou o campeonato mas foi um vencedor no coração dos brasileiros.
Um abraço!
Oi Daniel!
Eu vivi uma situação quase igual à sua. As pessoas que assistiram comigo acreditavam na virada do Massa. Ficaram eufóricas nas últimas voltas. Porém, não tomaram atitudes desesperadas quando foi anunciado que Hamilton tinha cruzado no quinto lugar.
Como sou virginiano, amante da verdade, é difícil não ser racional. Mas admiro quem consegue não ser.
Um abraço! Saudações enzísticas!
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