Assisti, algumas vezes, aos concertos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, regida por Barbato. Pessoalmente, só tive um contato com ele. Conheço mesmo é Silviane, sua irmã e minha colega de profissão. Como ela, o maestro era uma pessoa de fino humor.
Conheci o maestro Silvio Barbato (à direita na foto acima) por meio do meu filho mais velho, André. Sílvio havia tido a idéia de montar um espetáculo juntando rock com música sinfônica.
André entrou com o rock da banda dele, Trampa. Silvio entrou com a direção e os músicos da sinfônica de Brasília. Deu certo. Ali começamos a ficar amigos.
Eu só o conhecia como o grande maestro que sempre foi.
Descobri que além disso ele era uma pessoa carinhosa, cultíssima e de humor e paladar refinados.
Transitava com a maior desenvoltura por todos os gêneros musicais.
Se ouvia falar que no Nordeste havia uma orquestra infantil que tocava com instrumentos de lata, corria a conhecê-la, e logo começava a imaginar como poderia pô-la em evidência.
Procedeu assim com vários grupos musicais desconhecidos.
Sílvio foi um artista que se sentia absolutamente à vontade nas grandes salas de concerto da Europa e nos espaços musicais mais humildes e acanhados de qualquer cidade do interior brasileiro.
Viajava com intensidade e prazer entre esses dois mundos tão distintos.
Estava pronto para reger dessa vez a orquestra sinfônica de Kiev.
Era um dos 226 passageiros do vôo sinistrado da Air France.
2 comentários:
Uma grande perda !
Concordo com você. Espero que ele esteja em bom lugar.
Abraços!
Postar um comentário