Os principais veículos de comunicação do país avisaram ontem (29/03) sobre o falecimento de Armando Nogueira. Nascido no Acre mas radicado no Rio de Janeiro desde os 17 anos, o jornalista de 83 anos não resistiu ao câncer e, às 07:00, partiu para a eternidade. De lá, deverá escrever belas crônicas sobre situações humanas e poéticas.
Talvez o nome de Nogueira, que começou no jornalismo em 1950, não diga muita coisa ou nada para os leitores e as leitoras do blog. Porém, de alguma forma, ele é conhecido destas pessoas. Pelo menos duas criações suas fazem parte do imaginário de todos nós: o Jornal Nacional e o Globo Repórter.
No ano de 1966, Armando ingressou na nascente TV Globo. Foi contratado para a missão de dar um bom formato ao departamento de jornalismo da emissora. Foi ele o criador da Central Globo de Jornalismo (CGJ). Deu certo, seu estilo ágil e objetivo ajudou a TV carioca a ganhar a credibilidade dos telespectadores e a se transformar na Rede Globo que todo o Brasil conhece.
Durante 25 anos, ele foi o comandante do jornalismo global. Foi um dirigente esforçado. Implantou o jornalismo em rede nacional e procurou ter entre seus companheiros profissionais de talento. Estes posteriormente escreveram com talento seus nomes na comunicação de massa deste país.
O ciclo de Nogueira na Globo foi encerrado em 1990. Saiu em busca de novos desafios. Botou, de novo, na ordem do dia, a paixão que sentia pelo futebol. Suas crônicas passaram a ser lidas nas páginas esportivas dos principais jornais brasileiros. Mas a televisão e o rádio não queriam que ele ficasse tão distante. Por isso, lá foi Armando fazer comentários para a rede Bandeirantes, o SportTv e a CBN.
Quem acessar os noticiários da internet nesta segunda-feira, perceberá que hoje só dá Armando. Parece até ironia, se formos considerar que ele sempre afirmou que o papel do jornalista é divulgar a notícia e não ser a notícia. Todavia não teve jeito. O que não faltou foi gente comentando e lamentando a morte deste mestre do bom jornalismo.
Descanse em paz Armando!
Aroldo José Marinho
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