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04 abril 2010

A corrida de hoje

Transcrevo notícias sobre o grande prêmio de Fórmula 1 que ocorreu hoje cedo, no horário de Brasília, lá na Malásia. Quem postou foi Fábio Seixas (http://fabioseixas.folha.blog.uol.com.br/arch2010-04-01_2010-04-30.html#2010_04-04_07_50_22-11074102-0), que escreve sobre F1 para o Uol.

A corrida foi vencida pelo Sebastian Vettel (foto). Porém quem mais lucrou com ela foi Felipe Massa. No final da prova, o brasileiro virou líder do campeonato.

Tudo de bom!
Harold


Vettel vence, Massa lidera




Na Malásia, enfim, a Red Bull fez valer sua força. Enfim, conseguiu não perder uma corrida. Fez o que deveria ter feito no Bahrein e na Austrália, pelo carro que tem: dobradinha.

Vitória de Vettel, com Webber na segunda colocação. Rosberg foi o terceiro, o primeiro pódio desta nova era da Mercedes na F-1.

Kubica, novamente num belo trabalho, ficou em quarto, seguido por Sutil e Hamilton. Massa foi o sétimo, e Alonso abandonou no finalzinho.

O resultado de tudo isso: Massa é lider do Mundial.

Quem esperava chuva, viu 56 voltas de pista seca.

E quem esperava diplomacia de Vettel, quebrou a cara.

Terceiro no grid, o alemão não quis saber daquela história de aliviar nos primeiros metros, ignorou o fato de o pole ser seu companheiro de equipe. Rosberg, segundo colocado, coitadinho, não viu nada. E Webber, quando viu, já estava sendo ultrapassado.
Os dois pilotos da Red Bull fizeram as primeiras curvas lado a lado. E Vettel levou a melhor. Foi embora, fechou a primeira volta na liderança.

Lá atrás, Hamilton fazia coisa parecida, reprisando a pilotagem agressiva de Melbourne, passando o que estivesse pela frente. Chegou a levar uma advertência por ziguezaguear na frente da Petrov após ultrapassá-lo.

Button foi outro que fez lembrar a Austrália. Como a chuva não veio, foi o primeiro a entrar nos boxes para colocar os pneus duros, na 10ª volta. E, como na semana passada, se deu bem. Logo, tornou-se o piloto mais rápido na pista e começou a ser seguido pelos outros.

A McLaren ainda arrumava os boxes quando a TV mostrou Schumacher se arrastando pela pista. Encostou, abandonou, pegou carona numa moto. É, o retorno está sendo difícil...

Na 15ª volta, os dez primeiros eram Vettel, Webber, Rosberg, Kubica, Sutil, Hamilton, Alguersuari, Massa, Alonso e Button.

"E a chuva?", perguntou Hamilton pelo rádio na 19ª volta. "Nenhum sinal dela. Talvez não chova até o fim da prova", respondeu seu engenheiro.

O jeito foi acelerar fundo. Na volta seguinte, o inglês cravou o melhor tempo da corrida até então, 1min40s574.

Lá na frente, Vettel não conseguia escapar de Webber. A diferença não passava dos 2 segundos. Na 20ª volta, era de 1s7. Na 21ª, de 1s6. E se mantinha nessa faixa.

Na 22ª volta, Kubica foi o primeiro do pelotão da frente a visitar os boxes. Na 23ª, Rosberg parou. Simultaneamente, Sutil, que já tinha parado, cravou a melhor volta em 1min40s090, escancarando a vantagem dos pneus duros àquela altura da prova.

Não por coincidência, Vettel parou na 24ª volta. Voltou à frente de Hamilton. Webber parou na 25ª. Retornou em terceiro, atrás de Hamilton.

Na 27ª, a Ferrari chamou Massa para os boxes. Justo: ele estava à frente de Alonso e merecia, portanto, a deferência de passar mais tempo na pista com os pneus mais favoráveis.

Ou seja, menos um ponto para os adeptos da teoria da conspiração.

Massa largou com os pneus duros. Colocou, pois, os mais macios. E logo começou a voar na pista, cravando volta mais rápida, indo na contramão da maioria.

Ou, melhor: mostrando à maioria que aquela era a melhor opção de pneus naquele momento.

Hamilton que o diga. O inglês fez estratégia idêntica. Foi um dos poucos a largar com os duros, parou na 31ª volta e trocou para os macios. Na 32ª, fez a melhor volta, 1min37s745.

Na 36ª volta, Alonso enfim foi para os boxes, o último da frente a fazê-lo.

Na volta seguinte, portanto, as posições "normais" foram reestabelecidas: Vettel, Webber, Rosberg, Kubica, Sutil, Hamilton, Button, Massa, Alonso e Alguersuari.

A diferença do alemão para o australiano, 2s7. Melhor para Vettel, portanto, mas não exatamente um alívio.

O nome da corrida, então, virou Alonso. Começou a cravar voltas mais rápidas consecutivamente, chegou a tirar 2s4 para Massa numa única volta, a 41ª.

O brasileiro reagiu. Na 44ª, passou Button, deixou a encrenca para o inglês. "Good boy. Beautiful", ouviu do engenheiro, pelo rádio.

Alonso deu o primeiro bote na 46ª volta. Mas por fora, na primeira curva, acabou levando o xis.

Na ponta, só então Vettel teve um pouco de sossego: 5s8 para Webber.

Mais ainda havia um último grande acontecimento: na penúltima volta, Alonso tentou pela última vez ultrapassar Button. Colocou por fora, levou um novo xis e então o motor foi para o espaço. Fumaça e abandono.

Barrichello terminou em 12°.

Menções honrosas Di Grassi (14°) e Senna (16°) cruzando a linha de chegada.

No Mundial, Massa tem 39 pontos. Alonso e Vettel têm 37. É a primeira vez desde Magny-Cours-2008 que o brasileiro lidera o campeonato. Para quem sempre pecou nos inícios de Mundiais, Massa vem fazendo muitíssimo bem a lição de casa. Parabéns.

Ah, sim: agora é esperar as manchetes dos jornais espanhóis...

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