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08 dezembro 2010

Lembrança certa no lugar errado

O texto que reproduzo abaixo foi escrito no blog de Luís Carlos Quartarollo. Ele faz parte da equipe esportiva da rádio Jovem Pan, de São Paulo. Quartarollo comenta sobre um fato ocorrido na segunda-feira (06/12), durante  a festa que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promoveu para premiar os melhores do campeonato nacional de futebol profissonal. 

Infelizmente, o assunto abordado por Quartarollo que muitos dos principais dirigentes esportivos, ainda, apresentam uma mentalidade de torcedor equivocado. Vale ler e depois fazer uma boa reflexão.

Aroldo José Marinho



Andrés Sanchez não aguentou segurar a língua do torcedor que ainda tem dentro de si e foi muito deselegante na festa de encerramento do Campeonato Brasileiro.

Alfinetou o Fluminense quando disse que caiu para a Série B, mas voltou de cabeça erguida dentro do campo, uma referência direta ao Tapetão do time carioca que retornou à Série A em 2000 pelas portas do fundo.

O Fluminense tinha caído para a Série C, ganhou o direito de subir para a Série B, mas daí veio a confusão no Campeonato Brasileiro que a CBF não queria realizar e o Clube dos Treze não assumiu.

Foi quando apareceu um monstrengo se fingindo de Campeonato que era o Torneio João Havelange vencido pelo Vasco numa final contra o São Caetano com alambrado caindo e tudo mais acontecendo em São Januário.

O São Caetano, o vice-campeão, também subiu na mão grande se aproveitando de maquinações políticas da Federação Paulista de Futebol.

Não era também para estar lá, a exemplo do Fluminense que tinha que disputar primeiro a Série B para voltar ao principal Campeonato do país.

Tudo isso é verdade, assim como são verdades as polêmicas envolvendo o Campeonato Brasileiro de 2005 vencido pelo Corinthians e ninguém se lembrou disso na festa da CBF.

Andrés tinha que se lembrar que a atual diretoria do Fluminense, os atuais jogadores e o técnico Muricy Ramalho não tiveram nenhum envolvimento na manobra casuística do João Havelange.

Foi um fato pontual na história do Campeonato e do clube e seria mais elegante e justo reconhecer o título legalmente conquistado nesta temporada pelo time carioca.

Seria mais bonito, mais espirituoso e mais afeito ao cargo de presidente de um dos principais clubes do futebol brasileiro.

A não ser a torcida do Fluminense, que ficou indignada com Andrés, ninguém mais no salão se lembrou que o Corinthians não ganhou nada no ano do Centenário, que entra para a história como o ano do “Centenada ou Sem Ter Nada”, como queiram.

Parece mesmo que Andrés não suporta um tricolor ganhando um título.

Quando não pega no pé do São Paulo, pega no pé do Fluminense mesmo por erros quase do século passado.

Reconhecer o mérito de um campeão é uma obrigação, presidente Andrés Sanchez.
Continuar batendo num adversário caído como o senhor tem feito com o São Paulo, é desumano.

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