A disputa presidencial brasileira estava correndo sem nenhuma novidade no front. Dilma Rousseff (PT) continuou aumentando sua vantagem sobre José Serra (PSDB). As tentativas do oposicionista de vender aos eleitores a idéia de que ele era a continuação perfeita do presidente Luís Inácio Lula da Silva não deu certo. Quando o arsenal de tentativas estava esgotando, eis que surgiu um fato para dar novo alento à campanha do combalido Serra.
A imprensa divulgou que dados fiscais de Verônica Serra, filha do candidato, teriam sido acessados ilegalmente. Foi insinuado que os autores dessa ação estariam ligados à candidata petista. A notícia fez o tucano mudar de postura. Deixou a imagem de homem polido para posar de pai ultrajado. E mais, aproveitou a situação para forçar mais uma semelhança com Lula: disse para a imprensa que o que estavam fazendo com ele foi o mesmo que fizeram com a filha de Lula, na eleição presidencial de 1989.
Que história é essa? Vou contar. Como já se passaram vinte e um anos, é necessário refrescar a memória nacional. Naquele ano, aconteceu a primeira eleição presidencial pós-golpe de 1964. O segundo turno da eleição foi surpreendente. Apesar do apoio pesado da mídia, a candidatura do ex-governador alagoano Fernando Collor de Mello começou a enfraquecer. O povo ia às ruas gritar o nome de Lula. Acendeu o sinal vermelho. O grupo de Collor resolveu jogar pesado.
Primeiro começaram a questionar sua liderança sindical. Depois, sua atuação parlamentar. Então lembraram de sua escolaridade incompleta. As tentativas não surtiram o efeito desejado. Então a tropa de choque de Collor decidiu vasculhar a vida particular de Lula. Mexendo aqui e ali, descobriram que ele tinha uma ex-namorada rancorosa. Do envolvimento de Lula com a ex-enfermeira Miriam Cordeiro nasceu Lurian.
No programa de Collor, Miriam estarreceu o Brasil. Contou que Lula queria que ela interrompesse a gravidez. E não contente, insinuou que o ex-namorado era um sujeito mesquinho e racista. Desnecessário dizer qual foi o efeito das afirmações de Cordeiro sobre o eleitorado. E pior, o efeito sobre Lurian, a filha entrou em estado de choque, preferiu o distanciamento em relação à mãe.
O estrago estava feito. Lula perdeu a eleição. Collor assumiu a presidência. Três anos depois, ele se tornou o primeiro presidente afastado por causa de corrupção. Também foi constatado que Miriam Cordeiro recebeu dinheiro da turma de Collor para difamar Lula em rede nacional. Perdeu a credibilidade do povo e o respeito da filha.
Serra lembrou dessa triste e deprimente história. Quis mostrar que ele foi humilhado, que sua fllha foi humilhada, etc, etc, etc. Talvez o mais ingênuo ou o mais desinformado dos leitores consiga acreditar no discurso do tucano. Porém a verdade precisa ser mostrada. Há sempre um outro lado da história. Será que Serra nunca fez mal para a filha de ninguém?
A imprensa divulgou que dados fiscais de Verônica Serra, filha do candidato, teriam sido acessados ilegalmente. Foi insinuado que os autores dessa ação estariam ligados à candidata petista. A notícia fez o tucano mudar de postura. Deixou a imagem de homem polido para posar de pai ultrajado. E mais, aproveitou a situação para forçar mais uma semelhança com Lula: disse para a imprensa que o que estavam fazendo com ele foi o mesmo que fizeram com a filha de Lula, na eleição presidencial de 1989.
Que história é essa? Vou contar. Como já se passaram vinte e um anos, é necessário refrescar a memória nacional. Naquele ano, aconteceu a primeira eleição presidencial pós-golpe de 1964. O segundo turno da eleição foi surpreendente. Apesar do apoio pesado da mídia, a candidatura do ex-governador alagoano Fernando Collor de Mello começou a enfraquecer. O povo ia às ruas gritar o nome de Lula. Acendeu o sinal vermelho. O grupo de Collor resolveu jogar pesado.
Primeiro começaram a questionar sua liderança sindical. Depois, sua atuação parlamentar. Então lembraram de sua escolaridade incompleta. As tentativas não surtiram o efeito desejado. Então a tropa de choque de Collor decidiu vasculhar a vida particular de Lula. Mexendo aqui e ali, descobriram que ele tinha uma ex-namorada rancorosa. Do envolvimento de Lula com a ex-enfermeira Miriam Cordeiro nasceu Lurian.
No programa de Collor, Miriam estarreceu o Brasil. Contou que Lula queria que ela interrompesse a gravidez. E não contente, insinuou que o ex-namorado era um sujeito mesquinho e racista. Desnecessário dizer qual foi o efeito das afirmações de Cordeiro sobre o eleitorado. E pior, o efeito sobre Lurian, a filha entrou em estado de choque, preferiu o distanciamento em relação à mãe.
O estrago estava feito. Lula perdeu a eleição. Collor assumiu a presidência. Três anos depois, ele se tornou o primeiro presidente afastado por causa de corrupção. Também foi constatado que Miriam Cordeiro recebeu dinheiro da turma de Collor para difamar Lula em rede nacional. Perdeu a credibilidade do povo e o respeito da filha.
Serra lembrou dessa triste e deprimente história. Quis mostrar que ele foi humilhado, que sua fllha foi humilhada, etc, etc, etc. Talvez o mais ingênuo ou o mais desinformado dos leitores consiga acreditar no discurso do tucano. Porém a verdade precisa ser mostrada. Há sempre um outro lado da história. Será que Serra nunca fez mal para a filha de ninguém?
Aroldo José Marinho
Um comentário:
Gostei muito do artigo principalmente do titulo muito bom.
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