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30 novembro 2005

Quero

Tudo bem? Vim apresentar uma pequena poesia, que foi escrita por uma talentosa baiana: Alice Lordêlo. É um texto breve mas muito belo e cheio de significações amorosas. De certo modo, a figura meiga de Alice está refletida na sua poética, no seu jeito de oferecer doçura ao mundo.
Boa leitura!
Aroldo José Marinho


QUERO

Alice Lordêlo

"Quero, quero tanto
Quero contigo tudo
Sorrir, falar, cantar
Ser e sonhar
Viver
Eu e você
Nós em um único momento
E mais ninguém!"
                

28 novembro 2005

Um poeta lá nas Gerais

Hoje este espaço é aberto para Bruno Brito, um poeta que mora em Belo Horizonte (MG). Quanto não está militando na poesia, Bruno atua como gerente comercial do Unibanco, na capital mineira.
Este poeta gosta de brincar com as palavras, surpreendê-las e, ao mesmo tempo, surpreender aos leitores. Sem dúvida, não se pode ficar indiferente ao seu texto. Espero que vocês gostem de sua publicação.
Quem desejar fazer contato com o citado poeta, deve acessar: brunobritosouza@yahoo.com.br



Uiofobia

Como alguém pode sofrer disso?
Alguém sabe o que é?
Sentir aversão ao próprio filho.
Algo que eu quero cada vez mais.
Ter...
Criar...
Educar...
Amar...
Um, dois, três... mais de seis.
Eu seria uma mistura de Dona Graça e Seu Edmilson.
Meus pais.
Minha única referência.
Num mesmo ninho.
Emoção e razão, respectivamente.
Extrema abdicação.
Fico imaginando.
O dia do nascimento.
Estarei lá?
Que pergunta idiota.
Depois, o que viria?
O primeiro sorriso.
Os primeiros passos.
E depois de algum tempo.
Escutar...
Pai.
Porém, sinto medo.
Medo de colocar uma vida nesse mundo tão cruel.
Medo de não poder ensinar o que eu não aprendi.
Medo de ele ser ela ou ela ser ele.
Acho que encararia numa boa.
Mas todos os pais pensam nisso.
Você nunca pensou?
Enquanto os dias passam.
Continuo vivendo.
E me perguntando.
Quando serei pai?
Aos 25 ou aos 50?
Sei lá... quando a hora chegar.
A mãe...
Paraense ou mineira?
Seria pelo menos uma brasileira?
Que pergunta difícil.
Não diria difícil.
Diria sem importância.
O mais importante seria.
Que ela... a mãe...
Não sofresse de uiofobia.