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26 junho 2009

Letra e tradução de PYT

Segue a letra e a tradução da canção citada na postagem anterior. Junto, coloquei esta charge que vi no Yahoo. Nela vemos São Pedro recebendo Michael no paraíso.
A título de registro, informo que Michael Joseph Jackson nasceu em 29/08/58, na cidade de Gary, no estado de Indiana, sétimo dos nove filhos do metalúrgico (colega de profissão do presidente Lula?) Joseph e da dona de casa Katherine. O resto da história é conhecida.
Harold


PYT (Pretty Young Thing)
Michael Jackson

Where did you come from lady
And ooh won't you take me there
Right away won't you baby
Tendoroni you've got to be
Spark my nature
Sugar fly with me
Don't you know now
Is the perfect time
We can make it right
Hit the city lights
Then tonight ease the lovin' pain
Let me take you to the max


I want to love you (P.Y.T.)
Pretty Young Thing
You need some lovin' (T.L.C.)
Tender lovin' care
And I'll take you there
I want to love you (P.Y.T.)
Pretty Young Thing
You need some lovin' (T.L.C.)
Tender lovin' care
I'll shake you there

Anywhere you wanna go

Nothin' can stop this burnin'
Desire to be with you
Gotta get to you baby
Won't you come, it's emergency
Cool my fire yearnin'
Honey, come set me free
Don't you know now is the perfect time
We can dim the lights
Just to make it right
In the night
Hit the lovin' spot
I'll give you all that I've got

I want to love you (P.Y.T.)
Pretty Young Thing
You need some lovin' (T.L.C.)
Tender lovin' care
And I'll take you there
I want to love you (P.Y.T.)
Pretty Young Thing
You need some lovin' (T.L.C.)
Tender lovin' care
I'll take you there

Pretty young things, repeat after me
(Michael) I said na na na
(P.Y.T.'s) na na na
(Michael) na na na na
(P.Y.T.'s) na na na na
(Michael) I said na na na
(P.Y.T.'s) na na na
(Michael) na na na na na
(P.Y.T.'s) na na na na na
(Michael) I'll take you there

I want to love you (P.Y.T.)
Pretty Young Thing
You need some lovin' (T.L.C.)
Tender lovin' care
And I'll take you there
I want to love you (P.Y.T.)
Pretty Young Thing
You need some lovin' (T.L.C.)
Tender lovin' care
I'll take you there

Coisinha linda

Michael Jackson

Dama! De onde você veio?

E oh! Você não me levará lá,

Assim bem depressa gata?

Ternurinha você conseguiu

Acender a faísca da minha natureza,

Faça um vôo doce comigo.

Você não sabe que agora

Que este é o momento perfeito?

Nós podemos fazer tudo perfeito

Acender as luzes da cidade.

Então nesta noite facilite a dor do amor,

Deixe-me lhe fazer chegar ao máximo

Eu quero amar você (PYT)

Coisinha linda

Você precisa só um pouquinho de amor

Ternura, amor e bem querer (TLC)

E eu farei você conseguir isso

Eu quero amar você (PYT)

Coisinha linda

Você precisa só um pouquinho de amor

Ternura, amor e bem querer (TLC)

E eu estimularei você para isso.


Para onde você quer ir?


Nada pode fazer parar este desejo ardente

Que tenho de estar com você,

De conquistar você meu bem.

Você não virá me socorrer? Esta é uma emergência


Controle o meu fogo ansioso,

Doçura faça que eu me senta livre.

Você não sabe que agora

Que este é o momento perfeito?

Nós podemos apagar as luzes

E fazer tudo sair perfeito

Nessa noite

E alcançarmos o ponto certo do amor.

Eu darei tudo que você quer que eu lhe dê


Eu quero amar você (PYT)

Coisinha linda

Você precisa só um pouquinho de amor

Ternura, amor e bem querer (TLC)

E eu levarei você lá

Eu quero amar você (PYT)

Coisinha linda

Você precisa de um pouco de amor

Ternura, amor e bem querer (TLC)

E eu farei você conseguir isso.


Coisas lindas, repitam depois de mim:
(Michael) Eu disse: na na na
(P.Y.T.'s) na na na
(Michael) na na na na
(P.Y.T.'s) na na na na
(Michael) Eu disse: na na na
(P.Y.T.'s) na na na
(Michael) na na na na na
(P.Y.T.'s) na na na na na
(Michael) Eu farei vocêI conseguir isso


Eu quero amar você (PYT)

Coisinha linda

Você precisa só um pouquinho de amor

Ternura, amor e bem querer (TLC)

E eu farei você conseguir isso

Eu quero amar você (PYT)

Coisinha linda

Você precisa só um pouquinho de amor

Ternura, amor e bem querer (TLC)

E eu estimularei você para isso.


Uma notícia surpreendente


Eu estava na noite de ontem lendo meus e-mails e conversando com algumas pessoas queridas no msn. O papo era comum, troca de informações. De repente, minha prima Inês entrou anunciando ter lido nos sites de notícias sobre o falecimento de Michael Jackson. Acessei o uol e confirmei a triste notícia. Confesso que fiquei espantado, meio sem ação. Comecei a pensar em dois fatos.

O primeiro aconteceu no dia 24, por volta das 18:00, 18:30. Eu estava no Senado, esperando na ante-sala para ser atendido por determinado senador da base governista. Para contornar a chatice que era a espera, abri minha pasta, tirei um radinho e um fone de ouvido. Sintonei numa rádio fm, lá tocava PYT (Pretty Young Thing), de Michael Jackson. Depois tocou Say say say, dele com Paul McCartney. Ouvi estas canções, sobretudo, a primeira, fez minha mente viajar para Macapá, tinha cidade natal; para o tempo em que eu tinha 15 anos.

Naquela época, o nome de Jackson era muito forte. E olha que não existia, ainda, a Mtv para promovê-lo. Suas canções tocavam nas rádios, seus clipes eram vistos muitas vezes. A gente ficava torcendo para que um novo vídeo dele surgisse. Era um barato ouvi suas canções, ver sua imagem.

O segundo fato está ligado à canção PYT. Este texto foi minha primeira tradução. Aprendi inglês na escola, gostava do idioma mas não tinha uma prática nele. Um dia, peguei o encarte do disco Thriller. Fui lendo letra por letra, entendi algumas coisas, outras não. Mas a melodia desta canção me encantou. Decidi que iria traduzí-la. Peguei dois dicionários e fui fazendo a tarefa. Apanhei em alguns momentos, me perdi, peguei o fone e liguei para minha professora de inglês para esclarecer uma ou outra dúvida. O certo é que cumpri aquilo que me propus fazer.

Hoje tenho alguma desenvoltura na língua inglesa. Às vezes, faço traduções como profissional. Muitas vezes, recebo elogios por esse trabalho. Acho que dou conta do recado. Mas tudo começou ali, em 1983, com o texto da canção de Michael. Então, devo alguma coisa ao rei do pop. Por isso, neste momento de tristeza que sua morte deixa em nossos corações, quero prestar a minha referência para ele e oferecer para vocês o clipe da canção PYT, com sua letra e tradução.

Viva Michael Jackson!

Aroldo José Marinho

Michael Jackson- PYT (Pretty Young Thing)


20 junho 2009

Há lugar para os profissionais

Reproduzo aqui texto que li hoje na edição de hoje do jornal Correio Braziliense. Creio que vale a pena ler e refletir sobre o tema abordado.
Bom final de semana!
Aroldo José Marinho

Há lugar para os profissionais

Hélio Doyle
Jornalista, professor da Faculdade de Comunicação da UnB


Convidei o cineasta, documentarista e ex-jornalista Vladimir Carvalho para conversar com meus alunos, calouros de jornalismo, publicidade e audiovisual — as três habilitações do curso de comunicação na Universidade de Brasília. Foi excelente. Vladimir, professor aposentado da UnB, poderia perfeitamente ainda estar dando aulas. Tem conhecimento acumulado, experiência profissional, vivência acadêmica, energia e trabalhos importantes, muitos deles premiados, a mostrar.


Mas hoje ele não seria aceito pela UnB: não tem o título de doutor, sequer o de mestre. As universidades federais geralmente só abrem concurso público para doutores. No mínimo, em alguns casos, para mestres.


Por isso, Vladimir Carvalho, 22 filmes realizados, um dos maiores documentaristas do país, não conseguiria ser professor na UnB. Mas um jovem de 28 anos de idade, sem um só filme realizado, tem grandes chances de ser contratado — se tiver o título de doutor, quem sabe obtido com uma tese sobre a obra cinematográfica de Vladimir Carvalho.


O mesmo aconteceria com o jornalista Carlos Chagas, também já aposentado como professor da UnB. Hoje, Chagas, com toda sua experiência profissional e de vida, excelente professor que foi, não conseguiria entrar na UnB. Não é doutor nem mestre. As normas estabelecidas pelas autoridades educacionais consideram que uma vaga de professor de jornalismo estará mais bem ocupada por um jovem inexperiente profissionalmente, que muitas vezes mal conhece uma redação e nunca exerceu a função de repórter ou editor, mas que seja doutor.

Tem mais. Só se entra na UnB com dedicação exclusiva. Ou seja, um jornalista ou publicitário bem-sucedido, que chefie uma redação de jornal ou uma agência de propaganda, não pode levar seus ensinamentos aos alunos de comunicação se não optar pela dedicação exclusiva à instituição, deixando de lado a vida profissional. Mesmo que seja excelente professor. E titulação vale para ganhar mais, experiência profissional não vale nada.

Como as normas de avaliação do ensino superior não consideram as especificidades dos cursos e privilegiam a titulação, a exigência absoluta de pós-graduação hoje se estende às instituições privadas de ensino superior, que precisam ser bem avaliadas pelas autoridades educacionais. Há poucos dias, uma delas demitiu um grupo de professores (fala-se em 60) sem pós-graduação. Entre eles, jornalistas experientes, bons profissionais — e, pelo que dizem alunos e ex-alunos, alguns são ótimos professores.

Em cursos como o de comunicação, que forma jornalistas, publicitários, relações públicas e profissionais da área audiovisual, é preciso aliar as disciplinas de formação teórica e o embasamento científico à formação para a atividade profissional. São ensinados os processos e as teorias da comunicação, mas os alunos de jornalismo, por exemplo, também têm de aprender a apurar uma notícia, entrevistar uma fonte, redigir um texto jornalístico, editar para meios impressos ou eletrônicos. Mais que isso, têm de entender a profissão, conhecer a realidade do mercado no qual serão jogados. Não é o título de mestre ou de doutor que fará alguém, necessariamente, ensinar isso melhor do que um jornalista experiente e competente.


A boa universidade tem de ter muitos doutores e mestres e deve se empenhar para que seus professores obtenham esses títulos. A maioria dos professores deve se dedicar exclusivamente ao ensino e à pesquisa. Mas há lugar para professores que, sem títulos acadêmicos, tenham vivência, experiência profissional e carreiras bem-sucedidas. E, sobretudo, vontade de transmitir conhecimentos. Não há razão para exigir que profissionais dispostos a dedicar algumas horas semanais ao ensino tenham de se afastar das redações, agências, produtoras e emissoras.


A pós-graduação é um elemento importante de avaliação acadêmica, e deve ser incentivada, mas não é essencial para todos os que dão aulas no ensino superior. Falo da comunicação, que conheço. Presumo que isso não se aplique a todas as áreas acadêmicas. Mas já ouvi o mesmo argumento de alunos, professores e profissionais do direito, da arquitetura, da medicina, das artes. Doutores, mestres e especialistas devem conviver com bacharéis, que no futuro poderão ser pós-graduados. Professores em dedicação exclusiva devem conviver com professores que dão duas, quatro ou oito horas de aulas semanais. A universidade voltada para a formação integral de seus alunos só tem a ganhar com essa diversidade.


17 junho 2009

María. Letra e tradução


Saudações calorosas e solidárias para todos os leitores e todas as leitoras do blog. Agradeço suas visitas e seus comentários. Sem dúvida, são seus elogios e suas críticas que contribuem para que o blog tenha sempre algo de bom e útil para lhes oferecer.

Segue a letra da canção interpretada por Ricky Martin, cujo o vídeo foi postado anteriormente. Esqueci de informar que a canção é, na verdade, uma homenagem que faço para uma pessoa muito especial. Com as bençãos de são José.

Segue também a tradução que fiz da letra.

Tudo de bom!
Aroldo José Marinho



María
I. Blake/ K. C. Porter/ L. G. Escolar

Ella es una mujer especial
Como caída de otro planeta
Ella es, un laberinto carnal
que te atrapa y no te enteras

Así es María,
Blanca como el día
Pero es veneno,
Si te quieres enamorar

Así es María,
Tan caliente y fría
Que si te la bebes,
De seguro te va a matar

Un, Dos, Tres
Un pasito p' adelante
Un, Dos, TresUn pasito p' atrás
Aunque me muera ahora
María
Te tengo que besar

Ella es como un pecado mortal
Que te condena poco a poco
Ella es un espejismo sexual
Que te vuelve loco loco

Así es María,
Blanca como el día
Pero es veneno,
Si te quieres enamorar
Así es María,
Tan caliente y fría
Que si te la bebes,
De seguro te va a matar

Un, Dos, Tres
Un pasito p' adelante
Un, Dos, Tres
Un pasito p' atrás
Aunque me muera ahora,
María
María, a mí qué más me da

Un, Dos, Tres
Un pasito p' adelante
Un, Dos, Tres
Un pasito p' atrás
Un, Dos, Tres
Un pasito p' adelante
Un, Dos, Tres
Un pasito p' atrás
Un, Dos, TresUn pasito p' adelante



Maria
I. Blake/ K. C. Porter/ L. G. Escolar

Ela é uma mulher especial
Que parece que caiu de um outro planeta.
Ela é um labirinto carnal
Que te pega sem dar nenhum aviso

Assim é Maria
Branca como o dia
Mas se torna um veneno
Se você quiser namorá-la
Assim é Maria
Tão quente e tão fria
Que se você a beber
Com certeza, ela te matará

Um, dois, três
Um passinho para frente Maria
Um, dois, três
Um passinho para trás
Ainda que eu morra agora,
Maria
Eu tenho que lhe beijar

Ela é como um pecado mortal
Que te condena pouco a pouco
Ela é uma miragem sexual
Que te deixa louco, louco

Assim é Maria
Tão quente e tão fria
Que se você a beber
Com certeza, ela te matará
Um, dois, três

Um passinho para frente
Maria
Um, dois, três
Um passinho para trás
Ainda que eu morra agora,
Maria
Maria
O que mais você me dará?

Um, dois, três
Um passinho para frente Maria
Um, dois, três
Um passinho para trás
Um, dois, três
Um passinho para frente.

Apresentando Ricky Martin

Um dos artistas mais expressivos da cena latina é o cantor porto-riquenho Ricky Martin. Depois de atuar como ator e modelo em comerciais de artigos infantis, Ricky conheceu o sucesso ao entrar para o grupo Menudo, em 1984, onde cantou por cinco anos. Posteriormente, trabalhou como ator no México.

Sua estréia solo ocorreu em 1991. Não obteve o êxito esperado. Este só aconteceu quando lançou com terceiro disco A medio vivir (1995), que vendeu mais de 600 mil cópias no Brasil. É deste disco, a canção María, seu maior hit,que foi tema da novela Salsa e Merengue (1996).

Além do talento, Ricky impressiona por sua colaboração com as causa hamanitárias promovidas pelas Nações Unidas e por sua simpatia e esforço para interagir com o público. Prova desse esforço é o fato de que, nas vezes em que esteve no Brasil ou em Portugal, procurou atender aos jornalistas falando um português quase fluente.

A idéia era psotar o clipe original da canção Maria (http://www.youtube.com/watch?v=MdX07v0f9M4). Porém sua incorporação no You Tube foi desativada. Por isso, segue na postagem o clipe de uma apresentação ao vivo (http://www.youtube.com/watch?v=6-Egdb001KE).

Harold
Ricky Martin- María

12 junho 2009

Informações sobre Aimee



Não é novidade para os leitores e as leitoras do blog a minha predileção por Aimee Mann (www.aimeemann.com), a moça aí das fotos. A genial cantora e compositora norte-americana toca fundo no meu coração. Suas composições me oferecem sensações de bom gosto e equilíbrio. Tanto é que, se alguém vier me dizer que não há valor no trabalho dela, certamente, terei pena do infeliz e pobre opinador.
Conheço o trabalho dela desde 2007. Descobri meio que por acaso. Estava na frente da televisão numa tarde de calor, fazendo zapping nos canais pagos. Quando cliquei num certo canal, vi um clipe de uma cantora que tocava um violão. Havia alguma coisa de folk rock na música dela. Imaginei que fosse Melissa Etheridge, que vi, no final do século passado, numa edição do prêmio Grammy. Quando terminou a exibição do clipe, os caracteres desmentiram meu pensamento. Lá estava escrito: Aimee Mann.
Por nunca ter ouvido este nome, acessei a internet atrás de informações. Escrevi o nome da cantora loura na Wikipedia. Fiquei sabendo que ela nasceu no dia 8 de setembro (como meus primos Cléber e Helder) de 1960. Se tivesse nascido na véspera, seria minha parceira de data. A Wikipedia me informou que Aimee atuou, nos anos 80, como vocalista/baixista da 'Til Tuesday, banda new que teve relativo sucesso tendo, inclusive, emplacado o clipe da canção Voices carry na Mtv (http://www.youtube.com/watch?v=zz4pTMN3abw). A mente clareou. Lembrei que um dos meus irmãos comprou um vinil dessa banda. Todavia nunca ouvi este trabalho.
Além disso, descobri que o trabalho dela não me era de todo desconhecido. É dela a trilha sonora do filme Magnólia, de 2000, que concorreu ao Oscar na categoria. Vi o filme e gostei bastante. Minha impressão era que as canções serviam como suportes para as personagens da trama. E não é que eu estava certo? O diretor do filme, Paul Thomas Anderson, declarou que escreveu o roteiro escutando Bachelor N. 2, terceiro disco da carreira solo de Mann. Portanto, foi quase lógica que mais de 95% da trilha fossem compostas com as canções dela. A forcinha de Anderson fez com que a carreira de Aimee ganhasse repercussão mundial.
De posse destas informações, fui ao e-mule para baixar todos os trabalhos de Mann que estivessem disponíveis. Só encontrei a já citada trilha de Magnólia e o cd Forgotten Arm. Comecei a ouví-los adoidadamente. Quanto mais ouvia, mais gostava. Levei a coisa tão a sério que meu interesse pelo trabalho de Aimee começou a me trazer problemas. Uma pessoa estimada demonstrou incômodo e ciúme por causa de minha atitude efusiva em relação à cantora.
A artista é uma pessoa de muita atitude. Procurou ocupar seu espaço na cena musical com esforço e talento. Nunca foi de bajular a imprensa ou de se abrigar nas asas das grande gravadoras. Ralou bastante junto com os colegas de 'Til Tuesday. Coerência sempre foi algo perceptível no seu trabalho. Além do sucesso com a trilha de Magnólia, ela recebeu diversos prêmios e consolidou seu nome na cena do rock independente de seu país e também junto à grande mídia.
Recentemente, um amigo me presenteou com uma cópia de Smilers, último cd da cantora. Comovido, agradeci o presente e comecei a ouví-lo uma, duas, muitas vezes. Impossível não gostar. As composições abordam temas pertinentes para as pessoas que já passaram dos trinta anos. Além disso, os arranjos apresentam influências diversificadas. Há timbre de folk, como é de praxe. Mas Aimee também dialoga com utiliza outras linguagens. Por exemplo, uma canção abre espaço para o uso de teclados numa proposta bem new wave (lembranças de 'Til Tuesday?). Noutra, há a presença de instrumentos de uma big band. Enfim, é um disco de raro bom gosto.
Como artista Aimee Mann, que dirige o selo Super Ego Records com o marido Micahel Penn, nada precisa provar. Tem o respeito de quem aprecia o bom rock e a boa música em geral. Por isso, sempre que lança um disco, é criada alguma expectativa, que também traz uma certeza: está chegando coisa boa.
Aroldo José Marinho

A Igreja que acolhe

Boa tarde!
Vocês devem estar lembrados de um caso de violência sexual, acontecido em Alagoinha, no interior de Pernambuco, e que abalou o país. Uma menina de nove anos engravidou por conta dos abusos que lhes foram causados pelo padrasto. A lógica sugeria a interrupção da gravidez de dois gêmeos. Porém essa não era visão de D. José Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife. Sua postura foi duríssima: ordenou ex-comunhão para os médicos, enfermeiros e a mãe da menina. Só esta foi poupada por ter menos de 16 anos.

Sentada a poeira, reproduzo um texto que me foi enviado pelo amigo Aroldo Braga, que é meu xará, lá em Sampa, e trabalha como assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O artigo, publicado em 15/03/09, no jornal L' Osservatore Romano, órgão oficial da Santa Sé. Nele, o articulista D. Rino Fisichella, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, faz um análise ponderada sobre o ocorrido em Pernambuco. Sua análise é lúcida e deixa evidências de que nem todos os sacerdotes apresentam a limitação de pensamento de D. Sobrinho.
Segue o texto com a tradução livre de Mariângela Jaguraba.
Aroldo José Marinho


A Igreja que acolhe
"O debate sobre algumas questões freqüentemente se torna cerrado e as diferentes perspectivas nem sempre permitem considerar o quanto o acontecimento em jogo seja realmente grande. É este o momento em que se deve olhar o essencial e, por um momento, deixar de lado aquilo que não toca diretamente o problema. O caso em sua dramaticidade é simples. Uma menina de apenas nove anos, a quem chamaremos Carmen, e a quem devemos olhar fixamente nos olhos sem distrair sequer um minuto, para fazê-la entender o quanto a queremos bem. Carmen, em Alagoinha, foi violentada várias vezes pelo seu jovem padrasto, engravidou de dois gêmeos e nunca mais teve uma vida tranqüila. A ferida é profunda porque a violência a destruiu por dentro e dificilmente lhe permitirá no futuro olhar os outros com amor.
Carmen representa uma história de violência cotidiana e ganhou as páginas dos jornais somente porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou em excomungar os médicos que a ajudaram a interromper a gravidez. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida, pois estamos acostumados a ver todos os dias fatos de uma gravidade sem igual, se não fossem as reações causadas pela atuação do bispo. A violência sobre uma mulher é grave, e se torna ainda mais deplorável quando perpetrada contra uma menina pobre, que vive em condição de degradação social. Não existe linguagem correspondente para condenar tais episódios, e os sentimentos que surgem são mui tas vezes uma mistura de raiva e de rancor que se acalmam somente quando é a justiça é feita e se tem certeza de que o criminoso será punido.
Carmen deveria ter sido em primeiro lugar defendida, abraçada, acariciada com doçura para fazê-la sentir que estamos todos com ela; todos, sem exceção. Antes de pensar na excomunhão era necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente e recolocá-la num nível de humanidade da qual nós homens de Igreja devemos ser anunciadores e mestres. Assim não foi feito e, infelizmente, a credibilidade de nosso ensinamento sofre com isso, pois aparece aos olhos de muitos como insensível, incompreensível e sem misericórdia. É verdade, Carmen trazia consigo outras vidas inocentes como a sua, não obstante fossem frutos da violência, e foram ceifadas; isso, todavia, não basta para fazer um julgamento que pesa como uma guilhotina.
No caso de Carmen se confrontaram a vida e a morte. Por causa de sua tenra idade e de suas condições de saúde precárias sua vida corria sério risco por causa da gravidez. Como agir nestes casos? Decisão árdua para o médico e para a lei moral. Escolha como esta, mesmo como uma casuística diferente, se repetem cotidianamente nas salas de tratamento intensivo e o médico se encontra só no ato de decidir o que fazer. Ninguém chega a uma decisão desse tipo com desenvoltura; é injusto e ofensivo pensá-lo.
O respeito devido ao profissionalismo do médico é uma regra que deve envolver todos e não pode consentir chegar a um julgamento negativo sem antes considerar o conflito criado em seu íntimo. O médico traz consigo sua história e sua experiência; uma escolha como essa de ter que salvar uma vida, sabendo que coloca em sério risco outra, jamais é vivida com facilidade. Certo, alguns se acostumam a tais situações que e as vivem sem sentimento; nestes casos, porém, a vocação de ser médico é reduzida apenas a uma profissão vivida sem entu siasmo e passivamente. Fazer de um caso um todo, além de incorreto seria injusto.
Carmen repropôs um caso moral entre os mais delicados; tratá-lo de forma rápida não faria justiça nem à sua frágil pessoa nem aos que estão envolvidos no caso. Como todo caso singular e concreto, merece ser analisado de forma peculiar, sem generalizações. A moral católica possui princípios dos quais não pode prescindir, mesmo o se quisesse. A defesa de uma vida humana desde a sua concepção pertence a um destes princípios e se justifica pela sacralidade da existência. Todo ser humano, de fato, desde o primeiro instante de vida traz consigo a imagem do Criador, e por isto estamos convictos de que devem ser reconhecidos os direitos e a dignidade de toda pessoa, primeiro entre todos o de sua intangibilidade e inviolabilidade. O aborto não espontâneo sempre foi condenado pela lei moral como um ato intrinsecamente mau e este ensinamento permanece imutável em nossos dias desd e os primórdios da Igreja. O Concílio Vaticano II na Gaudium es spes - documento de grande abertura e perspicácia em relação ao mundo contemporâneo - usa de forma inesperada palavras inequívocas e duríssimas contra o aborto direto. A colaboração formal constitui uma culpa grave que, quando realizada, exclui automaticamente da comunidade cristã. Tecnicamente, o código de Direito Canônico usa a expressão latae sententiae para indicar que a excomunhão se atua automaticamente no momento em que o fato acontece.
Não era preciso tanta urgência e publicidade ao declarar um fato que se realiza de maneira automática. O que se sente maior necessidade neste momento é o sinal de um testemunho de proximidade a quem sofre, um ato de misericórdia que, mesmo mantendo firme o princípio, é capaz de olhar além da esfera jurídica para atingir aquilo que o direito prevê como objetivo de sua existência: o bem e a salvação daqueles que cr êem no amor do Pai e daqueles que acolhem o Evangelho de Cristo como as crianças, que Jesus chamava para junto de si e as abraçava dizendo que o reino dos céus pertence a quem é como elas.

Carmen, estamos do seu lado. Partilhamos o sofrimento pelo qual passou, queremos fazer de tudo para lhe restituir a dignidade que lhe foi tirada e o amor de que você precisa ainda mais. São outros que merecem a excomunhão e o nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e ajudam a recuperar a esperança e a confiança, não obstante a presença do mal e a maldade de muitos".


Paz no amor

No 12 deste mês, é comemorado o dia dos namorados. Só aqui. No resto do mundo, vale 14 de fevereiro, dia de São Valentino. NUma postagem de quatro meses expliquei o motivo da discrepância.

Para quem ama, as duas datas são relevantes. Que bom! Por isso, como homenagem posto o texto de Mira Alves que aborda as questões do universo de quem ama.

Mira é uma poeta goiana, da cidade de Luziânia. Todavia já está radicada aqui há muito tempo e atua no circuito como poeta alternativa. Às vezes, colaboro com sua obra, como digitador e revisor.

Segue o belo texto de Mira. Feliz dia 12 para todos nós!
Harold


Paz no amor
Mira Alves

Busco o teu olhar no meu olhar

enquanto durar esse encantamento.

Voa o meu

pensamento,

encantamento.

No amortizações

depois

da guerra,

a paz;

depois

da guerra,

a paz

no amor.

No amor,

depois

do amor,

a guerra,

a paz.

A paz

tem um sabor

a mais

depois das brigas,

das intrigas,

a paz

no amor.


11 junho 2009

Um texto de Veríssimo

A crônica que segue foi escrita por Luís Fernando Veríssimo (foto) e tematiza sobre o passado. Foi postada na edição de hoje do blog de Noblat (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/06/11/revisionismos-194600.asp). Espero que curtam sua leitura.
Harold


Revisionismos

O passado não é um lugar seguro. Volta e meia aparecem revisionistas querendo mudar tudo, abalando antigas certezas e dizendo que o acontecido não aconteceu, ou não aconteceu bem assim. História, já se disse muito, é versão, mas gostamos de pensar que alguns fatos do passado são fatos mesmo e não interpretações convenientes. Os revisionistas não permitem. A função deles é não deixar o passado em paz. E sugerir que há sempre a possibilidade de uma versão nova para um fato velho.

As repetidas comparações do Obama com o Roosevelt provocaram uma reação nos Estados Unidos, segundo a qual não apenas o Baraca tem pouco a ver com o Roosevelt histórico como o próprio Roosevelt tem pouco a ver com o mito que se formou em torno do seu governo. Segundo a história - ou o mito, para os revisionistas - Roosevelt pegou um país arruinado pelos desmandos de um capitalismo fora de controle durante o governo Hoover, enfrentou os cachorros grandes das finanças e do conservadorismo e, com programas sociais acusados de bolchevistas, subsídios para a produção acusados de anti-americanos e uma mobilização popular acusada de populista e coisa pior - embora fosse um aristocrata - salvou os americanos. Os revisionistas dizem que muitas das medidas contra a crise dos anos 30 já tinham sido tomadas por Hoover, que até agora era o grande vilão da história, que Roosevelt aliou-se aos cachorros grandes, convencendo-os a aceitar seu pseudosocialismo com o argumento que, além de salvar os Estados Unidos, estava salvando o capitalismo, e que no fim sua política intervencionista não estava dando muito resultado. Um adendo inescapável à versão revisionista, nem sempre, compreensivelmente, citada, é que não foi a mobilização do New Deal de Roosevelt que tirou o país da crise, foi a mobilização para a Segunda Guerra Mundial.

O tempo é aliado do revisionismo. Com o tempo os fatos ficam maleáveis, como que mergulhados em solvente. Além de facilmente moldados, adquirem uma neutralidade que os absolve. Faz muita diferença, hoje, saber como o Simonal se comportou durante a ditadura? Se o revisionismo concluir que a única posteridade que ele merece é o de um bom cantor, está sendo justo. Enquanto isto, como a própria ditadura se comportou naqueles anos está posto a salvo de qualquer discussão, revisionista ou não.

Uma canção de Arantes

O paulista Guilherme Arantes foi um dos compositores de grande popularidade no Brasil dos anos 70 e 80. Parte de sua fama é decorrente do fato de que suas canções sempre foram constantes nas trilhas sonoras de novelas da Globo. A primeira foi Meu mundo e nada mais, em 1976, na novela Anjo Mau.

É verdade que as trilhas de novela ajudaram na divulgação do trabalho de Arantes. Todavia não se pode negar sua habilidade para escrever canções que, facilmente, encantam as pessoas. A temática de suas letras, no início, abordava o universo adolescente, recheado de incertezas e desejos. Posteriormente, o autor ampliou sua fonte de inspiração. Um exemplo é a canção Fio da Navalha, da trilha da novela Partido Alto, de 1984, onde sua abordagem é de caráter social.

Atualmente, seu nome não é veiculado na mídia com a intensidade de outros tempos. Porém, volta e meia, uma ou outra rádio toca algumas de suas canções clássicas. O blog destaca uma delas, que narra uma história bela, protagonizada por um casal adolescente.

Minha intenção era lhes oferecer um clipe que tivesse muita qualidade artística. Nesse sentido, a procura no You Tube não foi vitoriosa. Por isso, segue um que combina trechos da gravação original, de 1977, com momentos de uma apresentação realizada por Guilherme no século atual.

Aroldo José Marinho


Guilherme Arantes- Baile de máscaras




Introduzindo: Barão Vermelho

Considero que Barão Vermelho é a melhor banda de rock surgida no Brasil dos anos 80. O quinteto carioca na sua formação original era composto por: Cazuza (voz), Roberto Frejat (guitarra), Maurício Barros (teclados), Guto Goffi (bateria) e Dé (baixo). Com a ida de Cazuza para a carreira solo, Frejat assumiu os vocais; para substituir Dé, foi convocado Dadi, que atuou por um ano. Maurício também se afastou.

O Barão representou um sopro de vida para o rock num período em que a discoteque e as canções populares, de gosto duvidoso, infestavam as paradas de sucesso. Então veio um grupo inspirado, que combinava a pegada stoneana com as influências dos compositores brasileiros que escreviam sobre desamor, fracasso e solidão, temas também ligados ao blues, de onde o Barão , inicialmente, se alimentava.

A trajetória da banda, de 1983 até o período atual, foi (e é) de talento. Por isso, mereceu o respeito e os aplausos da mídia e do público. Muitas de suas canções viraram hits e seus discos ganharam diversos prêmios. Vide a música tema do filme Bete Balanço (estrelado pela genial Débora Bloch) e sua partipação o Rock in Rio (1985).

A formação atual da banda, além dos fundadores Frejat, e Guto, conta com Rodrigo Santos (baixo), Fernando Magalhães (guitarra) e Peninha (percussão) na percussão. Maurício voltou ao contexto baronesco, atuando sempre como convidado mais do que especial.

Sem mais delongas, ofereço para vocês a música especial de Barão Vermelho.
Harold

Barão Vermelho- Bete Balanço

09 junho 2009

Letra e tradução da canção de U2

Segue a letra e a respectiva tradução da canção Get on your boots. Os autores são: Larry Mullen Jr, Adam Clayton, The Edge e Bono. Sim!!!! U2. A tradução foi uma modesta contribuição minha aos leitores e leitoras do blog.
Beijos e abraços!
Harold

Get on your boots

The future needs a big kiss
Winds blows with a twist
Never seen a moon like this
Can you see it too?

Night is falling everywhere
Rockets at the fun fair
Satan loves a bomb scare
But he won't scare you

Hey, sexy boots
Get on your boots, yeah

You free me from the dark dream
Candy floss ice cream
All our kids are screaming
But the ghosts aren't real

Here's where we gotta be
Love and community
Laughter is eternity
If joy is real

You don't know how beautiful
You don't know how beautiful you are
You don't know, and you don't get it, do you?
You don't know how beautiful you are

That's someone's stuff they're blowing up
We're into growing up
Women of the future
Hold the big revelations

I got a submarine
You got gasoline
I don't want to talk about wars between nations

Not right now

Hey sexy boots...
Get on your boots, yeah
Not right now
Bossy boots

You don't know how beautiful
You don't know how beautiful you are
You don't know, and you don't get it, do you?
You don't know how beautiful you are

Hey sexy boots
I don't want to talk about the wars between the nations
Sexy boots, yeah

Let me in the sound
Let me in the sound
Let me in the sound, sound
Let me in the sound, sound
Meet me in the sound

Let me in the sound
Let me in the sound, now
God, I'm going down
I don't wanna drown now
Meet me in the sound

Let me in the sound
Let me in the sound
Let me in the sound, sound
Let me in the sound, sound
Meet me in the sound

Get on your boots
Get on your boots
Get on your boots
Yeah hey hey

Calce suas botas

O futuro precisa ser bem beijado.

Os ventos sopram agitados.

Nunca vi uma lua como esta,

Você também consegue vê-la?


A noite cai em todos lugares.

Os foguetes explodem no parque de diversão.

Satã adora usar bomba para espalhar o medo

Mas ele não conseguirá assustar você.


Ei gata das botas sexy

Calce suas botas, oh sim!


Você me desperta do sonho sombrio,

Que tem algodão doce e sorvete.

Nossas crianças estão gritando

Mas os fantasmas não são verdadeiros.


Este é o lugar onde precisamos ficar:

Amor e comunidade!

Se a alegria é verdadeira,

O riso é eterno.


Você não sabe como é bonita

Você não sabe como você é bonita.

Você não sabe e não tenta saber, não é mesmo?

Você não sabe como você é bonita.


Aquele material que eles estão explodindo tem dono.

Nós estamos amadurecendo.

Mulheres do futuro

Guardem as grandes revelações.


Eu tenho um submarino,

Você tem gasolina.

Eu não quero conversar sobre guerras entre as nações.


Agora nada está certo.


Ei gata das botas sexy

Calce suas botas,oh sim!

Agora nada está certo.

Grande chefe de botas


Você não sabe como é bonita.

Você não sabe como você é.

Você não sabe e não tenta saber, não é mesmo?

Você não sabe como você bonita.


Ei gata das botas sexy

Eu não quero conversar sobre guerras entre as nações.

Grande chefe de botas, oh sim!


Me deixe entrar no som,

Me deixe entrar no som,

Me deixe entrar no som, som,

Me deixe entrar no som, som,

Me encontre dentro do som,


Me deixe entrar no som,

Agora me deixe entrar no som.

Deus! Me sinto depressivo.

Eu não quero ficar depressivo agora.

Me encontre dentro do som.


Me deixe entrar no som,

Me deixe entrar no som,

Me deixe entrar no som, som,

Me deixe entrar no som, som,

Me encontre dentro do som.


Calce suas botas.

Calce suas botas.

Calce suas botas.

Oh sim! Ei, ei!


O novo cd de U2

A boa notícia foi dada em fevereiro: U2 voltaria ao circuito com um novo disco. A banda irlandesa uniu forças, novamente,com Brian Eno, Daniel Lanois e Steve Lillywhite. Os dois primeiros assumiram a produção. O terceiro se encarregou das mixagens. Definida a equipe, começaram as movimentações para a concretização de No line on the horizon, cd de retorno ao mercado discográfico.

A parceria de U2 com a dupla Eno/Lanois sempre rendeu bons frutos. Prova disso é que os trabalhos considerados essenciais na carreira da banda foram realizados tendo eles como produtores. Com relação ao trabalho com Lillywhite, que também já produziu discos para o U2, seu talento na mesa de mixagem sempre rendeu bons frutos. Como em time que está ganhando não se mexe, todo o processo de gravação do cd ocorreu num clima de muita tranqüilidade, certo? Errado!

Os irlandeses tinham começado os trabalhos com o produtor Kid Rock. Os esforços não surtiram o efeito desejado. Por isso, todas as gravações foram retomadas sob a direção de Eno/Lanois. Foi aí que a felicidade voltou aos rostos do quarteto. Então as coisas começaram a fluir da forma que todos esperavam.

Ainda não ouvi o cd na íntegra. Por isso, não posso oferecer uma opinião plena. O pouco que ouvi me deu a certeza de que estamos, novamente, frente a mais um grande trabalho desta genial banda. Os comentários que li na imprensa dão a entender que este é o trabalho mais expressivo da banda desde Achtung Baby, gravado em 1992, na Alemanha. Ainda, os comentários sobre o disco deste ano indicam que este trabalho traz de volta o vigor de sempre aliado às letras que tematizam as preocupações relacionadas aos problemas do mundo contemporâneo.

Se os críticos têm razão, este cd é um dos melhores lançamentos de 2009.
Aroldo José Marinho

U2- Get on your boots



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06 junho 2009

Texto de Suzane

O desaparecimento do maestro Silvio Barbato consternou a sociedade brasiliense. A prova do fato é que, volta e meia, alguém dedica algum texto à memória do regente. Textos que mostram que, não apenas o artista Barbato é alvo de admiração. Mas o ser humano Barbato também está sendo reverenciado.

Um destes textos foi escrito por Suzane Lima (http://www.suzane-lima.blogspot.com/). Universitária de Biblioteconomia e poeta de fina sensibilidade, além de profunda conhecedora da obra de Chico Buarque. Essa moça de olhos expressivos, na edição do dia 02/06, dedicou uma página honrosa para Barbato.
Segue o texto de Suzane. Boa leitura!
Aroldo José Marinho

Sílvio Barbato, meu maestrinho

Hoje minhas lágrimas tiveram motivo pra cair

Não Sílvio, não!

Estás em uma ilha dando aquele sorriso gostoso

Estás cantarolando pros que estão aflitos

Seus cabelos balançam com o vento da ilha

Daquele jeito, como quando reges a orquestra

Teus cabelos são um espetáculo a parte.


Tu cumprimentavas com tanta amabilidade quem nem conhecias

Conversava com as senhoras fúteis, achando graça

Falavas com uns eruditos chatos, "aqueles velhas"

Fazias sorrir toda a Sala Villa -Lobos

Falavam de ti, mas nem ligavas

Vinham-te as meninas, pois que venham mais

Tinhas tanto charme...


Mas meu Deus, Sílvio!

Você era homem! E dizem, todo homem é mortal!

E o avião... meu Deus!


Mas não! Não deve ser!

Vou acreditar nos ufólogos, nos evangélicos e nos otimistas...

Eras bom, e o avião caiu sem ti, continuastes no céu.

No avião não, Sílvio.

Aquele seu sorriso não se pode ter perdido,

A lembrança do seu sorriso não foi feita pras lágrimas

Seu sorriso foi feito pra outros risos e pra música...


Mas não Sílvio, eras homem e eras mortal

E o avião caiu...


Dormirei, e teu olhar galanteador ficará aqui, ao lado

Nem Mozart, nem Bach, nem Villa-Lobos, nem Verdi

estão mais vivos Sílvio, mas sua música é cantada e tocada

Seus nomes são falados e ouvidos

Mas o que é um nome se não um nome?

A melhor música que regestes foi teu riso contagiante

E agora ele não é mais que uma lembrança,

que não pode ser imitada pela melhor orquestra

Nem regida pelo melhor maestro

Pois só tu sabias ritmar teu sorriso... e teus cabelos...

E tu caístes...


Meu Deus Sílvio, e nem era só tu...

Quantas almas choram agora?

Mas não, Sílvio, foi só um pesadelo

E acordarás dele da melhor forma: dormindo

Mas deixaste-nos tão triste,

Acordaremos e só veremos aquilo a que chamam realidade


Mas não Sílvio, não tu...

Irei dormir agora

Fala-me num sonho que não eras homeme nem mortal

E que o avião não caiu...

05 junho 2009

Um soneto para Maria

Amanhã é o aniversário de Maria. Que coisa boa! Mas a festa começa agora. Pois ela merece festas contínuas, artísticas e estimulantes. Se não for assim, algo de bom estará faltando.

O que dar para Maria? Um monte de presentes, isso é óbvio. Um depois do outro. De modo que ela possa saber o quanto é estimada. Então segue, pelo blog, o primeiro presente. Uma canção que Leoni e Paulinho Moska esceveram e que tem muito a ver com a moça.

Os demais presentes irão depois.

Feliz anivesário!
José
Leoni- Soneto do teu corpo

02 junho 2009

Tributo a Silvio Barbato

Reproduzo aqui a postagem feita no blog do jornalista Ricardo Noblat (www.oglobo.globo.com/pais/noblat/) como homenagem ao maestro Sílvio Barbato.

Assisti, algumas vezes, aos concertos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, regida por Barbato. Pessoalmente, só tive um contato com ele. Conheço mesmo é Silviane, sua irmã e minha colega de profissão. Como ela, o maestro era uma pessoa de fino humor.

Aroldo José Marinho

Tributo a Silvio Barbato

Conheci o maestro Silvio Barbato (à direita na foto acima) por meio do meu filho mais velho, André. Sílvio havia tido a idéia de montar um espetáculo juntando rock com música sinfônica.

André entrou com o rock da banda dele, Trampa. Silvio entrou com a direção e os músicos da sinfônica de Brasília. Deu certo. Ali começamos a ficar amigos.

Eu só o conhecia como o grande maestro que sempre foi.

Descobri que além disso ele era uma pessoa carinhosa, cultíssima e de humor e paladar refinados.

Transitava com a maior desenvoltura por todos os gêneros musicais.

Se ouvia falar que no Nordeste havia uma orquestra infantil que tocava com instrumentos de lata, corria a conhecê-la, e logo começava a imaginar como poderia pô-la em evidência.

Procedeu assim com vários grupos musicais desconhecidos.

Sílvio foi um artista que se sentia absolutamente à vontade nas grandes salas de concerto da Europa e nos espaços musicais mais humildes e acanhados de qualquer cidade do interior brasileiro.

Viajava com intensidade e prazer entre esses dois mundos tão distintos.

Estava pronto para reger dessa vez a orquestra sinfônica de Kiev.

Era um dos 226 passageiros do vôo sinistrado da Air France.