Pesquisar este blog

30 setembro 2010

As trapalhadas de Weslian Roriz

Na terça-feira (28/09) a rede Globo promoveu debates nos estados e no Distrito Federal. (DF). Os candidatos ao posto de governador foram dizer aos telespectadores o que tencionam fazer caso sejam eleitos para o posto de comando almejado.

Cada debate teve o candidato destaque por um ou outro motivo. Aqui no DF a sensação foi Weslian Roriz (PSC). Ela entrou na disputa na semana passada de paráquedas. O candidato do partido, Joaquim Roriz, enfrenta problemas ligados à lei da Ficha Limpa. Temendo a barração da justiça, Roriz renunciou. Em seu lugar, colocou a esposa, que nunca exerceu militância política na vida.

Sem nenhum preparo, lá foi ela para o debate. Chamou a atenção pela participação equivocada, pelo fato de ler sempre o material preparado pelos assessores. Sua insegurança e confusão eram evidentes.

Sinceramente, creio que, num período de dez ou vinte anos, Weslian lembrará do papel que hoje está desempenhando. Essa lembrança fará ela se sentir muito chateda com o marido. O cara a colocou para fazer um papel rídiculo aos olhos da sociedade do DF.

Aroldo José Marinho  .


As trapalhadas de Weslian Roriz

Roriz, o macaco, a fraude e a piada do palhaço

Recomendo a leitura criteriosa do texto que segue abaixo. Foi escrito por Luiz Cláudio Cunha (foto), jornalista gaúcho muito atento às questões relacionadas à ética e aos direitos humanos.A postagem original foi feita no blog do jornalista Ricardo Noblat.
Harold

Roriz, o macaco, a fraude e a piada do palhaço

 

Sebastião tinha 1m52 de altura, 70kg de peso e 34 anos quando morreu de diabetes, na véspera do Natal de 1996.

Oito anos antes quase conquistara a prefeitura do Rio de Janeiro, a segunda maior capital brasileira, arrebatando mais de 400 mil votos do esclarecido eleitorado carioca. Foi o terceiro mais votado entre 12 candidatos.

Se tivesse vencido, não seria empossado. A família Hominidae, da qual Sebastião fazia parte, não tinha nenhuma tradição política. Ele fazia parte de uma espécie, os pan troglodytes, popularmente conhecida como chimpanzé.

Carinhosamente aclamado pelas crianças como ‘Macaco Tião’ no Zoológico do Rio, ele foi a invenção política mais divertida do Casseta & Planeta, antigo programa humorístico da Rede Globo. Sebastião ganhou a eternidade no livro Guinness de recordes como o chimpanzé mais votado do mundo.

O ‘Macaco Tião’ é o deboche escancarado na política brasileira, que apela para o bizarro quando leva o eleitor ao voto de protesto fantasiado pela ironia, pelo bom humor e pela graça.

Isso já acontecera no final dos anos 50, nas eleições municipais de São Paulo, quando alguém se impressionou com uma praga hoje felizmente extirpada do território brasileiro: o baixo nível dos 450 candidatos que disputavam então uma vaga na Câmara Municipal.

Antecipando em três décadas o ‘Macaco Tião’ carioca, lançou-se em São Paulo a candidatura a vereador do rinoceronte ‘Cacareco’, do Zoo da capital paulista, numa época em que cada eleitor escrevia o nome de seu candidato numa cédula de papel. Cem mil paulistanos tiveram a pachorra de escrever no seu voto o nome do mamífero chifrudo e de casca mais grossa que a maioria da fauna política nacional. ‘Cacareco’ foi o nome mais sufragado da eleição de 1959, superando sozinho os 95 mil votos do partido mais consagrado nas urnas.

‘Tião’ e ‘Cacareco’ representam a face divertida e moleque da política.
Weslian, 1m70 de altura, 76kg de peso e 67 anos, é a faceta sem graça, a cara do escárnio, o lado mais debochado a que chegou a política em Brasília, a capital de 190 milhões de brasileiros, supostamente o centro mais esclarecido de uma multidão de 135 milhões de eleitores.

Da família Roriz, grife de um clã político que governou o Distrito Federal em quatro mandatos, num total de 14 anos, Weslian fez sua retumbante e tardia estréia nas eleições de 2010 na noite de terça-feira (28), no debate da Rede Globo com os candidatos a governador, quando faltava menos de uma semana para o pleito de 3 de outubro.

Weslian entrou no jogo eleitoral pela porta dos fundos: foi apontada na sexta-feira (24) pelo marido, o ex-governador Joaquim Roriz, que na véspera viu o Supremo Tribunal Federal empacar (5 votos contra 5) no julgamento em que ele tentava escapar dos efeitos sanitários da Lei da Ficha Limpa, que cassou Roriz por envolvimento e renúncia em um escândalo de corrupção.

Com o cálculo político da esperteza, Roriz imaginou enganar a lei e iludir os eleitores trocando seis por meia dúzia. Renunciou preventivamente e botou no lugar a mulher, dona Weslian, uma simplória dona de casa, companheira de 50 anos de casamento e dedicada a obras de cunho social e benemerente. Assim, mantinha o nome Roriz na tela de votação e o número da coligação, o que reviveu o mote de um antigo seriado de TV: o ‘Casal 20’.

A frieza de carrasco de Roriz ficou evidente no debate da Globo, quando expôs a mulher a um dos mais sórdidos espetáculos de auto-imolação já encenados na política brasileira.

Weslian, coitada, surgiu no estúdio, patética e apatetada, tentando interpretar o papel que o marido lhe empurrou, goela abaixo, exibindo toda a fragilidade de um projeto político esfacelado pelo advento da Lei da Ficha Limpa. Honrada e despreparada, Weslian tropeçava na gramática, no raciocínio, no noviciado e na improvisação, trocando perguntas, confundindo candidatos e espantando a grande maioria dos 1,8 milhão de eleitores da capital brasileira.

Não soube nem mesmo administrar as dezenas de folhas, perguntas e respostas preparadas pela assessoria de Roriz, perdendo minutos preciosos tentando localizar a ‘cola’ salvadora. Não conseguiu nem mesmo usar, na plenitude, o tempo precioso reservado às perguntas e respostas. Não se fazia entender na hora de perguntar, não conseguia compreender a questão na hora de responder. Ao tentar responder uma pergunta sobre ‘transporte público’, dona Weslian lembrou que o candidato do PT, ex-comunista, não acreditava em Deus e devolveu com uma pertinente questão: “O senhor é contra o aborto?”.

Foi uma das cenas mais constrangedoras e pungentes de toda a campanha eleitoral de 2010, em qualquer quadrante do Brasil.
O desamparo e o abandono de dona Weslian, jogado às feras da política pelo marido impiedoso e insensível, desatou uma imprevista corrente de piedade para com a inesperada candidata, filha de um rico fazendeiro de origem libanesa que pastoreava o cerrado do Planalto no quadriláteiro que, anos depois, JK, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer demarcariam para encravar a futura capital brasileira. Misericordiosos, os três candidatos adversários – do PT, PSOL e PV – fizeram perguntas entre si, poupando a criatura de Roriz, que tropeçava em seus papéis, em suas frases, em suas idéias inacabadas.

Weslian, cristã e católica fervorosa, invoca sempre Deus e Nossa Senhora, lembrando que acompanhou de perto a vitoriosa carreira do marido. “Ele sabe administrar uma fazenda como ninguém”, confessou no debate, fazendo uma involuntária metáfora sobre o estilo que o Casal 20 agora evoca nos últimos momentos do programa eleitoral de rádio e TV, com seu lema de campanha: “Weslian vai trazer de volta o jeito Roriz de governar”.

Mais do que a fraude explicitada pela manobra esperta do marido, Weslian encarnava, no estúdio refrigerado da Globo, o personagem ridículo e subalterno que joga no chão a política brasiliense. Uma proeza nada desprezível para uma cidade que já viu desfilar figuras inusitadas, folclóricas, divertidas ou lamentáveis como Fernando Collor, Cacique Juruna, Severino Cavalcanti, Paulo Maluf, Clodovil, Roberto Jefferson, Agnaldo Timóteo, José Roberto Arruda e o próprio marido de Weslian, o implacável Joaquim Roriz.

A fauna política que teima em habitar o bioma do Cerrado é gerada, em boa parte, pela flacidez das leis e pela tolerância ou pelo bom humor do eleitor que, na falta de um ‘Macaco Tião’ ou de um ‘Cacareco’, acaba descobrindo utilidades inesperadas ou debochadas para o seu voto. Agora mesmo, as previsões mais modestas apontam o palhaço ‘Tiririca’ como um dos campeões de voto para a Câmara dos Deputados, virtualmente eleito com quase um milhão de votos pelo PR de São Paulo, o que seria a maior votação do país.

Ao contrário do Supremo, que decidiu não decidir no julgamento de Roriz, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF resolveu, na tarde desta quarta-feira (29), brecar o truque do ex-governador, vetando toda a propaganda de rua e os programas de rádio e TV que exaltam o Casal 20, um flagrante desrespeito à lei e um claro embuste da renúncia voluntária e programada de Roriz. Ele não poderá mais aparecer ao lado da mulher, como fiador, conselheiro ou sequer ‘amado esposo’ da candidata inventada de última hora para escapar da lâmina afiada da Lei da Ficha Limpa.

Não existem evidências de que Joaquim Roriz inveje o quociente intelectual ou a vestimenta colorida de ‘Tiririca’. Mas a desastrosa aparição de Weslian na corrida eleitoral e no debate da Globo reforçam a suspeita de que Joaquim Roriz vê os habitantes de Brasília com o nariz vermelho de palhaços, como aqueles que acreditam que “a política, pior do que está, não fica”. Com a ajuda do ex-governador, sabe-se, sempre poderá ficar.

No domingo, dia 3, os eleitores conscientes da capital brasileira terão a chance de devolver esta piada sem graça, cravando seus votos em quem merece.

Não precisam nem eleger o macaco ou o rinoceronte. Basta repudiar a fraude.


Luiz Cláudio Cunha é jornalista, eleitor em Brasília e não vota em palhaço.

A palavra seda

Pela primeira vez (entre muitas, espero), posto no blog um poesia de João Cabral de Melo Neto (1920- 1999). O autor nascido no Recife é considerado um dos mais importantes poetas brasileiros.

Seu domínio do ofício poético era notável. Abordava desde temas populares aos textos surrealistas. Contudo diferente de muitos de seus contemporâneos, a obra poética deste autor é marcada pelo rigor estético, onde as confissões íntomas era restritas e as rimas toantes tinham destaque.

Como ilustração do texto de Cabral, segue foto de Wanessa, a bela irlandesa.
Harold



A palavra seda
João Cabral de Melo Neto
A atmosfera que te envolve
atinge tais atmosferas
que transforma muitas coisas
que te concernem, ou cercam.

E como as coisas, palavras
impossíveis de poema:
exemplo, a palavra ouro,
e até este poema, seda.

É certo que tua pessoa
não faz dormir, mas desperta;
nem é sedante, palavra
derivada da de seda.

E é certo que a superfície
de tua pessoa externa,
de tua pele e de tudo
isso que em ti se tateia,
nada tem da superfície
luxuosa, falsa, acadêmica,
de uma superfície quando
se diz que ela é “como seda”.

Mas em ti, em algum ponto,
talvez fora de ti mesma,
talvez mesmo no ambiente
que retesas quando chegas,

há algo de muscular,
de animal, carnal, pantera,
de felino, de substância
felina, ou sua maneira,

de animal, de animalmente,
de cru, de cruel, de crueza,
que sob a palavra gasta
persiste na coisa seda.

26 setembro 2010

Promotor pede ao TRE para checar se Tiririca sabe ler

Parece que, finalmente, a verdade está começando a aparecer. Leia e opinem.

Boa semana!

Aroldo José Marinho

25 de setembro de 2010 20:41

Promotor pede ao TRE para checar se Tiririca sabe ler

agestado
O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, da 1º Zona Eleitoral de São Paulo, entrou com duas representações, uma na Procuradoria Regional Eleitoral e outra na Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, para averiguar se o candidato a deputado federal Tiririca (PR) sabe ler e escrever, como exige a lei. 

Reportagem publicada na revista Época desta semana revela indícios de que Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, não sabe ler nem escrever. Segundo a reportagem, a caligrafia do candidato nos autógrafos distribuídos aos eleitores é diferente da apresentada na declaração entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em que atesta que não é analfabeto.


O promotor utilizou a reportagem como base para suas representações. "Fiquei escandalizado com a notícia de que o candidato pode ser analfabeto, isso é inaceitável", afirma. Lopes acredita que o PR sabe da condição de Tiririca, mas esconde a situação do eleitorado. 

Nas duas representações é pedido que Tiririca seja submetido, com máxima urgência, a um teste para comprovar que sabe ler e escrever. O promotor sugere que o candidato seja obrigado a ler um trecho da Constituição Federal e escrever outro, por meio de ditado.

Caso seja constatado que Tiririca é analfabeto, sua candidatura é cassada. Se isso ocorrer antes da eleição, os votos computados a ele serão anulados. Porém, se ocorrer depois da eleição, os votos dele serão computados na sua coligação.

A legislação eleitoral exige que os candidatos apresentem comprovante de escolaridade. Na ausência de um documento, pode ser apresentada uma declaração de próprio punho. A lei prevê que a exigência de alfabetização do candidato pode ser aferida por meio de uma avaliação individual e reservada, caso haja necessidade.

A assessoria de imprensa do TRE-SP confirmou o recebimento da representação e informou que o pedido será analisado na próxima segunda-feira, dia 27.

25 setembro 2010

Manifesto rorizista ou a procura da piada perfeita

Quanto vale uma boa piada? Não sei dizer. Mas que é bom rir de coisas gozadas, ah isso é. Por isso, eu lhes ofereço esta piada genial. Na verdade, a piada não nasceu com a intenção de botar a gente para gargalhar. Objetivava comover as pessoas com a retirada de roriz da corrida ao governo distrital.

O político do DF, um coronel que posa de benfeitor dos pobres, etc, etc, etc, foi fisgado na lei da Ficha Limpa. Como não conseguiu se safar no Supremo Tribunal Federal (STF), renunciou à corrida. Botou a esposa no seu lugar.Coitada!!!

Todavia o que era para ser um manifesto ou um desabafo, virou uma bela piada. Segue o texto para que você possam rir até não mais desejar.

Tudo de bom!!!

Harold


Me julgaram apegados às luzes dos holofotes, rasgaram a Constituição. Não sofri condenação.

Minha ficha é limpa e minha consciência mais limpa do que a consciência dos que me acusam sem provas; e até mesmo do que a de alguns juízes que me julgaram apenas com base em sofismas, muito mais apegados às luzes dos holofotes do que ao espírito das leis.

Para isso valeu tudo: rasgaram a Constituição; jogou-se no lixo os princípios gerais do Direito; construíram interpretações, e, no meu caso particular, ignoraram que nunca foi aberto contra mim qualquer processo com base “quebra de decoro parlamentar” e jamais sofri condenação transitada em julgado em qualquer esfera do judiciário.

Do que me acusam? Nunca avancei sobre o patrimônio público, nunca sujei minha mão na lama onde chafurdam os corruptos que infelicitam Brasília e o Brasil. Meu patrimônio, graças a Deus, tem a marca da honradez de uma família que há mais de século nesta região fez do trabalho honesto seu meio de vida.

Os antigos “ermos e gerais” que hoje hospedam o centro dos três poderes eram fazendas de meus pais e avós, onde, menino ainda, com os mais velhos, saía para o campeio, dormindo ao relento, comendo frugalmente, como todos os sertanejos de então, enfrentando as intempéries da natureza hostil, demorando às vezes mais que semana para a volta ao lar.

Talvez, venham dessas raízes, esse apego e amor intenso por Brasília e nosso povo que me enche a alma e os sentidos, me tornando escravo do desejo de resgatá-la do caos em que se encontra, preparando-a para o futuro dos próximos 50 anos, com melhora radical na qualidade de vida de nossa gente, principalmente dos mais humildes, que sempre se constituíram na razão maior da minha vida pública.

Os elitistas chegam ao absurdo de dizerem que enchi Brasília de favelas, quando, na verdade, fiz aqui reforma urbana, erradicando favelas e dando dignidade, endereço e cidadania a centenas de milhares de famílias. De toda a imensidão de obra que construí, algumas gigantescas como a Ponte JK, o metrô e a Usina Hidrelétrica de Corumbá, a reforma urbana é a que mais me gratifica e envaidece.

Não posso mais ser candidato. Mas a eleição correrá em meu nome e o povo de Brasília me honrará, elegendo Governadora minha amada esposa, companheira de meio século, Dona Weslian Roriz, competente, honrada, humana e digna. Estarei com ela a cada minuto, da mesma forma que ela sempre esteve comigo, e foi a grande responsável pela alta dose de humanismo dos quatro períodos de governo que chefiei.
Peço ao povo que nos dê também maioria nas Câmaras Distrital e Federal, além de consagrar a eleição dos dois Senadores: Maria Abadia e Fraga. A vitória contra meus adversários me lavará a alma das injustiças que sofri, e fará com que eu não tenha que repetir o grito de revolta do grande humanista Camus: “O pior dos tormentos humanos é ser julgado sem lei.”

Promesas sobre el bidet- Letra e tradução

Já faz tempo que eu queria oferecer esta canção do repertório de Charly Garcia. para vocês. Porém me faltava tempo para traduzí-la. Além do mais, minha compreensão do espanhol nào é melhor do que de inglês em italiano. Para resolver o impasse, agi como das outras vezes em que apresentei Luís Alberto Spinetta e Fito Páez: pedi ajuda para Letícia Contilde.

A amiga gaúcha, colaboradora deste blog quando o assunto é rock argentino, veio em meu socorro. Enviou a letra original e a traduziu para o português.Salvou minha pátria, por isso, agradeço comovido. Gracias cariño!!!

Antes de postar a letra/tradução, vale lembrar que Letícia edita o blog www.hijadelalagrima.blogspot.com. Vale a pena dar uma conferida. Ela também avisa que hoje (25/09),vai rolar um show maneiro de Fito Páez em Porto Alegre. Pena que ele nào virá em Brasília.

Tudo de bom!

Harold


Promesas sobre el bidet
Charly Garcia
Por favor no hagas promesas sobre el bidet
Por favor no me abras más los sobres.
Por favor, yo te prometo te esperaré
Si es que paras de correr.
 

Por favor, sigue la sombra de mi bebé,
Por favor, no bebas más, por favor no llorés.
Por favor yo te prometo te escribiré si es que para de llover.
 

Porque me tratas tan bien, me tratas tan mal
Si sabés que no aprendí a vivir.
A veces estoy tan bien, estoy tan down.
Calambres en el alma,
 

Cada cual tiene un trip en el bocho
Difícil que lleguemos a ponernos de acuerdo.





Promessas sobre o bidê
Tradução: Letícia Contilde

Por favor não faça promessas sobre o bidê
Por favor não abra mais os meus envelopes
Por favor, eu te prometo que te esperarei
Se você parar de correr

Por favor, siga a sombra do meu bebê
Por favor, não beba mais nem chores
Por favor, eu prometo que te escreverei, se você parar de chover
 
Por que você me trata tão bem, me trata tão mal?
Você sabes que eu não aprendi a viver
As vezes estou muito bem
Estou muito down
Sinto cãibras na alma

Cada um faz a sua própria trip dentro da cuca
Por isso fica difícil que cheguemos a um acordo.

Promesas sobre el bidet

Em postagens anteriores citei a santíssima trindade do rock argentino: Luis Alberto Spinetta, Fito Páez e Charly Garcia (foto). As pessoas que visitam o blog, provavelmente, lembram de terem visto aqui clipes de Spinetta e Páez. Mas nada tinha sido publicado sobre Garcia. Agora a dívida será quitada.

Nascido em Buenos Aires em 1951, Charly aprendeu a tocar sozinho. Primeiro piano, depois passou para o violão e outros instrumentos, além de começar a compor e fazer arranjos. Ele tem aquilo que os especialistas chamam de ouvido absoluto, isto é, a capacidade ouvir determinado som e, imediatamente, reproduzí-lo.
 
Garcia é uma figura extremamente importante para o rock argentino. Gosto de pensar que ele é o Raul Seixas portenho. Assim como o brasileiro, ele é conhecido por seu talento, sua genialidade e também pelas loucuras que cometeu em diversas ocasiões.

Além de uma brilhante carreira solo, durante os anos 70, ele também foi líder de importantes grupos de rock em seu país: Sui Generis, PorSuiGieco, Lá Máquina de Hacer Pájaros e Serú Giran. Quem tiver interesse em saber mais sobre as atuações dessas bandas, basta acessar www.rock.com.ar.
 
Poderia contar muitas coisas sobre Charly Garcia. Mas acabaria cansando vocês que, carinhosamente, me honram com suas visitas. Segue postagem da canção Promesas sobrre el bidet, sucesso do disco Piano Bar, de 1985.
Vamos curtir?

Harold


Charly Garcia- Promesas sobre el bidet 
 

24 setembro 2010

Roriz e os 40 candidatos

A sessão que o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou na tarde de ontem para analisar a constituicionalidade da lei da Ficha Limpa foi concorrida. Os ministros deram legitimidade à lei. Mas perdurou a dúvida: ela valerá para esta eleição ou esperará pelas que irão acontecer no futuro?

Além de decidir sobre este aspecto, os membros do STF tiveram que analisar o pedido de Joquim Roriz, candidato ao governo do Distrito Federal, barrado no Superior Tribunal Eleitoral (STE), mas um dos muitos cornéis que, infelizmente, infestam a política nacional.

Transcrevo aqui o texto de José Roberto de Toledo. Ele escreve um blog no portal do Estadão (www.blogs.estadao.com.br/vox-publica/). Não conheço o jornalista. Soube dele através de Ricardo Noblat. Porém gostei do modo como escreve. Creio que ele foi quem melhor contou os fatos acontecidos no STF.

Beijos, abraços e saúde!

Harold


Roriz e os 40 candidatos

O Supremo Tribunal Federal decidiu não decidir sobre a aplicabilidade da lei da Ficha Limpa para estas eleições. O caso entrou no limbo judicial, sem data venia nem habeas corpus. Apenas sine die.

A sessão de mais de 10 horas foi histórica, de tragicômica. Nas primeiras 9 horas, tudo transcorreu como de costume, que o tribunal não é lugar de improvisos nem inovações. Os ministros leram seus longos e doutos votos. Entre uma citação e outra, uma piada para entendidos aqui, uma cutucada em juridiquês no rival de toga ali. Nada que salvasse um bocejo.

Mas a tensão começou a se acumular na plateia quando os advogados se deram conta que o placar previsto, de 6 a 4 contra a vigência imediata da lei, não estava se confirmando. Para surpresa dos “especialistas”, a circunspecta Ellen Gracie votou fora do figurino, pela aplicabilidade. Murmúrios na sessão: “E agora?” “Vai dar 5 a 5!” “Quem decide o impasse?”

Aparte para uma questão de ordem: são 11 vagas no STF. Número ímpar, justamente para não empatar. Mas o ministro Eros Grau caiu na aposentadoria compulsória por idade, e o presidente Lula ainda não indicou o sucessor. Fim do aparte.

O presidente da Casa e chefe do Judiciário, Cezar Peluso, foi o último a votar. Antes do veredicto, foi logo avisando aos colegas, advogados e câmeras da TV Justiça: “Não me comovem impressões provindas da opinião pública”.

Outro aparte, para uma digressão histórica. Os ministros supremos julgavam recurso impetrado pelo candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz. Sua candidatura havia sido cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na lei da Ficha Limpa. Aprovada este ano, a lei estabelece que pessoas condenadas pela Justiça não podem ser candidatas a cargos eletivos.

De iniciativa popular, com mais de 1 milhão de assinaturas em seu favor, a Ficha Limpa foi amplamente apoiada pela sociedade civil organizada e pela imprensa. Daí o alheamento declarado de Peluso. Ele se restringiria aos argumentos das partes e ao frio desígnio da lei -ou do “arremedo de lei”, como chamou a Ficha Limpa.

Os advogados de Roriz questionavam a cassação pelo TSE alegando que a decisão do tribunal fere o princípio constitucional da não-retroatividade da lei e  a norma da anualidade (regras eleitorais têm que ser aprovadas com no mínimo um ano de antecedência). Assim entendeu Peluso, que havia sido antecedido por votos semelhantes dos ministros Dias Tófoli, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Pela aplicabilidade da lei, e portanto, pela cassação da candidatura de Roriz, haviam votado o relator, Ayres Brito, e os ministros Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármem Lúcia, além de Ellen Gracie. Resultado: o temido 5 a 5. O que fazer?

Os advogados de Roriz pediram que o presidente Peluso desse o voto de minerva. Instalou-se então algo que o mais antigo dos toguinhas -apelido dos funcionários que dão suporte aos ministros em plenário- terá dificuldade para lembrar de um precedente: uma zona suprema. Sem script, ministros falavam ao mesmo tempo, suavam nas togas, evocavam o artigo 146 do regimento interno.

Em meio à balbúrdia ministerial, uma proposta de encaminhamento, nova votação, novo 5 a 5. Uma ideia salvadora atrás da outra foi sendo derrubada pelo inexorável 5 a 5. No vívido relato instantâneo do repórter Rodrigo Haidar (da revista eletrônica Consultor Jurídico), autor da melhor cobertura do julgamento através do Twitter, alguns instantes de sabedoria jurídica entreouvidos no meio da algazarra:

Gilmar Mendes: “Aqui não se aplica a teoria futebolística”.
Calma gente, diz a ministra Cármen Lúcia.
Joaquim Barbosa propõe esperar a indicação do próximo ministro do Supremo, na vaga do Eros Grau.
Lewandowski cita Barroso: havendo dúvida sobre a norma, considera-se a norma constitucional.
Vamos votar o quê, pergunta Cármen. Cada um vota o que acha, responde Peluso. E o plenário se diverte.
Se houver novo empate, Vossa Excelência pretende desempatar, pergunta Britto ao ministro Peluso.
Peluso: Não tenho nenhuma vocação para déspota e não acho que meu voto vale mais do que o de outros ministros.
O clima vai ficando mais quente. Um ministro dizendo pro outro que estão negando o óbvio.
Ellen Gracie: “Nós já estamos no dia 24, mas eu fui convocada para uma sessão do dia 23″.

A constatação irretorquível da ministra, com base no relógio, foi a única que comoveu os colegas. Era tarde demais para a Ficha Limpa.

Os juízes foram para casa com a certeza do dever não cumprido, e sem data para retomar a discussão. Longe dali, Roriz e os 40 candidatos (ou mais) enquadrados pela lei da Ficha Limpa podiam dormir tranquilos.

22 setembro 2010

Pimenta nos olhos da filha dos outros é refresco

A disputa presidencial brasileira estava correndo sem nenhuma novidade no front. Dilma Rousseff (PT) continuou aumentando sua vantagem sobre José Serra (PSDB). As tentativas do oposicionista de vender aos eleitores a idéia de que ele era a continuação perfeita do presidente Luís Inácio Lula da Silva não deu certo. Quando o arsenal de tentativas estava esgotando, eis que surgiu um fato para dar novo alento à campanha do combalido Serra.

A imprensa divulgou que dados fiscais de Verônica Serra, filha do candidato, teriam sido acessados ilegalmente. Foi insinuado que os autores dessa ação estariam ligados à candidata petista. A notícia fez o tucano mudar de postura. Deixou a imagem de homem polido para posar de pai ultrajado. E mais, aproveitou a situação para forçar mais uma semelhança com Lula: disse para a imprensa que o que estavam fazendo com ele foi o mesmo que fizeram com a filha de Lula, na eleição presidencial de 1989.

Que história é essa? Vou contar. Como já se passaram vinte e um anos, é necessário refrescar a memória nacional. Naquele ano, aconteceu a primeira eleição presidencial pós-golpe de 1964. O segundo turno da eleição foi surpreendente. Apesar do apoio pesado da mídia, a candidatura do ex-governador  alagoano Fernando Collor de Mello começou a enfraquecer. O povo ia às ruas gritar o nome de Lula. Acendeu o sinal vermelho. O grupo de Collor resolveu jogar pesado.

Primeiro começaram a questionar sua liderança sindical. Depois, sua atuação parlamentar. Então lembraram de sua escolaridade incompleta. As tentativas não surtiram o efeito desejado. Então a tropa de choque de Collor decidiu vasculhar a vida particular de Lula. Mexendo aqui e ali, descobriram que ele tinha uma ex-namorada rancorosa. Do envolvimento de Lula com a ex-enfermeira Miriam Cordeiro nasceu Lurian.

No programa de Collor, Miriam estarreceu o Brasil. Contou que Lula queria que ela interrompesse a gravidez. E não contente, insinuou que o ex-namorado era um sujeito mesquinho e racista. Desnecessário dizer qual foi o efeito das afirmações de Cordeiro sobre o eleitorado. E pior, o efeito sobre Lurian, a filha entrou em estado de choque, preferiu o distanciamento em relação à mãe.

O estrago estava feito. Lula perdeu a eleição. Collor assumiu a presidência. Três anos depois, ele se tornou o primeiro presidente afastado por causa de corrupção. Também foi constatado que Miriam Cordeiro recebeu dinheiro da turma de Collor para difamar Lula em rede nacional. Perdeu a credibilidade do povo e o respeito da filha.

Serra lembrou dessa triste e deprimente história. Quis mostrar que ele foi humilhado, que sua fllha foi humilhada, etc, etc, etc. Talvez o mais ingênuo ou o mais desinformado dos leitores consiga acreditar no discurso do tucano. Porém a verdade precisa ser mostrada.  Há sempre um outro lado da história. Será que Serra nunca fez mal para a filha de ninguém?

Aroldo José Marinho

17 setembro 2010

Not fade away com tradução

No sagrado dia 07 deste mês fiz uma homenagem para mim e demais aniversariantes da data. No final, postei a canção Not fade away interpretada por Buddy Holly (foto). Já conhecia a canção por causa da gravação dos Rolling Stones Porém escolhi o registro feito por Holly por um motivo: ele também  nasceu no 07 de setembro.

Holly nasceu Charles Hardin Holley em 1936, em Lubbock, Texas. Descende de uma família de músicos. Foi em casa que aprendeu a tocar violino, piano e guitarra. Apesar de ser considerado um dos heróis iniciais do rock'n'roll, Holly estreou profissionalmente numa dupla de música country. 

Posteriormente, criou a banda Buddy Holly and The Crickets. Sua música era sofisticada para o seu  tempo, utilizava instrumentação que não era comum no anos iniciais do rock'n'roll. Enquanto alguns compositores desenvolviam temas sobre carros, festas e garotas, muitas letras de Holly eram sofisticadas, apresentavam harmonias e melodias bem trabalhadas e complexas.

Apesar de vestir ternos simples e sóbrios, Holly despertou atenção das moças. O motivo eram os óculos que usava. Para algumas pessoas ele parecia um intelectual  ou um estudante universitário. Por isso não era incomum alguém indagar: o que estaria fazendo aquele jovem acadêmico no meio de outros, aparentemente, desocupados?

Holly faleceu num acidente de avião em 03 de fevereiro de 1959. Tinha 23 anos. Seu trabalho foi breve. Mas seu talento foi eternizado, atravessou décadas. Serviu como referência para diversos artistas. Exemplo: Paul McCartney e Mick Jagger.

Segue a letra da canção Not fade away e a tradução que fiz. Tudo de bom!

Harold

Not Fade Away

Buddy Holly

I wanna tell you how it's gonna be
You're gonna give your love to me
I'm gonna love you night and day
Love is love and not fade away
Well love is love and not fade away
And my love is bigger than a Cadillac
 

I'll try to show it if you drive me back
Your love for me has got to be real
Before you'd have noticed how I feel
Love real not fade away
Well love real not fade away
Yeah

I wanna tell you how it's gonna be
You're gonna give your love to me
Love that lasts more than one day
Well love is love and not fade away
Well love is love and not fade away
Well love is love and not fade away
Well love is love and not fade away
Not fade away
Not fade away



Nunca desaparece

Eu quero te contar como isso vai acontecer:
Você vai me dar o seu amor,
Eu vou te amar noite e dia.
Amor é amor e nunca desaparece
Bem o amor é amor e nunca desaparece
E o meu amor é maior que um Cadillac.
E isso eu tentarei lhe mostrar se você permit o meu regresso.
Para mim, o seu amor tem de ser verdadeiro,
Antes de você notar como eu me sinto.
O amor verdadeiro nunca desaparece.
Bem, o amor verdadeiro nunca desaparece.
Oh sim!

Eu quero te contar como isso vai acontecer:
Você vai me dar o seu amor.
É que o derradeiro amor dura bem mais do que um único dia.
Bem o amor que é amor e nunca desaparece,
Bem o amor que é amor e nunca desaparece,
Bem o amor que é amor e nunca desaparece,
Bem o amor que é amor e nunca desaparece.
Nunca desaparece!
Nunca desaparece!

14 setembro 2010

Ibope: presos na Operação Mãos Limpas perdem votos no Amapá

Corrupção é um tema atual no Brasil. A gente faz tudo para esquecer que ela existe. Mas nada dá certo. A corrupção aparece em todo lugar. Em Brasília é comum. Agora a nova onda aconteceu no estado do Amapá.

Na semana passada, a polícia federal efetuou prisões de personalidades políticas. Uma delas é o atual governador. Não sei todos os detalhes.  Mas tem relação com desviod e verbas na educação. No momento, ele está detido em Brasília.

Apostagem que segue foi publicada ontem (13/09), na edição eletrônica de O Globo.

Harold

BRASÍLIA - Pesquisa Ibope, encomendada pela Rádio TV do Amazonas e divulgada nesta segunda-feira, mostra uma queda dos candidatos do Amapá presos durante a Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal. Um dos presos, o governador Pedro Paulo (PP), candidato à reeleição, caiu oito pontos. Saiu de 19% em agosto para 11% agora, caindo da terceira para a quarta posição. A liderança continua com Lucas Barreto (PTB), que tem 34%, seguido por Jorge Amanajás (PSDB) com 23% e Camilo Capiberibe (PSB) com 17%. Em agosto, Barreto tinha 28%, Amanajás 20% e Camilo Capiberibe 10%. Genival Cruz (PSTU) tem 1%. Brancos e nulos são 3% e indecisos, 10%.

O ex-governador e candidato ao Senado Waldez Góes (PDT), também preso na operação, caiu pouco: ele tem 35%, contra os 38% que tinha em agosto, mas viu seus adversários crescerem. O ex-senador João Capiberibe subiu de 30% em agosto para 39%. Gilvam Borges (PMDB) e Randolfe Rodrigues (PSOL) têm 36% cada. Em agosto, Gilvam tinha 28% e Randolfe 21%. Papaléo Paes oscilou de 11% para 12% e Marcos Roberto (PT) de 4% para 3%. Brancos e nulos são 3% e indecisos 20%.

A pesquisa ouviu 812 pessoas entre 10 e 12 de setembro e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) sob o número 7156/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 29591/2010. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Novos planos para a sinfônica

Há pouco li a edição eletrônica do jornal Correio Braziliense. Fiquei sabendo que a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional está sob nova direção.

Graças a Deus, o contrato com o horrível e esnobe Ira Levin não foi renovado. Para o posto de regente foi convidada Elena Herrera. A maestrina cubana regerá a orquestra no espetáculo de hoje. Viva!!!!!!

Segue o texto do jornal. Bem vinda Elena!!!

Harold


MÚSICA CLÁSSICA
Novos planos para a sinfônica

Substituta do maestro Ira Levin, a maestrina cubana Elena Herrera adota a política pé no chão para traçar programação da orquestra
 

Nahima Maciel

Zuleika de Souza/CB/D.A Press
Elena Herrera: “A programação em todo o período anterior foi muito boa e não quero deixar o nível cair”

A maestrina cubana Elena Herrera aposta em uma programação enxuta para os próximos quatro meses ao lado da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Herrera, 62 anos, assumiu a orquestra há duas semanas e substitui o maestro Ira Levin, cujo convênio que garantia o cargo foi cancelado. O maestro acabou afastado por recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e regeu os últimos concertos como convidado. A Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro administrava o convênio e pagava o salário de Levin com dinheiro de repasses de emendas parlamentares apresentadas pela deputada cassada Eurides Brito, sogra do maestro e investigada pela operação Caixa de Pandora. 

Herrera tem um orçamento de R$ 125 mil para montar a programação da orquestra até dezembro. A verba não permite a contratação de convidados internacionais, mas a maestrina pretende trazer solistas e regentes brasileiros para atuar com a sinfônica. “Se não colocar o pé no chão, depois terei que mudar tudo. E quero cumprir com o que colocar no programa. A programação em todo o período anterior foi muito boa e não quero deixar o nível cair, mas também não sou ambiciosa de querer fazer mais. Ira Levin colocou a orquestra num patamar muito elevado. Quero que ela possa tocar confortavelmente.”


O primeiro concerto à frente da sinfônica acontece hoje com um programa que privilegia a música brasileira. Primeiro, a orquestra toca Serenata e Adagio para cordas, de Alberto Nepomuceno, para em seguida fazer a Suíte Vila Rica, de Camargo Guarnieri. Após o intervalo, será a vez da Sinfonia Manfred, de Piotr Illich Tchaikovsky.


A programação não está inteiramente fechada, mas a maestrina já definiu o repertório a ser tocado até o final do mês. Na próxima semana, o programa inclui a Sinfonia nº 2, de Jean Sibelius, e Amor brujo, de Manuel Defalla, e, no dia 28, o Concerto para violino de Ludwig van Beethoven e a Sinfonia nº 5 de Felix Mendelssohn. Esta última não é nova para a orquestra e fez parte da programação do ano passado. No entanto, Elena quer repetir a peça para preparar os músicos para o programa de outubro, cujo conteúdo prefere ainda não revelar. “Quero cuidar da orquestra psicologicamente e pedagogicamente”, avisa.


Crescimento
A orquestra não é novidade para a maestrina. Entre 1996 e 1998, Elena foi regente titular da sinfônica a convite do então governador Cristovam Buarque. Na época, dirigia a Ópera de Cuba e deixou o país natal para se instalar em Brasília. A musicista manteve o cargo até o fim do governo petista. “Hoje a orquestra está diferente. Tem muita gente nova, é uma formação maior e, na época, tínhamos menos recursos. Além disso, cresceu artisticamente e musicalmente”, avalia.

Durante o período em que esteve à frente da formação nos anos 1990, a maestrina também enfrentou a insatisfação de alguns músicos, que chegaram a fazer um abaixo-assinado pedindo a saída da cubana. “Uma turma foi falar que eu era ditadora. E outro grupo fez uma carta para reconhecer meu trabalho. São ossos do ofício”, explica. “O maestro não deve ser ditador, mas deve ter autoridade. Nunca desrespeitei um colega.”

CONCERTO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO
Regência de Elena Herrera. Hoje, às 20h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. Entrada franca.


O número

R$ 125 mil
Valor do orçamento da sinfônica para montar a agenda até o fim do ano

13 setembro 2010

PAOLA VANNUCCI - ENTREVISTA nº 262

Boa noite!

Recebi há pouco mensagem de Paola Vannucci. Minha amiga que escreve versos muito belos comunicou que foi entrevistada num blog (www.antologiamomentoliterocultural.blogspot.com).
 
Confio nela. Creio que vocês lembram que ela foi a minha primeira entrevistada  na sessão CINCO PERGUNTAS PARA...  (www.harold-joseph.blogspot.com/2009/01/cinco-perguntas-para-paola-vannucci.html).

Antes de ler, pedi permissão para reproduzir sua entrevista aqui. Ela autorizou. Então, segue a postagem. Espero que vocês gostem do que vão ler.

Beijos, abraços e saúde!!!

Harold



segunda-feira, 13 de setembro de 2010


PAOLA VANNUCCI - ENTREVISTA nº 262

PAOLA VANNUCCI

BIOGRAFIA

Paola nasceu em São Paulo, em 28/08/1971, no Hospital Matarazzo. Filha de Erico Vannucci Mendes e Dirce de Paula e Silva Mendes. Lá foi criada e completou seus estudos. Iniciou a Faculdade de Administração em Finanças, mas não pôde concluir, pois não era sua vocação. Foi morar em Curitiba em 1996, onde teve suas duas filhas.

Hoje, aos 39 anos, trabalha com digitação, auxilia nos serviços escolares, terminou a faculdade de Pedagogia e escreve poesias, artigos de blog.

Participou do "1º Concurso Nacional de Poesia", em 1989, onde foi premiada com uma Menção Honrosa e de outros concursos.

ENTREVISTA

SELMO VASCONCELLOS - Quais as suas outras atividades, além de escrever?

PAOLA VANNUCCI - Sou formada em Pedagogia, realizo trabalhos de digitações para escolas, faculdades e outras entidades ligadas a cultura e ensino. Realizo trabalhos voluntários dentro do Projeto Comunidade Escola da Prefeitura de Curitiba.

SELMO VASCONCELLOS - Como surgiu seu interesse literário?

PAOLA VANNUCCI - Aos 15 anos, no ano de 1987, comecei a escrever por me sentir muito “sozinha” devido ao falecimento do meu pai Érico Vannucci Mendes; a partir daquela data, percebi que a vida é um grande universo e eu, apenas um grão de areia que cresceria à medida que novas descobertas me impulsionassem, acelerando meu engrandecimento interior. Não posso deixar de falar sobre Tia Silva Vannucci Chiappori, uma grande mulher e incentivadora desta importante etapa de minha vida.
Desde então, não parei mais de escrever.

SELMO VASCONCELLOS - Quantos e quais os seus livros publicados dentro e fora do País?

PAOLA VANNUCCI - Meu projeto de lançamento de um livro solo está previsto para o próximo ano.
Atualmente tenho publicações poéticas em Antologias espalhadas por este Brasil:
* Antologia dos Poetas Virtuais, III e IV;
* Reflexões para o Bem Viver (Coletânea)
* Antologia Alimento da Alma I, III e IV:
* Antologia Beco dos Poetas, I e IV;
* Projeto Literário Delicatta V;
* Seleção Poética (I Congresso Nacional dos Poetas Virtuais)

SELMO VASCONCELLOS - Qual (is) o(s) impacto(s) que propicia(m) atmosfera(s) capaz(es) de produzir poesia ?

PAOLA VANNUCCI - Sem dúvida alguma o que me impacta é o empático rs rs rs. Trocadilhos à parte, sou uma pessoa tocada pela empatia. Lugares, eventos, rostos, sofrimentos, desigualdades, amores, etc; tudo me afeta. Sou como uma película fotográfica exposta momentaneamente aos raios de luz - o mundo me atravessa e me deixa suas impressões.

SELMO VASCONCELLOS - Quais os escritores que você admira?

PAOLA VANNUCCI - Fernando Sabino; Fernando Pessoa; Neruda; Érico Veríssimo; Florbela Espanca ...

SELMO VASCONCELLOS - Qual mensagem de incentivo você daria para os novos poetas?

PAOLA VANNUCCI - O melhor conselho que eu posso dar a um novo poeta é: deixe fluir dentro de si sentimentos e permita aflorar as suas emoções. Todo poeta tem que estar atento ao seu redor e usar sua sabedoria para versejar suas idéias. Escrever, antes de qualquer coisa, é um desabafo da alma e uma constante evolução cultural e literal.

POESIAS

O circo

Há quem se dedique dentro de um circo sujo e promiscuo,
Há quem se sinta palhaço dentro dele.
Palhaços servem pra dar sabor à vida.
Palhaços servem para alegrar a triste trajetória.
Palhaços vivenciam sua própria desgraça.

Há quem diga que somos partes de um circo.
Somos palhaços da vida, quando,
Somos assaltados, e indefesos entregamos nossas riquezas.
Há quem diga que temos nossos direitos, mas,
São sempre cobrados nossos deveres?

Há quem quer ser o palhaço do circo, não enxergando a vida.
Creio que há passagens internas das quais todos devem decidir
Qual o caminho seguir.
A livre escolha faz do homem um sábio,
Faz do anão, sorridente,
Do palhaço, adjacente,
Da bailarina, eficiente.
Do domador, demente.

Somos palco ou bases?
Somos aplausos ou derrota?
Prefiro ser eu.
Há quem luta por direitos e deveres sem esmorecer.
Prefiro que os meus usem de sabedoria para ultrapassar barreiras.
Há quem chora na escuridão e se enclausura na parede,
Formando um triste quadro.

Paola Vannucci
13/07/2009

Berro de criança

Criança berra por comida
criança berra por decências
criança berra por AMOR

Crianças de hoje
nas estradas,
matando pra fumar pedra
craque,
crianças novas
vendendo corpo ao léu
por pedra
já para esquecer da vida
que ainda nem viveu.

Criança berra pra matar seu pai e mãe
para fumar pedra
cheirar pó

Sociedade peca
enclausurando nos calabouços
que só ensinam miséria
Criança berra nem sei mais por que.

Paola Vannucci
05/01/2009

Tornar-se-á

Quero beijar sua boca e abraçar seu corpo como,
Quem cruza almas freneticamente.
Quero ver o sol aquecendo,
A sombra apagando,
A lua enriquecendo.
Quero transar meu corpo ao seu,
Sentir seu agir,
Entornar corações.
Quero a sedução da madrugada,
Envolver-me a cada malhada.
Quero beijar novamente sua alma,
Para depois encher-me de vícios.
Gastar-me em suor,
Abraçar sua vida,
Viver seu riso,
Conduzi-lo a mim.
Quero nas tardes de inverno,
Enfurecer vulcões já mortos,
Para depois estremecer nas bases da erupção.
Quero que conheça meu coração,
Grande furor da minha vida.
Não tardará,
O meu querer tornar-se-á seu.

Paola Vannucci
16/05/2009

Sub’s

Submundo
Sub-raça
Subescola
Subalunos,

Onde ração dada,
Nem porcos comem.
Enquanto isso, trapos ofertados pelos ‘normais’,
São contentamentos delas.

Submundo,
Onde a lei que impera é a do mais forte.
Lei?
Que lei?
Se o que vejo são
Sorrisos nos rostos manchados pela vida.
Só porque, de vez em quando, recebem um pedaço de pão.
Seus olhos refletem desespero,
Ao mesmo tempo lacrimejam vida e esperança.
Quando observo na dança pura e delicada
Da criança febril.

Sub-raça,
Nada ali tem linhagem certa, se tem esperança.

Subescola,
Onde o governo joga restos nocivos,
Para todos desistirem de viver.

Subalunos,
Que sem condições alimentares,
Perdem gosto pelas ‘papinhas’ que lhes são servidas.

A fedentina é grande.
É preciso ter peito para atuar.
O amor que recebo é maior ainda.
Por isso sempre quero trabalhar.
Aprendizado constante.
Sem meias para calçar,
Não há espaço para dinheiro,
Apenas para dignidade.
Assim a era ‘sub’ se torna a
Mais importante.

Paola Vannucci
12/12/2009

Anjos e demônios

Quero jantar anjos e demônios
Para vomitar justiça que falta no mundo.
Quero mesclar cores e produzir sons do futuro.
Cantar como nas trovas antigas e viver um grande amor.
Sou como um poeta solitário,
Triste estou.
Podaram minhas asas, preciso voar.
Quero abraçar as alturas, roubando beijos
Do grande amor que não tive.
Meu choro não é suficiente para chegar aos seus ouvidos.
Oh! Trova sofrida.
Oh! Tristão que não me permite.
Seu par é Isolda e não, eu.
Continuo jantando anjos e demônios
Para ainda buscar justiça deste mundo frio.

Paola Vannucci
12/04/2009