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12 dezembro 2017

Encontro de artistas

O vídeo postado mostra o encontro de artistas que unem extremos regionais com afinidades pessoais. Nele dialogam os talentos de Carla Ruaro (à esquerda) e Lúcia Uchôa (à direita). A pianista gaúcha, apaixonada pela música da Amazônia, teve contato com a obra da compositora e professora amapaense-paraense.

Esse diálogo da habilidade de uma com a obra da outra teve início em 2015, quando Ruaro viajou para a região norte para conhecer e pesquisar as criações dos compositores amazônicos e estabelecer parcerias. Além de Uchôa, ela teve acesso às composições de Luiz Pardal, Nego Nelson e Vicente Malheiros da Fonseca. Os compositores foram receptivos às intenções da pianista, que transformou o fruto de sua viagem numa proposta a ser estudada no doutorado de Performance Musical, da Universidade Nova de Lisboa. Em maio deste ano, num concerto realizado na cidade do Porto, Ruaro mostrou ao público português as criações dos autores por ela pesquisados. Neste contexto nasceu o projeto "Floresta, um piano na Amazônia".

Novamente Ruaro retornou à Amazônia, acompanhada de uma equipe para a realização de um cd/dvd. Nas filmagens, ela entrevistará os compositores para saber sobre suas inspirações e executará suas canções.  Esse projeto foi viabilizado através de crowdfunding, financiamento coletivo, promovido pela plataforma Catarse. 

O contato de Ruaro com Uchôa foi muito afetivo. A compositora é uma pessoa de bom trato e simpatia, que consegue cativar as pessoas ao redor. Com generosidade, ela mostrou suas composições deixando a pianista a vontade para escolher as criações que desejasse inserir no projeto.

Quando houver o lançamento do trabalho de Carla Ruaro, o blog fará sua divulgação com muito entusiasmo. Segue um trecho muito bonito em que a pianista executa a elaborada e estimulante composição "Respingo", de autoria de Lúcia Uchôa.

Aroldo José Marinho


    


  

16 novembro 2017

Saída do baixista

Na terça-feira (14) o grupo Barão Vermelho anunciou, em nota oficial divulgada em rede social, o desligamento do músico Rodrigo Santos (o primeiro à esquerda na foto de divulgação). O baixista, que entrou na formação em 1992, alegando "incompatibilidade de agenda", optou pela dedicação integral à carreira solo. É a segunda baixa sofrida pelo grupo neste ano, após saída do guitarrista e vocalista Roberto Frejat.

Santos foi o terceiro baixista a integrar a banda após as participações do fundador Dé Palmeira (1981-1989) e de Dadi Carvalho (1990-1992). Até o momento não foi anunciado nome de substituto. Nas redes sociais, admiradores da banda fizeram sugestão do retorno de Palmeira ao posto. Todavia, se tomar por base as declarações poucos saudosas que o músico faz, quando lhe perguntam sobre vida baronesca, dificilmente isso acontecerá.  Em nota oficial, foi informado que um novo músico será escolhido para participar do restante da a turnê.

A saída de Santos parece ter sido amigável. Sobre o grupo, assim se expressou o músico num post de rede social: "Sentirei saudades de todos esses caras fantásticos, a quem amo tanto. Sucesso a todos nós!!"

Além da turnê, Barão Vermelho continua preparando álbum de canções inéditas, a ser lançado em 2018. Então votos de longa vida ao Barão Vermelho, seguidos do agradecimento para Rodrigo Santos, por seus 25 anos dedicados à banda e sucesso na nova etapa de sua carreira.

Segue abaixo comunicado da banda sobre desligamento de Santos.

"Comunicado
Devido à incompatibilidade de agenda e projetos pessoais, o baixista RODRIGO, na banda desde 1992, deixa o BARÃO VERMELHO para se dedicar integralmente à carreira solo.

O BARÃO VERMELHO segue com: GUTO GOFFI e MAURÍCIO BARROS, fundadores da banda; FERNANDO MAGALHÃES, no grupo desde 1985, e RODRIGO SURICATO (2017).
Os " barões " estão fazendo ensaios para escolher o baixista que vai acompanhá-los nos shows da turnê que segue pelo país e preparam um novo álbum de inéditas previsto para o primeiro semestre de 2018.
Boa sorte a todos nesta nova fase !"

Aroldo José Marinho

04 março 2017

Cinco Perguntas Para... Nitai Santana



Depois de um tempo de recesso, retomo a sessão de entrevistas do blog. A proposta é sempre apresentar aos leitores e às leitoras os pensamentos e as idéias de pessoas que, por um ou outro motivo, considero interessantes, gente que tem algo de saudável ou proveitoso para oferecer para vocês.
De acordo com o perfil pretendido, apresento para vocês Nitai Santana da Silva. O moço que nasceu em 21 de junho de 1995, em Macapá (AP), é originário de uma família que tem a música como referência. Os estudos de violão erudito e a descoberta do contrabaixo lhe habilitaram a conquistar espaço na cena musical da cidade. Primeiro, com 16 anos, atuando como músico acompanhante. E, aos poucos, como compositor e interprete, se torna uma opção para as pessoas que procuram no circuito de bares.
O talento de Santana não é nutrido somente pela herança familiar e pela experiência na cena local. Ele desenvolve conhecimentos acadêmicos na  faculdade de licenciatura em música e nas pesquisas culturais que desenvolve, principalmente, sobre música brasileira e jazz. Neste sentido, não é errado afirmar que sua carreira pode alcançar situações amplas, não imaginadas por ele.

Na entrevista concedida ao blog, é possível perceber Santana não somente como uma revelação musical. Isso é óbvio! Todavia suas respostas mostram ser ele um artista em expansão, que tem a consciência de sua capacidade e das situações que o rodeiam. Vamos saber de Santana pelas suas palavras.


Aroldo José Marinho (M): Você descende de uma família que faz da música a sua herança. Como se dá sua relação com esta arte?
Nitai Santana (S): Descendo de uma família de professores de música, aprendi em casa as primeiras noções de violão e teoria musical. Já tratei de música como hobby mas hoje minha relação é profissional, a dimensão que sinto prazer em trabalhar com esta arte é a composição, especialmente, as canções, pois, não há fórmulas para se fazer isto, é sempre muito inusitado, às vezes, rápido, às vezes, demorado e a minha busca é confortar e desconfortar os ouvidos, fazer desta arte simplesmente como ela se apresenta a mim mesmo, expressando não só algo técnico e objetivo mas principalmente a subjetividade dos sentimentos humanos.

M: Quais são os temas inspiradores de seu trabalho de compositor?
S: Me inspiro nos livros que leio, nos elementais da natureza, nas moças bonitas da cidade, na busca pelo grande arquiteto do universo (Deus), nas dificuldades da vida, na complexidade dos relacionamentos humanos, no amor em suas várias dimensões.

M: Como diferencia sua atitude de compositor das posturas de artista solo e de músico acompanhante?
S: Como Músico acompanhante eu preciso ter sempre em mente o ato sacerdotal para com a música, não que eu não seja livre para criar mas tento entender as necessidades do artista que estou acompanhando para todos ter prazer em fazer o trabalho. Quando se trata de solo eu tenho mais liberdade em criar e até mudar algo que ficou mais legal.

M: Poderia contar sua opinião sobre a cena musical de sua cidade?

S: Se eu fosse resumir em uma frase: “temos que se virar” (risos).  Hoje em dia a cena Musical é totalmente de produção independente.

M: O que faz o cidadão Nitai seguir adiante?
S: É a arte que me move, minha arte, acredito nela e isso é tudo que eu preciso para seguir.






19 fevereiro 2017

Atitude de mulher

O texto que segue abaixo teve como fonte de inspiração Tallyta Carneiro Mendes. Mulher brasiliense inteligente e bonita, cheia de boas idéias e preocupações com o meio ambiente e todos os seres vivos. Além de formular um pensamento elaborado, argumenta através da arte da dança, expressando sensibilidade e garra. Impossível ignorá-la.
Aroldo José Marinho



Atitude de mulher
Aroldo José
A mulher sorri para o mundo,
Observa o ambiente
Ouve o canto dos pássaros
E exclama:
"Que lindo!"

Porém ela não sabe que antes,
O ambiente era outro,
Diferente!
Não havia canto,
Não havia pássaros.

O mundo era um lugar estranho
E desesperado,
Dominado pela incerteza.
Ninguém esperava pelo amanhã.

Mas eis que ela chegou,
Sorriu para o horizonte,
Fez surgir a luz,
Cantou sua bela melodia
E a claridade iluminou a vida.

Ela trouxe a beleza
E o ambiente, emocionado,
Exclamou:
"Que linda!"