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31 janeiro 2006

Dois poemas de Leinad (outra vez)

Oi para todos e todas!
O blog hoje faz festa por causa de uma ocasião prá lá de especial: o aniversário de Ivan Daniel da Silva Amanajás. Daniel é uma pessoa que eu prezo bastante. Excelente primo, excelente amigo, excelente colega, excelente em qualquer coisa que vocês quiserem. Enfim, um cara de inteligência e respeito. De uma humildade que merece aplausos. Vejo nele uma coerência que, infelizmente, anda em falta no mundo.
Daniel é um cara que pensa antes de falar ou agir, que é capaz de abrir mão de um benefício próprio só para poder dividí-lo com outras pessoas. O egoísmo não bateu na sua porta ou, se bateu, perdeu tempo e foi embora derrotado.
Para homenagear Daniel neste dia especial, publico aqui dois poemas escritos por Navi Leinad, escritor argentino residente em nosso país e, outras vezes, já publicado neste blog. O que tem a ver homenagear Daniel com um texto de Leinad? É simples, Daniel é o tradutor do trabalho do argentino para a língua portuguesa. Graças a ele podemos ter acesso à poesia urgente e plena de vida de Leinad.
Então Daniel! Feliz aniversário! Felicidades redobradas sempre! Que os seus lances sejam sempre abençoados por Deus! Que na sua vida os motivos de festa sempre sejam maiores que as dores. Amém!
Vamos ao texto? Vamos à festa!
Aroldo José Marinho



O Encontro
 O dia eu não lembro
A hora imagino
O local é inesquecível
O momento é o princípio.

O que fazíamos não importava
Ao redor, desapareceu
Olhares que se encontravam
Para nunca mais se afastar.

Caminhos coincidentes
Para um mesmo fim
De um começo já inaugurado
Que pôde se concretizar.

O dia eu queria lembrar
Para poder comemorar
Mas se te tenho todos os dias
Omitirei essa agonia
E viverei intensamente
Cada dia de alegria.

(Navi Leinad)


Mães
Elas que passaram noites em claro por nós, depois de nos carregarem nove meses no ventre, e até hoje se preocupam conosco...
Elas que sempre nos colocam em suas orações, dando-nos prioridade...
Elas que vão à luta por nós em qualquer campo de batalha...
Elas que nos deram vida, nunca exitariam em dar as suas por nós...
Elas que nos dão um amor inigualável, amor incondicional, amor verdadeiro, aquele que não espera ser correspondido para existir...
Elas...
Mães... deusas na Terra...
Adoradas por todos, filhos eternos, ligados pelo amor.

(Navi Leinad)



25 janeiro 2006

Para Sampa

Hoje é dia do aniversário da cidade de São Paulo. A grande metrópole fica mais um pouquinho adulta. São 452 anos muito bem vividos. Não é novidade para ninguém que tenho um carinho muito grande por esta cidade, que me sinto bem quando vou lá. Segundo meu amigo Mário Sebok, paulistano e feliz, numa outra encarnação eu nasci na capital paulista. Deve ter sido.
Infelizmente, não foi possível preparar uma grande homenagem para esta tão importante data. Mas, para não passar batido, decidi republicar o primeiro poema que escrevi para São Paulo. Espero que vocês leiam e depois me enviem seus comentários.
Feliz aniversário Sampa!
Tudo de bom sempre!


Para Sampa
Aroldo José
Eu conheço tuas ruas,
Tuas calçadas,
Tua gente bonita
Que anda apressada e feliz.

Já provei do teu sabor,
Teus aplausos, risos,
Tua cultura multi-étnica
Que fez o meu medo desaparecer.

Eu conheço teu jeito,
Tua elegância invisível,
Teu charme europeu discreto.

Eu já sei da tua dor
E da tua alegria,
Teu painel colorido,
Teu metrô veloz.

Já descobri teu mistério,
Já conheço a Brigadeiro,
Já senti teu perfume na paulista,
Já me descobri paulistano.

Já sei da tua paisagem
E, sobretudo, já sei do teu amor
De verde-porco palmeirense.

Eu já vivo a tua vida:
São Paulo!
Macapá, 31/12/93

16 janeiro 2006

Um autor da Bahia

Atendendo ao pedido feito por Alice Lordelo, uma amiga baiana, hoje publico Tenete Zaqeu. Não conheço o autor. Mas tenho confiança na indicação feita por Alice.
Por favor! Leiam e façam seus comentários.
Um abraço!
Aroldo José Marinho


Onde as nuvens brincam se esconde um sorriso angelical
de uma doce voz que encanta aos pássaros e os deixa
ainda mais livres. Na esperança de observar e
contemplar cada momento eles voam ainda mais alto onde
somente a alma alcança e nos olhos de criança
encontram a bela morena."
Se perguntam se é sonho ou verdade, mas quando suas
asas tocam suave o cabelo ao vento percebem que
verdadeiro é a imagem."



12 janeiro 2006

Belém

Boa tarde!
Saúdo todos e todas com alegria, sobretudo os paraenses e as paraenses nascidos em Belém. Esta cidade linda e santa está aniversariando. São só 390 aninhos, mas muito bem vividos.
Infelizmente, não tive tempo para escrever uma bela homenagem para a cidade. Por isso, republico o texto divulgado no ano passado. A homenagem é repetida, mas o meu amor pela cidade é renovado a todo momento.
Feliz aniversário Belém! Beijos para o seu povo!
Harold



Belém
Aroldo José
Hoje é dia de Belém!
É preciso fazer festa
Em todos os lugares,
Em todos os bairros.

Sair cantando a alegria
De conhecer a cidade;
De saber da sua existência
Gloriosa e humana.

O sino da Sé toca.
Anuncia a festa da Virgem
Que protege Belém
Com ternura e flor.

Viva a cidade das mangueiras!
Que abraça e beija o visitante;
Que sugere o retorno
De quem se apaixonou por sua gente.

Assim é Belém!
Dos vários perfumes;
Do peixe gostoso;
Da poesia e da paz.
Brasília, 12/01/05

A Vida em Ribeirão

Feliz ano novo para vocês(mesmo que atrasado)!
Hoje lhes ofereço um texto que escrevi em 1994, no século passado. Estava na cidade de Ribeirão Preto participando de um congresso científico. Naquele ano algumas questões estavam me deixando triste. Mas alguma coisa começou a mudar.
O tempo passou e a alegria voltou para a minha vida. Sei que foi em Ribeirão que as coisas começaram a adquirir novo sentido, a luz foi recuperando espaço. Então, movido pela emoção e pela influência de Fernando Pessoa, escrevi este texto.
Espero que vocês gostem e que registrem suas opiniões.
Tudo de bom sempre!
Harold



A Vida em Ribeirão
Aroldo José
Amanhece o dia e a cidade acorda.
Levanto, tomo banho e café e depois pego o ônibus.
Assim vivo, vou vivendo e contemplando a vida na
Cidade californiana do hemisfério sul, do afeto paulista.
Olho admirado: que interior com jeito de cidade grande,
Que cidade grande com acento caipira;
E sigo feliz, vivendo a vida no passo das pessoas
Que vão trabalhar e estudar.



Aqui tem tanta coisa para se fazer.
Aqui tem tanta vida, tanta gente contente
Acenando na rua para mim.
E o meu coração fica contagiado
Que, de nortista universal com jeito europeu,
Quer virar ribeirão-pretano,
Italiano do interior, freqüentador do Pingüim.



E a vida vai seguindo como um ônibus,
Como os fios esticados do 'trólebus',
Como o traçado das ruas,
Como o estilo feliz dessa gente solidária.



Ah! Quisera Deus que eu pudesse ler o livro
Da sabedoria na cultura desses amigos;
Que olham, recebem e abraçam, me abraçam,
O cara lá do norte, da viagem longa.



Por que não recebê-los em casa?
Por que não retribuir o afeto dado?
Por que não plantar Ribeirão no fundo do quintal?
Por que? Perguntas e perguntas e mais outra pergunta:
Por que não aproveitar o momento presente
E amar concretamente cada pessoa que passar ao meu lado?



Sim! Viver o dia como o sábio professor Keating,
Agradecer a Deus este momento,
Vivê-lo intensamente e, quando for embora,
Dizer contente:
-- Vivi tudo! Fui feliz!



Aqui é Ribeirão e Ribeirão está em mim.
Uma nova cidade, um novo cidadão
E um velho-novo sentimento:
Amor recíproco!
Assim é a chama dessa região que, mesmo apagada,
Ainda aquece meu coração.
Assim, minha história incorpora outras vidas pulsantes,
Outras histórias de Ribeirão.



Minha vida passa a ser Ribeirão,
Meus delírios lembram o chopp gelado de Ribeirão;
O negativo de minha foto revela a gente de Ribeirão;
No outro dia dançarei na festa de Ribeirão.
Farei unidade, serei da comunidade,
Serei do time ribeirão-pretano.
Enfim, serei semente no jardim de Ribeirão.


Ribeirão Preto, 02/11/94