Pesquisar este blog

21 março 2011

Paysandu acaba com o 'carnaval'do Cametá

A notícia que segue abaixo encheu de alegria a imensa nação bicolor. E não é para menos. A genial equipe do Paysandu Sport Club foi até Cametá, no interior paraense, para jogar e vencer a equipe local, que tem o mesmo nome do município. Dando assim, um passo grande apra conquistar o primeiro turno do campeonato paraense de futebol profissional.

Vale ressaltar que o time cametaense fez uma boa campanha. Ganhou de times considerados grandes. Exemplo expressivo foi a goleada aplicada no Remo, tradicional rival do Paysandu, que não resistiu à eficiência do time do interior. Por isso, nas semifinais do primeiro turno, levou de 4 x 1, no jogo de ida, e, no segundo jogo, depois de estar ganhando por 2 x 0, permitiu a reação do time interiorano. O empate de 3 x 3 credenciou o Cametá para decidir com o Papão da Curuzu.  

Para contar melhor como o Papão jogou um balde de água fria no Cametá, segue relato do jogo, feito na edição de hoje Jornal Diária do Pará.

Dá-lhe Papão!!!

Harold  


Paysandu acaba com o 'carnaval'do Cametá

A festiva Cametá viveu momentos distintos ontem. Durante o dia quem comandava a folia era o ‘bloco do Mapará Atômico’, mas o encarregado de encerrar o prolongado festejo de Momo no município foi mesmo o ‘bloco do Papão’, que saiu do Parque do Bacurau com uma vitória de 2 a 1 sobre o adversário local, no jogo de ida da decisão do primeiro turno do Campeonato Paraense. Os finalistas voltam a se enfrentar na próxima quinta-feira (24), às 20h30, na Curuzu, para decidir nos 90 minutos restantes, quem leva a Taça Cidade de Belém. O Papão está na vantagem para estampar o pôster de campeão, pois leva o caneco até mesmo se sofrer uma derrota por um gol de diferença.

Para não decepcionar seus torcedores, o time do técnico Fran Costa foi para cima do alviazul, mas foi surpreendido no contra-ataque com um gol de Mendes (foto) logo aos três minutos, saído de um cruzamento de Billy. A partir daí, no desespero, a equipe do Mapará aumentou a pressão lá em cima, dando espaço para os contragolpes. O Paysandu manteve a calma e procurava não se expor até que aos 27 minutos, Rafael Oliveira dominou a bola e serviu Mendes que fez um gol de cobertura calando o estádio. O fio de esperança cametaense só voltou a acender nos acréscimos do tempo inicial, com a entrada de um terceiro atacante, Balão, e o gol de Jailson, aos 48.

O final foi de mais pressão para cima dos alvicelestes. Com Leandro Cearense bem marcado, apareciam Robinho e Balão. As tentativas do anfitrião resultaram em um gol anulado pelo árbitro, que havia marcado falta antes da bola entrar na rede de Fávaro. O sufoco continuou e o jogo passou a se desenrolar a maior parte na área do visitante, que ainda teve Marquinho expulso depois de cometer falta em Balão. Duelo emocionante até o apito final, mas o dia era mesmo de carnaval azul e branco e os hospitaleiros cametaenses deixaram o Bacurau indignados, vociferando contra tudo e todos. Era o Paysandu se travestindo de Rei Momo para anunciar ao Mapará que todo carnaval tem seu fim!

20 março 2011

Coalizão volta a atacar forças de Kadafi

Parece que a petulância de Kadafi não irá muito longe. Desde a tarde de ontem, as forças ocidentais, lideradas pela França e pelo Reino Unido, começaram a bombardear as posições do exército do ditador. Segundo alguns analistas políticos, não demorará muito para que possa haver a transição de poder na Líbia.

Notícia postada hoje, às 12:25, na edição eletrônica do jornal O Estado de São Paulo amplia a crença na iminente queda de uma ditadura que iniciou em 1969 e que, graças a Deus, vai caducando a olhos vistos.

Harold  


Coalizão volta a atacar forças de Kadafi

TRÍPOLI - Aviões americanos retomaram bombardeios contra tropas leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi neste domingo, 20. Ao menos 18 caças, incluindo três aviões 'invisíveis' B-2, conduziram a operação. Caças F-15 e F-16 e um jato AV8-B Harrier, além de jatos britânicos também participaram dos ataques.

Durante a noite, os B-2 lançaram 40 bombas convencionais em alvos em território líbio, enquanto navios de guerra americanos e britânicos dispararam pelo menos 110 mísseis teleguiados contra a defesa aérea líbia. Pelo menos 20 posições de defesa aérea foram alvejadas na capital, Trípoli, e na cidade de Misrata, no oeste. Ainda de acordo os militares americanos, as linhas de suprimento de Kadafi devem ser cortadas na segunda-feira.

O comando militar francês, por sua vez, informou que o porta-aviões Charles de Gaulle está a caminho da Líbia. Duas fragatas francesas já operam no Mediterrâneo. Os caças da Força Aérea Francesa patrulham os céus da Líbia, mas não fizeram disparos hoje, disse o Ministério da Defesa. O Reino Unido declarou que os seus aviões atacaram defesas antiaéreas na região da capital Trípoli.

A Itália colocou a disposições oito jatos que podem ser utilizados à qualquer momento. São quatro caças e quatro aviões Tornado que podem neutralizar radares líbios. De acordo com o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, o centro de comando da operação seta sendo montado em Nápoles.

A Bélgica cedeu seis caças F-16 que estarão operacionais na segunda-feira. De acordo com o comandante das Forças Armadas Americanas, almirante Mike Mullen, aviões de guerra do Catar estão a caminho da Líbia.

Uma aliança formada por EUA, França, Reino Unido, Itália e Canadá deu início no sábado, 19, a uma intervenção militar no país, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.

Pepeu Gomes - Malacaxeta (1978)

Governo revisa plano de banda larga para incluir Roraima e Amapá


Infelizmente, é muito comum ouvir queixas sobre o acesso à internet no estado do Amapá. O serviço parece ser oferecido por uma tartaruga e nã por famosas empresas multi-nacionais.

Porém, parece que coisa vai começar a mudar de figura. Pelo menos, é o que me sugere a notícia que li no blog de Alcilene Cavalcante. Quem escreveu o texto foi Hugo Bachega.

Espero não ficar frustrado depois.

Segue o texto.

Harold


Governo revisa plano de banda larga para incluir Roraima e Amapá


BRASÍLIA (Reuters) – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que o governo fará uma revisão do Plano Nacional de Banda Larga para incluir os Estados de Roraima e Amapá nas áreas de cobertura do projeto.

“Na época em que nós elaboramos tinham alguns Estados que nós chegamos à conclusão que não teríamos condição técnica de incluí-los naquele momento”, disse Bernardo a jornalistas após participar de audiência da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado.

“Acho que hoje já surgiram várias alternativas que permitem e exigem a revisão desse plano.”

A revisão será feita “logo”, segundo Bernardo, que classificou a expansão da Internet banda larga como principal prioridade do Ministério.

Para a inclusão de Roraima, será usada uma linha de fibra ótica que conecta o norte do Estado à Venezuela e o sul ao Amazonas.

No caso do Amapá ainda não há uma linha que chegue ao Estado, explicou Bernardo, mas há duas alternativas, ou do Pará ou da Guiana, que poderiam resolver o problema em até seis meses.

Outra prioridade será reduzir os preços dos serviços oferecidos. Segundo Bernardo, o preço de referência para o serviço de banda larga está em torno de 35 reais, o que poderá cair para 29 reais caso os Estados retirem a cobrança do ICMS.

Infernos do mundo no andar de cima

Segue texto que Ricardo Kotscho escreveu no seu blog.

Harold

20/03/2011 - 11:33



Infernos do mundo no andar de cima

Cada um sente a dor ou a alegria de acordo com o lugar onde seus pés pisam. Pode ser o barulho dos bombardeios para quem mora na Líbia, o temor da radiação atômica no Japão, a do estômago roncando de fome ou a doce brisa do mar nas praias ainda intocadas no nosso nordeste.

No mesmo instante, em diferentes lugares do mundo, dependendo de onde estamos, poderemos ficar mais perto do céu ou do inferno, rir ou chorar, sentir amor ou ódio. Por maiores que sejam a tristeza ou a felicidade dos diferentes povos neste momento, o que nos toca é o som mais próximo, a paisagem ao alcance dos olhos, o sol que nos ilumina.

No meu caso, o inferno fica bem próximo, no andar de cima. Há várias semanas, entre uma tragédia e outra que acontece no Brasil ou no mundo, não consigo trabalhar nem dormir direito.

Sei que ninguém tem nada com isso e nem eu posso fazer nada, a não ser escrever, mas vocês podem imaginar os sons de um filme de terror numa casa mal assombrada? Pois é, aquele barulho infernal de móveis sendo arrastados, pés martelando no chão como se fosse dentro da minha cabeça, portas e lustres batendo, de dia e de noite, sem que eu consiga descobrir do que se trata?

Uma única vez ousei interfonar para saber o que estava acontecendo e, com muito jeito, pedi piedade ao vizinho, mas foi-me dito apenas para ter paciência porque que se tratava do ensaio de coreografia para um espetáculo prestes a estrear. Não adiantou nada meu apelo.

O tempo passou e os barulhos se intensificaram, entram noite adentro e cedo recomeçam. Parece o som de uma mudança interminável, que é feita todo dia, toda hora, sem tempo para acabar. Tem dia que não consigo nem escrever para atualizar o Balaio.

Também trabalho em casa, como muita gente faz hoje em dia, mas tenho certeza de que não incomodo ninguém batucando no meu notebook ou lendo meus livros. Nunca tive problemas com vizinhos nem eles comigo, mas agora não sei mais o que fazer. Para completar, meu prédio está em obras de reforma da fachada, também intermináveis.

Sim, também sei que posso voltar a trabalhar fora, ir todo dia para uma redação, como fiz a vida inteira, mas como faço para dormir? Já tentei até colocar tampão de silicone nos ouvidos, mas não adiantou. Alguém aí tem uma boa ideia?

O que eles pensam - Almir Sater

Reproduzo a entrevista concedida por Almir Sater ao jornalista José Carlos Vieira, publica na edição de hoje do jornal Correio Braziliense. Nela o músico conta situações interessantes de sua respeitável carreira.

Tudo de bom!

Harold


O que eles pensam - Almir Sater



Almir Eduardo Melke Sater nasceu em Campo Grande, em 14 de novembro de 1956, gosta de música caipira, andina, rock. Conheceu a viola no Rio de Janeiro, onde foi estudar, e nunca mais a largou. Almir Sater teve uma rápida e descontraída conversa com o Correio. Falou de sua carreira, da novela Pantanal, que lhe deu projeção nacional, criticou a moda exagerada dos DVDs e revelou-se um "simples homem da terra", que gosta de plantar e colher.


Madeira de lei

Assim como Manoel de Barros, você saiu da região pantaneira (ele de Cuiabá e você de Campo Grande) para estudar no Rio de Janeiro. Como foi sua primeira impressão, seu primeiro sentimento ao chegar num grande centro urbano, como o Rio?

Me fascinou aquela quantidade de opções culturais quando cheguei em 1974. Saí de cara procurando pessoas para falar de arte e de música. Quando eu cheguei lá para estudar — fazer cursinho — , estava mais interessado em buscar conhecimento musical e conhecer pessoas para tocar. Minha iniciação musical foi toda no Rio de Janeiro. Foi lá que conheci a viola caipira frente a frente no Largo do Machado, reduto da cultura popular. Foi lá que me encontrei com uma dupla de violeiros mineiros e fiquei encantado com a viola. Eu tinha de 17 para 18 anos.


E quais são suas influências?

Tenho mais influência fora da viola caipira do que dentro dela. Na viola, conheci o Tião Carreiro, o som do Renato Andrade. Os dois são uma escola. Os dois se completam. Mas antes disso, eu era mais roqueiro. Gostava de James Taylor, Paul McCartney, Paul Simon… ouvia também grupos de música andina, como o Inti-Illimani, que tinham excelentes instrumentistas. Gostava também do tocador de charango boliviano Ernesto Cavour. Eu misturava tudo, McCartney, Tião Carreiro, Inti-Illimani, Vieira e Vieirinha… Sempre admirei as pessoas que compunham, cantavam e tocavam. Não que o intérprete não seja importante, mas valorizo muito o criador, o instrumentista.


Como é participar de uma comitiva, como foi a Esperança, em 1984?

Depois que gravei meus dois primeiros discos (1980 e 1982), estava muito livre, muito solto, fazendo coisas diferentes. Nessa época, conheci o Guilherme Rondon, que era pantaneiro também e tinha uma fazenda lá. Fomos visitar as terras dele e ficamos ainda mais impressionados com a beleza da região e da sua cultura. Resolvemos fazer uma viagem sem rumo, sem bússola, sem nada. Ficávamos de fazenda em fazenda tocando — o dinheiro que tínhamos serviu para investir num documentário em parceria com a Tatu Filmes, à época na Vila Madalena (SP). E as coisas foram acontecendo. Levamos viola, violão e violino. Eu (viola), o Paulo Simões, meu parceiro (violão), e o maestro Zé Gomes (violino) usávamos a música como uma isca para atrair as pessoas de fazenda em fazenda. Viajamos uns 15 dias com uma boiada, sempre levando música e acompanhando a emoção das pessoas no meio daquele isolamento. Isso se transformou num pequeno documentário. Tudo muito simples.


Seu encontro com Tetê Espíndola abalou a vanguarda paulista na época, parecia que a música pantaneira iria permanecer por um bom tempo nas paradas. Mas as gravadoras não quiseram assim, preferiram outros gêneros. Você acredita que essas gravadoras ainda têm esse poder de ditar o que se toca no país?

Elas estão passando por um período de grande indefinição. Perderam o poder de dominar o mercado, perderam o poder de só elas produzirem e comercializarem. Hoje qualquer pessoa pode ter um estúdio em casa e criar seu próprio trabalho. A arte está um pouco mais democrática, mas a forma de comercializá-la é que ficou complicada para os que vivem da arte. Se você mata o criador de fome, mata a arte junto.


A música brasileira entrou numa crise existencial com a queda na venda de CDs . Quais são as saídas para o artista? O DVD?

Não sou a favor do DVD, ele distrai muito a atenção da música. Sempre gostei de ouvir música de olhos fechados. Não sinto falta da imagem para a música. Tudo bem que virou um grande show. Mas a música, quando você fecha os olhos, você vai para qualquer lugar que quiser e enxerga qualquer imagem que imaginar. Não que eu seja contra o DVD. Mas acho que o artista tem de se preservar. Chegou um ponto em que os meus filhos lá em casa assistiram tanto a DVDs do Paul McCartney, que quase comecei a enjoar do meu ídolo (risos). Acho que banaliza a figura da pessoa. Não gosto, não. A não ser que seja um DVD jornalístico. Mas colocar o seu show em DVD, você acaba estragando o show. O que você tem pra vender depois? Mais nada, porque tudo está lá.


Você trabalhou na novela Pantanal.

Foi aí o salto para o sucesso nacional? E a experiência na novela O Rei do Gado?

Pantanal foi um divisor de águas em termos de reconhecimento nacional.


Fale um pouco mais…

Eu tinha ido a Nashville (EUA) apresentar uns shows lá e aproveitei para fazer um disco que não estava programado. Quando voltei para o Brasil, os meu amigos músicos americanos me convidaram para fazer uns shows instrumentais por lá. Pensei em morar um tempo nos Estados Unidos. Mas os boatos sobre a novela Pantanal estavam circulando há muito tempo, ela seria rodada pela Globo. Nessa época o Sérgio Reis ia participar e ele sempre gostou do meu trabalho. Tinha uma relação paternalista comigo, me ajudou gravando Sonhos guaranis, uma música que não tinha nada a ver com ele, eu acho (risos). Gravou porque queria me ajudar. Ele disse: “Você tem que trabalhar mais, Almir. Tem que ir nas rádios pedir pra tocar suas músicas”. Eu falei: “Não vou constranger um programador e pedir pra ele tocar uma música que não tem nada a ver com ele. Toca se quiser. Agora, se você quer que eu faça sucesso, põe eu nessa novela que você vai participar (risos)”. Ele ficou rindo. Passaram seis anos e eu estava em Fortaleza, fazendo um show, esperando voltar para São Paulo e comprar as passagens rumo aos Estados Unidos, quando Sérgio Reis me ligou. Disse que a novela será feita na Manchete e que eu estava convidado. Perguntei: “Vai gravar mesmo no Pantanal?”. Ele disse sim. “Então topo”. (risos). Meu empresário achou que eu estava louco. Não imaginava que faria tanto sucesso.


E o Rei do Gado?

Em Rei do Gado, eu já fui cheio de pretensão e não aconteceu nada (risos). Mas foi muito bom, a novela fez sucesso, mas não foi aquela coisa do Pantanal.


Hoje você mora na Serra da Cantareira, em São Paulo, de que mais sente saudade da sua terra?

Vou sempre para o Mato Grosso do Sul. Recentemente, fiquei 90 dias lá. Gosto muito do meu canto. Para a música, é bom, é um lugar isolado, tranquilo. Sou um pequeno produtor rural, gosto de produzir, mexer com a terra, com coisas reais. Porque eu não sei nunca quando vou fazer uma música. É uma coisa muito louca. De repente você passa seis meses sem criar nada, mas quando você planta uma semente num solo bom, quase sempre é certo. Gosto também de ter o pé no chão e não só ficar no mundo da Lua. Gosto muito da lida da fazenda.


Em entrevista ao Diversão & Arte, Rolando Boldrin destacou que cantores de sertanejo universitário não têm nada de caipira, estão mais para o pop, pois não vêm da raiz brasileira, como os cururus, maxixes, arrasta-pés etc. Você concorda com ele?

O sertanejo universitário não é definição dos artistas, é coisa de gravadora. Esses artistas vêm com o conhecimento da cultura caipira, eles cantam todo o repertório. Mesmo na época de Tião Carreiro sempre houve essa pendenga de quem é mais raiz. Acho que hoje tem bons artistas e artistas duvidosos. Mas não sou dono da verdade. Bom é aquilo que me emociona. Mas pouca coisa tem me emocionado ultimamente (risos).


Com essa onda moderna, da música eletrônica, de Ladies Gagas etc., a viola se transformará em instrumento de museu?

É uma bagunça mundial. Venho de uma geração que pegou o finalzinho do grande momento musical do século passado (1970-80). Se você comparar músicos daquela época com os de hoje, não dá.


Mas a viola se transformará um instrumento de museu?

A viola não tem culpa disso. O problema não está na viola, na guitarra ou no pandeiro. O problema está em quem segura o instrumento. Vejo excelentes instrumentistas tocando viola, garotos tocando muito bem. Mas acontece que as gravadoras sempre buscaram o fácil, o retorno rápido. Quando conheci o parceiro do Tião Carreiro, o Lourival dos Santos, estava difícil a minha vida, porque eu não era nem sertanejo, nem popular. Não entrava em nenhuma turma, ficava sozinho. Nem conhecia o Renato Teixeira ainda. Estava só. Conversando com Lourival dos Santos, ele me disse: “Almir, você é madeira de lei, demora. Madeira que cresce rápido só serve para lenha. Madeira de lei demora, tem de ter paciência”. Às vezes, as gravadoras querem tudo rápido e começam a investir em coisas descartáveis. A gravadora pode escolher vários artistas, mas eu não posso falhar no meu trabalho. Não sou contra gravadoras, elas tiveram um papel importante em descobrir talentos, em investir na cultura.


O que você acha de jovens tocando heavy metal com viola caipira, como a dupla Ricardo Vignini e Zé Helder?

Acho muito bom. O instrumento está à disposição do instrumentista. Eu toco uns blues de viola, umas coisas mais lindas. Tenho um amigo americano que toca banjo e se apaixonou pela viola caipira. A afinação rio abaixo da viola caipira é igual à do banjo. Aí eu falei para ele, pensa num banjo e toca essa viola. Ele virou um dos melhores violeiros do mundo (risos). Os dois instrumentos têm um toque muito rápido.


O Brasil está se urbanizando e perdendo a identidade. Como fazer para preservar nossas tradições?

É para isso que serve o Ministério da Cultura. Para que um ministério se não for para preservar nossas tradições? Se você não preserva sua cultura, vai se transformar naquele povinho babaquinha sem nada e sempre copiando os outros. É preocupante as pessoas seguindo só os modismos.


O governo federal determinou um corte de 36% no orçamento do Ministério da Cultura. Parece que o Planalto acha que investir em cultura é supérfluo. Você concorda?

Eles gastaram demais em outras atividades e agora estão inventando desculpas para cortar verba para a cultura, saúde, educação. É preciso planejamento, o Brasil virou um grande cabide de emprego, um inchaço danado… e a gente trabalha só para sustentar um mundo de funcionários que produzem muito pouco para o brasileiro. Quem paga é a cultura, o povo brasileiro.


Está havendo uma briga feia entre vários segmentos ligados à cultura com relação aos direitos autorais. Muda ou não muda a lei?

Uma das poucas coisas que começaram a dar certo foi o direito autoral. Pode não ser perfeito, mas os artistas recebem. Acontece que agora os meios de comunicação estão nas mãos de grandes políticos. E quando começam a pagar um grande montante de direito autoral, eles ficam com o pé atrás. Mas essa discussão precisa continuar. Vale lembrar que o Ecad pertence aos músicos. Antes de qualquer mudança, é importante conversar com os artistas.


Qual a primeira imagem que vem à sua cabeça, quando se fala de Brasília?

É uma cidade muito linda. Quando vou tocar na cidade, gosto de dizer que canto para o Brasil todo num lugar só. Ela tem de se fazer respeitar como centro do poder. Quando a gente vê escândalos na capital do país, me constrange como brasileiro. É triste ver a cidade dominada por mafiazinhas tirando dinheiro de merenda escolar, de hospital.

TRAMPA SINFÔNICA - "Te Presenteio Com A Fúria" DVD OFICIAL

Meu nome é André Noblat. Ricardo é outra pessoa

O texto que segue abaixo foi escrito por André Noblat. O jornalista e músico veio a público desfazar o mal-entendido que envolveu o espetáculo Trampa Sinfônica, desenvolvido, em 2008, em parceria com o maestro Sílvio Barbato.


Boa leitura!

Harold


Meu nome é André Noblat. Ricardo é outra pessoa



A polêmica sobre a Lei Rouanet e a utilização irresponsável do meu e do nome da minha banda em blogs e outros meios das redes sociais me obrigam a entrar no debate.
 
Primeiro: sou a favor da Lei Rouanet. Mas acho que ela deve ser reformulada. Para dar mais oportunidades a iniciativas culturais que estão fora do eixo tradicional, fora do mainstream, fora do óbvio e fora das regiões mais ricas do país.

Esse é o caso do projeto Trampa Sinfônica, idealizado pelo maestro Silvio Barbato, ex-regente da Orquestra Sinfônica de Brasília, e executado em Brasília em 2008.

Contemplado pela lei de incentivo cultural, o Trampa Sinfônica está enquadrado no quesito de inovação e relevância cultural. É um projeto único no país.Promove o encontro da música erudita com o rock. Há quem goste ou não, mas isso é uma questão de cada um.

Ao contrário de muitos projetos aprovados na Lei Rouanet, o Trampa Sinfônica não visa lucro.

No projeto realizado em 2008, minha banda não recebeu cachê algum. O show foi gratuito. Parte da verba do projeto foi destinada a levar jovens da periferia de Brasília a assistirem um espetáculo no teatro. Pela primeira vez.

Cerca de 40% dos assentos foram reservados para esse público! A verba foi toda investida na realização do evento.

Resolvemos levar o espetáculo para outras capitais. Vamos repeti-lo nos mesmo moldes: gratuito, com acesso privilegiado ao público da periferia. Mas dessa vez receberemos cachê.

Para deixar bem claro: captamos 800 mil reais para realização de quatro espetáculos (Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo). A banda, que tem cinco membros, receberá 10 mil reais por show e pagará impostos sobre isso.

Ou seja, cada um de nós receberá menos de 8 mil reais pelas quatro apresentações. Toda a planilha do projeto é pública e o que digo pode ser conferido no site do Ministério da Cultura.

É forçar demais a barra comparar o Trampa Sinfônica com o projeto do Blog da Maria Bethânia.

Com todo o respeito à cantora e ao seu produtor. Mas, só o que os dois vão receber juntos é quase o total do que captamos para o Trampa Sinfônica.

Ricardo Noblat é meu pai. Não se mete na minha vida. Muito menos eu na dele.

Meu nome é André Noblat, tenho 31 anos de idade, sou jornalista, militante filiado ao PT há dez anos e músico.

Vamos separar as coisas e nos manifestar com mais responsabilidade.

Em tempo: segue o vídeo da apresentação do Trampa Sinfônica no Teatro Nacional de Brasília sob a regência do maestro Silvio Barbato.


Trampa Sinfônica- Te presenteio com a fúria

Dia de são Patrício


No dia 17 deste mês foi comemorado o dia de são Patrício. A data é muito relevante para o povo da República da Irlanda, que tem este santo como padroeiro. Além, é claro, daas festas realizadas neste  país europeu, houve comemorações nos países onde a colônia  irlandesa é bastante expressiva. Neste dia, as pessoas se vestem de verde e vão às ruas.

Meu primeiro contato com este evento foi no cinema, quando assisti ao filme O fugitivo. Numa das cenas, Harisson Ford fugia dos policiais, comandados por Tommy Lee Jones, pelas ruas de Nova York. De repente, ele viu uma procissão, onde havia muitas pessoas vestidas de verde. para escapar dos  comandados de Jones, Ford se meteu na procissão. Era a festa de são Patrício promovida pelos irlandeses, radicados na cidade, com seus descendentes.

Você me pergunta: quem foi são Patrício? Por que sua festa é muito importante para os irlandeses? Para responder as perguntas, fui atrás de informações. Procurei apoio no texto escrito por Melissa Russell-Ausley e disponível no site www.pessoas.hsw.uol.com.br/sao-patricio.htm . Segue o texto.

Harold
 

Quem é São Patrício?
Importantes figuras históricas são freqüentemente escondidas pelos mitos e lendas atribuídos a eles durante os séculos, e São Patrício não é uma exceção. Acredita-se que ele tenha nascido no final do século IV, sempre sendo confundido com Palladius, um bispo que foi enviado pelo Papa Celestino, em 431, para ser o primeiro bispo dos católicos irlandeses. Segundo a Encyclopedia Britannica, São Patrício era o patrono santo e apóstolo da Irlanda, responsável por levar o Cristianismo para o país. A maior parte do que se sabe sobre São Patrício vem de seus dois trabalhos: o Confessio (site em inglês), uma autobiografia espiritual, e sua Epístola, uma denúncia da crueldade britânica contra os cristãos irlandeses. São Patrício se descreveu como um "homem de mente humilde espalhando um contínuo canto de glória e agradecimento a seu Criador por tê-lo escolhido como instrumento por meio do qual multidões tinham adorado a Deus e coisas sujas tinham se transformado em pessoas de Deus".

São Patrício é mais conhecido por tirar as cobras da Irlanda. É verdade que não existem cobras na Irlanda, e provavelmente nunca houve - a ilha foi separada do resto do continente no final da Era Glacial. Assim como muitas religiões pagãs, o símbolo da serpente era comum e normalmente cultuado. Tirar as cobras da Irlanda provavelmente seria o simbolismo para terminar com essa prática pagã. Embora não tenha sido o primeiro a trazer o cristianismo para a Irlanda, Patrício é considerado como a pessoa que encontrou os Druidas de Tara (site em inglês) e aboliu seus rituais pagãos. A história conta que ele converteu os chefes e governantes dos guerreiros, batizando-os e a milhares de seus súditos nas "Holy Wells", que permanecem com esse nome.

Existem vários registros da morte de São Patrício. Um dos registros diz que ele morreu em Saul, Downpatrick, Irlanda, em 17 de março de 460 a.C. Seu maxilar foi preservado num santuário de prata e sempre é pedido em casos de epilepsia, nascimentos e como proteção contra "mau olhado". Outro diz que ele morreu em Glastonbury, na Inglaterra, e que foi enterrado lá. A capela de São Patrício ainda existe, como parte do mosteiro de Glastonbury. Hoje em dia, muitos locais de culto católico ao redor do mundo têm o nome de São Patrício, incluindo catedrais em Nova Iorque (EUA), Dublin (Irlanda) e Toowoomba, Queensland (Austrália).

Origens do dia de São Patrício
O dia de São Patrício tem sido associado a tudo o que é irlandês: qualquer coisa verde e dourada, trevos e sorte. O mais importante para aqueles que celebram seu real significado é que o dia de São Patrício é um dia tradicional de renovação espiritual e de oferta de orações para missionários de todo o mundo. Os irlandeses são descendentes dos antigos celtas, mas os vikings, normandos e ingleses contribuíram para a natureza etnica desse povo. Séculos de domínio inglês eliminaram muito o uso do antigo idioma galês ou irlandês. A maioria dos irlandeses é formada por católicos ou protestantes (anglicanos membros da Igreja da Inglaterra).

Então, por que esse dia é comemorado em 17 de março? Uma teoria é de que esse foi o dia em que São Patrício morreu. Desde que o feriado começou na Irlanda, acredita-se que, conforme os irlandeses se espalharam pelo mundo, eles levaram consigo a história e as comemorações. O maior exemplo disso, é claro, vemos na Irlanda. Exceto bares e restaurantes, quase todo o comércio fecha no dia 17 de março. Como é um feriado religioso, muitos irlandeses vão à missa, pois 17 de março é o dia tradicional em que se reza pelos missionários no mundo todo antes da celebração começar.

Em cidades norte-americanas com grande população irlandesa, o dia de São Patrício é muito importante. Grandes e pequenas cidades o comemoram com desfiles, "desfiles verdes", músicas, comidas e bebidas irlandesas e atividades para crianças, como artes, pinturas e jogos. Algumas comunidades chegam até a tingir rios ou córregos de verde! Tradicionais bênçãos irlandesas

•Leprechauns, castelos, boa sorte e alegria; canções de ninar, sonhos e amor todo dia. Poemas e músicas com flautas e tambores; Muito boas-vindas aos que aqui chegam.

•Que São Patrício o proteja onde quer que você vá e em tudo o que você faça - e que sua amada proteção seja sempre uma bênção para você.

•Que possa a estrada estender-se para encontrar-te. Que o vento esteja sempre às tuas costas Que o sol brilhe cálido sobre os teus campos, e até que nos encontremos novamente, que te sustente Deus na palma de Sua mão.


16 março 2011

Cordel sobre um programa horrível

Faz tempo que não posto novidade no blog. A correria da vida,  as responsabilidades do trabalho e a irresponsabildiade da Tim no que se refere ao meu modem são as justificativas para a ausência. Mas, na medida do possível, me esforço para não deixar vocês sem nenhuma postagem.
Aqui está um texto que recebi via e-mail. Foi escrito, no formato de cordel, por Antônio Barreto, um baiano de Santa Bárbara, que reside em Salvador, e questiona a postura do jornalista Pedro Bial, na condução do discutível programa Big Brother Brasil.

Concordo  com o texto de Barreto. Sem dúvida, o tal programa é uma grande alienação. Pena que atraia muitas pessoas. Lamentável. No sentido de contribuir com o debate sobre como se perde tempo assistindo tanta besteira, segue abaixo o texto. Boa leitura.

Tudo de bom para vocês sempre!
Harold


BIG BROTHER BRASIL
  
                                Autor: Antonio Barreto,
                               
                                Curtir o Pedro Bial
                                E sentir tanta alegria
                                É sinal de que você
                                O mau-gosto aprecia
                                Dá valor ao que é banal
                                É preguiçoso mental
                                E adora baixaria.

                                Há muito tempo não vejo
                                Um programa tão ‘fuleiro’
                                Produzido pela Globo
                                Visando Ibope e dinheiro
                                Que além de alienar
                                Vai por certo atrofiar
                                A mente do brasileiro.

                                Me refiro ao brasileiro
                                Que está em formação
                                E precisa evoluir
                                Através da Educação
                                Mas se torna um refém
                                Iletrado, ‘zé-ninguém’
                                Um escravo da ilusão.

                                Em frente à televisão
                                Lá está toda a família
                                Longe da realidade
                                Onde a bobagem fervilha
                                Não sabendo essa gente
                                Desprovida e inocente
                                Desta enorme ‘armadilha’.


                                Cuidado, Pedro Bial
                                Chega de esculhambação
                                Respeite o trabalhador
                                Dessa sofrida Nação
                                Deixe de chamar de heróis
                                Essas girls e esses boys
                                Que têm cara de bundão.

                                O seu pai e a sua mãe,
                                Querido Pedro Bial,
                                São verdadeiros heróis
                                E merecem nosso aval
                                Pois tiveram que lutar
                                Pra manter e te educar
                                Com esforço especial.

                                Muitos já se sentem mal
                                Com seu discurso vazio.
                                Pessoas inteligentes
                                Se enchem de calafrio
                                Porque quando você fala
                                A sua palavra é bala
                                A ferir o nosso brio.

                                Um país como Brasil
                                Carente de educação
                                Precisa de gente grande
                                Para dar boa lição
                                Mas você na rede Globo
                                Faz esse papel de bobo
                                Enganando a Nação.

                                Respeite, Pedro Bienal
                                Nosso povo brasileiro
                                Que acorda de madrugada
                                E trabalha o dia inteiro
                                Dar muito duro, anda rouco
                                Paga impostos, ganha pouco:
                                Povo HERÓI, povo guerreiro.

                                Enquanto a sociedade
                                Neste momento atual
                                Se preocupa com a crise
                                Econômica e social
                                Você precisa entender
                                Que queremos aprender
                                Algo sério – não banal.

                                Esse programa da Globo
                                Vem nos mostrar sem engano
                                Que tudo que ali ocorre
                                Parece um zoológico humano
                                Onde impera a esperteza
                                A malandragem, a baixeza:
                                Um cenário sub-humano.

                                A moral e a inteligência
                                Não são mais valorizadas.
                                Os “heróis” protagonizam
                                Um mundo de palhaçadas
                                Sem critério e sem ética
                                Em que vaidade e estética
                                São muito mais que louvadas.

                                Não se vê força poética
                                Nem projeto educativo.
                                Um mar de vulgaridade
                                Já tornou-se imperativo.
                                O que se vê realmente
                                É um programa deprimente
                                Sem nenhum objetivo.

                                Talvez haja objetivo
                                “professor”, Pedro Bial
                                O que vocês tão querendo
                                É injetar o banal
                                Deseducando o Brasil
                                Nesse Big Brother vil
                                De lavagem cerebral.

                                Isso é um desserviço
                                Mal exemplo à juventude
                                Que precisa de esperança
                                Educação e atitude
                                Porém a mediocridade
                                Unida à banalidade
                                Faz com que ninguém estude.

                                É grande o constrangimento
                                De pessoas confinadas
                                Num espaço luxuoso
                                Curtindo todas baladas:
                                Corpos “belos” na piscina
                                A gastar adrenalina:
                                Nesse mar de palhaçadas.

                                Se a intenção da Globo
                                É de nos “emburrecer”
                                Deixando o povo demente
                                Refém do seu poder:
                                Pois saiba que a exceção
                                (Amantes da educação)
                                Vai contestar a valer.

                                A você, Pedro Bial
                                Um mercador da ilusão
                                Junto a poderosa Globo
                                Que conduz nossa Nação
                                Eu lhe peço esse favor:
                                Reflita no seu labor
                                E escute seu coração.

                                E vocês caros irmãos
                                Que estão nessa cegueira
                                Não façam mais ligações
                                Apoiando essa besteira.
                                Não deem sua grana à Globo
                                Isso é papel de bobo:
                                Fujam dessa baboseira.

                                E quando chegar ao fim
                                Desse Big Brother vil
                                Que em nada contribui
                                Para o povo varonil
                                Ninguém vai sentir saudade:
                                Quem lucra é a sociedade
                                Do nosso querido Brasil.

                                E saiba, caro leitor
                                Que nós somos os culpados
                                Porque sai do nosso bolso
                                Esses milhões desejados
                                Que são ligações diárias
                                Bastante desnecessárias
                                Pra esses desocupados.

                                A loja do BBB
                                Vendendo só porcaria
                                Enganando muita gente
                                Que logo se contagia
                                Com tanta futilidade
                                Um mar de vulgaridade
                                Que nunca terá valia.

                                Chega de vulgaridade
                                E apelo sexual.
                                Não somos só futebol,
                                baixaria e carnaval.
                                Queremos Educação
                                E também evolução
                                No mundo espiritual.

                                Cadê a cidadania
                                Dos nossos educadores
                                Dos alunos, dos políticos
                                Poetas, trabalhadores?
                                Seremos sempre enganados
                                e vamos ficar calados
                                diante de enganadores?

                                Barreto termina assim
                                Alertando ao Bial:
                                Reveja logo esse equívoco
                                Reaja à força do mal…
                                Eleve o seu coração
                                Tomando uma decisão
                                Ou então: siga, animal…

                                FIM

                                Salvador, 20 de fevereiro de 2011.