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23 dezembro 2010

Boas Festas

O natal está chegando. E eu me preparo para ir ao encontro da família na Amazônia. Se a greve dos trabalhadores dos aeroporto permitir, é lógico. Mas o pensamento tem de ser positivo. As coisas haverão de ser bem encaminhadas. Tenho essa fé.

Como é praxe, todos desejam festas maravilhosas e anos novos promissores. Faço coro aos que dedicam tão belos votos à humanidade. Que 2010 traga as coisas necessárias para cada homem, cada mulher comprometidos com causas nobres.

A inspiração começa a faltar. E o texto vai ficando redundante. Então é bom finalizar o discurso e lhes oferecer um belo presente. Todavia, terei de ser sincero: o presente que segue postado não é uma idéia minha.

A equipe do Fantástico, programa dominical da Globo, pediu à banda mineira Pato Fú, que criasse um novo arranjo para Boas Festas, canção composta por Assis Valente, e clássico do natal brasileiro.

A banda, da qual faz parte a cantora nipo-amapaense Fernanda Takai, topou a tarefa. Pegou os instrumentos, ou melhor, os brinquedos, e fez uma divertida versão da música. Além de Fernanda, John Ulhôa (guitarra), Ricardo Koctus (baixo), Xande Tamietti (bateria) e Lulu Camargo (teclados), houve a participação de artistas do teatro de bonecos Giramundo, de Belo Horizonte.

Antes de curtir o clipe, só um lembrete: Fernanda é velha conhecida do blog. Ela e Aroldo, editor deste espaço, já conversaram algumas vezes. Uma destas conversas foi documentada pela Tv Câmara. Se alguém desejar saber mais do encontro Marinho-Takai, basta acessar:  pode //www.youtube.com/watch?v=ifVYNBWkTvU.

Creio que é tudo! Feliz natal! Feliz ano novo!


Harold

Pato Fú- Boas Festas



19 dezembro 2010

O impagável Zéu Britto

Num domingo qualquer do primeiro semestre, liguei a televisão num canal de notícias e lá estava Zéu Britto (foto). O ator/compositor/cantor baiano era convidado de um programa de culinária. O apresentador fez diversas perguntas para o Zéu, que respondeu com músicas e argumentos muito divertidos.

A primeira notícia que tive desse artista, que é uma figura super-gente boa, foi há cinco ou seis anos. Sei que foi no Fantástico, onde ele cantou a música Soraya Queimada (www.youtube.com/watch?v=Xynsf61bfRc), composta por ele para o filme Meu tio matou um cara.

Noite de sexta-feira, 17, bem vivida. Cheguei esfuziante e cansado em casa.  Liguei a televisão para saber as notícias no Jornal da Globo. Com exceção da diplomação de  Dilma Rousseff, não havia coisa interessante que Cristiane Pelajo pudesse me  informar. Deu vontade de dormir, só não fiz isso porque, no intervalo, apareceu o gordo . Ele anunciou que uma das atrações do Programa do Jô era Zéu Britto. O cara foi anunciar lançamento do cd e do dvd Saliva-me, gravado em 2007, na Fundição Progresso, no Rio. Com o anúncio de Jô, a vontade de dormir foi vencida.

Creio que muitos entre vocês já devem ter ouvido falar nele. Zéu é da geração de atores baianos talentosos, da qual fazem parte Lázaro Ramos e Wagner Moura, e, pelas mãos de João Falcão e Guel Arraes, chegou ao conhecimento do grande público. Impossível não gostar dele. O cara é talentoso, inteligente e engraçadíssimo; é um tipo de gente que toda vizinhança precisa ter por perto para que ninguém cometa suicídio por causa de tédio.

Mas, voltando à entrevista dada ao Jô. O gordo começou lembrando que Zéu  esteve no programa em 2008. Entre as coisas nesse encontro, ele contou sobre sua iniciação sexual (www.youtube.com/watch?v=8w6SMzPzp8M). O entrevistado disse que essa entrevista repercutiu entre os seus familiares. Esse foi o mote para ele contar como seu pai foi iniciado no brega da mãe de “Lurdão” (www.youtube.com/watch?v=jXSk7-faDsA).

Segundo Zéu, todos os fatos por ele narrados são verídicos. Depois de acontecidos, viraram temas de suas canções.  Todas engraçadíssimas. Um pouco de sua obra artística pode ser apreciada no canal Brasil. Lá, ele conduz os programas Retalhão e Zéu de Estrelas.

Creio que é tudo. Espero que minha dica sobre a veia artística de Zéu Brito possa ser apreciada por vocês. Valeu! Abração!!!

Harold 


Zéu Britto- Hino em louvor à raspada

4 em cada 5 brasileiros consideram governo Lula ótimo ou bom

Boa tarde! Entramos na semana natalina. Por isso, estes dias são especiais. 

Não tenho muito o que informar neste domingo. Por isso, vou postar notícia que descobri foi escrita por Fernando Rodrigues e postada no site Uol. Para quem desejar a postagem original, basta acessar (www1.folha.uol.com.br/poder/846792-4-em-cada-5-brasileiros-consideram-governo-lula-otimo-ou-bom.shtml.

Cordialmente!

Aroldo José Marinho


4 em cada 5 brasileiros consideram governo Lula ótimo ou bom

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FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA 

Luiz Inácio Lula da Silva chegou lá: aos 65 anos, sairá do Palácio do Planalto no dia 1º como o mais bem avaliado ocupante daquela cadeira entre todos os eleitos pelo voto direto pós-ditadura. Está com 83% de aprovação popular.

O Datafolha apurou a popularidade de Lula em uma pesquisa realizada de 17 a 19 do mês passado, em todo o país, com 11.281 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Para 13% dos brasileiros, Lula faz um governo regular. Apenas 4% classificam a administração federal do PT como ruim ou péssima. A magnitude da aprovação de Lula torna-se mais impactante se comparada com as dos antecessores.

Fernando Collor deixou o cargo em 1992, após um processo de impeachment, com meros 9% de aprovação.

Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil por oito anos. Debelou a inflação, criou o real e estabilizou a economia. Ainda assim, deixou o Planalto com 26% de aprovação --57 pontos percentuais abaixo de Lula.

Uma curiosidade: o presidente classificado em segundo lugar como o mais popular ao sair do cargo depois do retorno das eleições diretas foi Itamar Franco. Só que ele não foi eleito. Herdou a cadeira de Collor, em 1992, pois era o vice. Ao passar o cargo a FHC, em 1995, Itamar era aprovado por 41%.

O Datafolha também quis saber se as pessoas acham que o Brasil está melhor, igual ou pior depois de oito anos sob Lula. O resultado é quase idêntico à popularidade do petista: 84% acham que o país está melhor.

Já com FHC ocorreu uma assimetria. Embora 35% dissessem em 2002 que o Brasil estava melhor depois de oito anos administrado pelo tucano, só 26% o aprovavam.

Outro presidente civil do período pós-ditadura foi José Sarney. Eleito de forma indireta, ele governou o país de 1995 a 1990, mas o Datafolha não fez pesquisas nacionais naquele período. 

MENSALÃO

O pior momento de Lula nos oito anos se deu em dezembro de 2005. Sofria os efeitos do mensalão --um esquema no qual congressistas recebiam dinheiro em troca de apoio ao governo.

Na época, segundo o Datafolha, só 28% achavam o governo Lula bom ou ótimo.

A taxa de ruim ou péssimo era de 29%, e 41% classificavam a gestão como regular. Em 2006, Lula se recuperou. Foi reeleito presidente. Manteve certa estabilidade até 2007. De 2008 em diante veio a arrancada, batendo vários recordes de aprovação.

A crise econômica mundial de 2009 foi só um soluço na popularidade de Lula. Sua taxa recuou cinco pontos no primeiro trimestre daquele ano, de 70% para 65%. Mas o petista entrou em 2010 já com 73%. Expandiu esse percentual até os atuais 83%. 

PIOR E MELHOR

Numa lista montada de maneira espontânea na pesquisa Datafolha sobre o que não vai bem no governo Lula, 23% apontaram o sistema de saúde. A segurança pública vem em segundo lugar, com 19%. Depois, educação, com 7%, e corrupção, 6%.

As áreas nas quais saiu-se melhor foram o combate à fome e à miséria (19%) e a condução da economia (13%).

O presidente petista vai bem no Brasil inteiro, mas há um descompasso entre as avaliações feitas por pobres e ricos. Ou entre Nordeste versus Sul e Sudeste.

Lula é aprovado por 67% dos ricos. Entre os pobres, a taxa vai a 84%. No Nordeste, 88% acham o governo Lula ótimo ou bom. No Sul, 77%. No Sudeste, 79%.

Essas mesmas diferenças, numa gradação um pouco diferente, surgiram nas urnas neste ano --quando Lula usou toda sua popularidade para ajudar eleger Dilma Rousseff como sucessora.

16 dezembro 2010

O grito da coruja

Bom dia!

Estamos no natal, período em que sentimentos de solidariedade entram na ordem do dia. Atitudes de perdão e acolhimento entram na ordem do dia.

Como aprecio tais atitudes, lhes ofereço um texto de Dom Pedro José Conti (foto), que, desde 2004, é bispo de Macapá, minha cidade de origem. 

Boa leitura!

Harold
O grito da coruja

Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

Uma coruja encontrou uma codorniz que lhe perguntou: – Aonde vai? Vejo que está de mala e cuia.

- Estou viajando para o oriente – respondeu a coruja.
- E por quê? Se pode saber? A senhora não está se dando bem por aqui?  

- O povo da vila odeia o meu grito agudo. Por isso resolvi ir embora.  

Então a codorniz observou: – O que você deveria fazer era mudar o seu grito agudo. Se não consegue- fazê-lo será indesejada em qualquer lugar.

Pertinente a observação da codorniz. Poderá a coruja mudar o seu grito estridente? Provavelmente nunca, porque o grito dela faz parte da sua natureza. Mas nós, seres humanos, podemos nos indagar sobre o que está ao nosso alcance mudar e o que carregaremos a vida inteira como parte de nós mesmos. Talvez seja essa a pergunta fundamental que nos fazemos todas as vezes que ouvimos a Palavra de Deus nos falar de “conversão”. Assim gritava João Batista no deserto convidando os contemporâneos dele a mudar de vida, a preparar-se, porque o Reino dos céus estava próximo. A pregação dele era uma advertência e um convite à mudança.  Nós também somos convidados sempre a nos convertermos, a melhorar a nossa vida.

Não estou falando evidentemente de cirurgias plásticas. Hoje, com o dinheiro, é possível mudar quase tudo do nosso corpo. Ao menos o que se vê por fora. Não existe, porém, cirurgia para mudar os sentimentos, as idéias, as emoções e as convicções de uma pessoa. Somente cada um de nós pode mudar algo da própria vida, mas é necessário que a pessoa queira e assim decida. Já entendemos; existem mudanças que os outros podem fazer em nós, no entanto as mais profundas, as que poderíamos chamar de espirituais, as que norteiam o nosso agir, lutar e amar, as que dão mais sentido e mais gosto a nossa vida, dependem exclusivamente de nós. Ninguém pode nos substituir, a não ser que abramos mão da nossa consciência e da nossa liberdade.

Para mudar algo da nossa vida precisamos ter uma motivação. Em geral queremos mudar quando estamos insatisfeitos ou, ao menos, achamos que tenha algo de errado em nós. Nesse caso, podemos mudar por ambição, por interesse ou por cálculo. Isso acontece muito nos nossos relacionamentos. Infelizmente, nesta sociedade tão competitiva, a vida está se tornando um jogo de esperteza, onde as palavras e as atitudes são condicionadas pela opinião dos outros, mais ainda pela impressão que oferecemos aos chefes, aos poderosos de turno, àqueles cuja intimidade nos gratifica. Nesse caso é muito difícil distinguir a sinceridade do oportunismo. Se a motivação é interesseira, mudaremos continuamente, mas só as aparências, conduzidos pelos ventos do momento. Melhor desconfiar dessas conversões.

O segundo passo da mudança é esclarecer a nós mesmos o que queremos mudar. É nesta busca que entram em cena os modelos de vida que temos na cabeça e no coração e as pessoas que nos convidam à mudança. Por exemplo, um conselho dado na hora certa, pela pessoa certa e na maneira certa, pode mudar o rumo da vida de outra pessoa. No entanto o contrário também é verdadeiro. Alguém pode nos iludir e nos conduzir por caminhos dos quais, mais à frente, teremos que nos arrepender.  Todos os dias, temos bons e maus exemplos. Precisamos discernir, saber até onde nós podemos ir, para construir o nosso caráter, a nossa personalidade. Em todos os casos a verdadeira conversão exige empenho, vontade e metas claras. De outra maneira, desistiremos de mudar, cansaremos de lutar para mudar, perderemos de vista as razões que justificam a nossa conversão.

Neste tempo de Advento, antes do Natal, podemos nos questionar sobre o que estamos aguardando de verdade na nossa vida. Se for apenas mais dinheiro ou uma mais ambiciosa posição social, a nossa conversão será para aproveitar mais das oportunidades da vida. No entanto se queremos algo mais profundo como a unidade da nossa família, relacionamentos mais amigáveis e sinceros, a nossa conversão exigirá mais humanidade, afabilidade e compreensão. Se, enfim, queremos encontrar a Deus com mais confiança e alegria a nossa conversão nos levará a refletir mais e de dar mais atenção à sua Palavra; a saber reconhecê-lo nos gestos simples e fraternos. Teremos que aprender a olhar a vida e as pessoas com o olhar de Deus. Aprender a amar sempre, a perdoar pelo bem não feito e pelo mal recebido. Como Jesus nos deu o exemplo.

11 dezembro 2010

Julie's Day

Vocês sabem que este blog não é um espaço de coluna social. Por isso, evito citar  datas de aniversário ou fatos que são dignos das revistas de fofoca. Este espaço deseja oferecer conteúdos úteis para quem vem aqui visitar e não comunicar situações derivadas da abominável prática da puxação de saco descarada.

Todavia sou um homem justo. Por isso, não vou esquecer de informar que ontem (10/12) foi dia para comemorar a vida de Julie Graziela Zanin (foto), a gaúcha/gremista de olhar pensativo. Ela é uma das minhas melhores amizades, uma pessoa que considero referência para um monte de situações boas ou especiais. Vocês já leram postagens que escrevi sobre Julie (www. harold-joseph.blogspot.com/2006/12/o-aniversrio-da-adorvel-julie.html, www.harold-joseph.blogspot.com/2009/03/cinco-perguntas-para-julie-graziela.html).

Minha amiga tem muitas qualidades. Além da inteligência, eu poderia citar várias delas. Contudo vou apenas frisar que esta mulher de 26 anos é uma pessoa  coerente e lutadora. Alguém que não se entrega para as dificuldades, não tem medo do monstro nem fica justificando as mancadas que possa vir a cometer. Ela é uma mulher que pode mostrar um bom exemplo para outras mulheres. Alguém pergunta: Marinho, você não está exagerando? O que sua amiga fez de tão glorioso que merece citação? 

Respondo com tranqüilidade: não estou exagerando nem um pouco. A Julie tem muita história boa e admirável para contar. Mas me dou o direito de contar só uma.
 
Minha amiga (na foto comigo, no aeroporto de Porto Alegre, em 2005) fez as provas de vestibular. Infelizmente, o resultado não foi o desejado. Seu nome não constava no listão dos aprovados. Haja tristeza! Nesse momento de dor, Julie queria um colo da família, uma palavra de incentivo. Inexplicavelmente, ninguém em sua casa lembrou de lhe dizer que a vida continuava, que ela teria outra chance. Ela ficou abaladíssima.

Em momentos como esses é que aprendemos a diferenciar as meninas da mulheres. A senhorita Zanin provou que pertence ao time das mulheres. Mesmo ferida, começou a preparação para um novo vestibular. Haja estudo. Nas horas de folga, mais estudo e a tarefa de ajudar os pais no negócio da família. Então tudo passou a ter uma dimensão maior de esforço: muito estudo, muita tarefa, muita correria, muita responsabilidade.

Ela sabia que tinha que aproveitar a chance que lhe seria dada no próximo vestibular. Mas havia uma condição: só poderia tentar num faculdade pública. O orçamento familiar não lhe permitia tentar em instituições particulares. Sem dúvida, era mais uma dor no seu caminho. Mas era preciso aceitar esse fato. Foi o que fez: aceitou e aumentou seu pique de estudo.

Veio o período das provas de vestibular no Rio Grande do Sul. Seria o momento para Julie mostrar que o tempo de sua preparação não foi desperdiçado. Ela concorreu para a graduação em Biologia em três universidades federais. Provas feitas. Momentos de aguardar a divulgação dos listões universitários. O que aconteceu? Simples: o nome de Julie Graziela Zanin apareceu entre os aprovados das universidades por ela escolhidas.

Ela provou ser uma mulher batalhadora. Apesar da dor inicial, não se entregou aos lamentos nem bancou a menina mimada e chorona. Foi à luta. Venceu! Mostrou que  era digna do sonho que acalentava. Vale lembrar que, quando o fato aconteceu, Julie não tinha alcançado a maioridade. Não é notável?

Creio que sim! Fui criado num contexto onde aprendi duas coisas: valorizar as atitudes das pessoas batalhadoras; divulgar somente as notícias que ajudem a melhorar a humanidade. Por isso, fico contente por contar esta história. E  mais, fico orgulhoso por ser amigo da protagonista. E mais, ainda, por poder proclamar neste blog:

Feliz aniversário ADORÁVEL Julie!!! Segue uma canção em sua honra!

Aroldo José Marinho 

Barão Vermelho- Pense e dance

WikiLeaks expõe diplomacia e críticas à postura do Vaticano

As notícias divulgadas pelo site Wikileaks continuam a fazer estrago no mundo diplomático. Nenhum país parece está livre de comentários, no mínimo, constrangedores. Desta vez, a bola da vez é o Vaticano. Considerado o menor estado do mundo, as comunicações envolvendo Bento XVI e seus assessores mais importantes entraram na ordem do dia e são aqui evidenciadas.

Aroldo José Marinho


WikiLeaks expõe diplomacia e críticas à postura do Vaticano

Telegramas diplomáticos enviados de embaixada dos EUA ao Departamento de Estado falam sobre abusos sexuais e cardeais tecnofóbicos

 
O Vaticano pode ser o menor Estado do mundo, mas até a sua diplomacia foi escancarada pelos vazamentos no WikiLeaks. As divulgações vão desde abusos sexuais e erros nas relações públicas até a presença de cardeais "tecnofóbicos."

Telegramas enviados da embaixada dos Estados Unidos no Vaticano ao Departamento de Estado descrevem o papa Bento 16 como isolado em algumas situações, enquanto seus auxiliares tentam protegê-lo de notícias ruins. Os documentos também dizem que o maior assessor papal é visto como um homem com pouca credibilidade entre diplomatas.

Os telegramas foram publicados pelo jornal britânico The Guardian, uma de várias empresas de comunicação que receberam acesso aos documentos que vazaram das embaixadas dos EUA em todo o mundo. Um longo telegrama em fevereiro de 2009, cheio de linguagens diplomáticas, fala sobre fortes críticas às estruturas de comunicação interna e externa do Vaticano, que é responsabilizado por algumas "escorregadas" públicas do papa Bento 16.

"A operação de comunicação na Santa Sé está sofrendo com 'mensagens confusas', em parte como resultado da tecnofobia e ignorância de cardeais sobre as comunicações no século 21. Apenas um importante assessor papal tem um Blackberry e poucos possuem contas de e-mail. Isso levou a asneiras de relações públicas em assuntos sensíveis como o Holocausto," escreveu um diplomata norte-americano.  

Um telegrama chama o círculo de assessores do papa de homens "ítalocêntricos" que não se sentem bem com a tecnologia da informação e com a "competição selvagem das comunicações." O braço direito do papa, o Secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, é retratado como um "homem do sim," sem experiência diplomática ou habilidades linguísticas, e o telegrama sugere que o papa é protegido de notícias ruins. "Há também a questão de quem, se alguém, leva visões discordantes à atenção do papa," diz o documento.

Percepção
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi (autoridade elogiada por saber como usar um Blackberry), disse neste sábado que os telegramas refletem a percepção de seus autores e não são "expressões da Santa Sé propriamente dita."

Um documento vazado diz que a "falta de compartilhamento de informações" entre as instituições do Vaticano é a culpada pelo erro no discurso do papa em Regensburg, em 2006, que os muçulmanos entenderam como um ato de igualar o Islã à violência, e a reintegração de um bispo que nega a existência do Holocausto. Judeus e muitas outras pessoas ficaram enraivecidas em 2009 quando o papa cancelou a excomunhão do bispo tradicionalista Richard Williamson. 

Um telegrama datado de 26 de fevereiro desde ano mostra também que o Vaticano impediu a cooperação com investigadores sobre abusos sexuais praticados pelo clero na Irlanda. O telegrama diz: "O Vaticano acredita que o governo irlandês falhou ao respeitar e proteger a soberania do Vaticano durante as investigações." O documento diz que o Vaticano ficou ofendido e enraivecido pelos pedidos de investigadores irlandeses que queriam conversar com a Santa Sé.

08 dezembro 2010

Lembrança certa no lugar errado

O texto que reproduzo abaixo foi escrito no blog de Luís Carlos Quartarollo. Ele faz parte da equipe esportiva da rádio Jovem Pan, de São Paulo. Quartarollo comenta sobre um fato ocorrido na segunda-feira (06/12), durante  a festa que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promoveu para premiar os melhores do campeonato nacional de futebol profissonal. 

Infelizmente, o assunto abordado por Quartarollo que muitos dos principais dirigentes esportivos, ainda, apresentam uma mentalidade de torcedor equivocado. Vale ler e depois fazer uma boa reflexão.

Aroldo José Marinho



Andrés Sanchez não aguentou segurar a língua do torcedor que ainda tem dentro de si e foi muito deselegante na festa de encerramento do Campeonato Brasileiro.

Alfinetou o Fluminense quando disse que caiu para a Série B, mas voltou de cabeça erguida dentro do campo, uma referência direta ao Tapetão do time carioca que retornou à Série A em 2000 pelas portas do fundo.

O Fluminense tinha caído para a Série C, ganhou o direito de subir para a Série B, mas daí veio a confusão no Campeonato Brasileiro que a CBF não queria realizar e o Clube dos Treze não assumiu.

Foi quando apareceu um monstrengo se fingindo de Campeonato que era o Torneio João Havelange vencido pelo Vasco numa final contra o São Caetano com alambrado caindo e tudo mais acontecendo em São Januário.

O São Caetano, o vice-campeão, também subiu na mão grande se aproveitando de maquinações políticas da Federação Paulista de Futebol.

Não era também para estar lá, a exemplo do Fluminense que tinha que disputar primeiro a Série B para voltar ao principal Campeonato do país.

Tudo isso é verdade, assim como são verdades as polêmicas envolvendo o Campeonato Brasileiro de 2005 vencido pelo Corinthians e ninguém se lembrou disso na festa da CBF.

Andrés tinha que se lembrar que a atual diretoria do Fluminense, os atuais jogadores e o técnico Muricy Ramalho não tiveram nenhum envolvimento na manobra casuística do João Havelange.

Foi um fato pontual na história do Campeonato e do clube e seria mais elegante e justo reconhecer o título legalmente conquistado nesta temporada pelo time carioca.

Seria mais bonito, mais espirituoso e mais afeito ao cargo de presidente de um dos principais clubes do futebol brasileiro.

A não ser a torcida do Fluminense, que ficou indignada com Andrés, ninguém mais no salão se lembrou que o Corinthians não ganhou nada no ano do Centenário, que entra para a história como o ano do “Centenada ou Sem Ter Nada”, como queiram.

Parece mesmo que Andrés não suporta um tricolor ganhando um título.

Quando não pega no pé do São Paulo, pega no pé do Fluminense mesmo por erros quase do século passado.

Reconhecer o mérito de um campeão é uma obrigação, presidente Andrés Sanchez.
Continuar batendo num adversário caído como o senhor tem feito com o São Paulo, é desumano.

04 dezembro 2010

A lei é para todos

Uma notícia me chamou atenção durante leitura do site Yahoo. O texto conta sobre determinado ator norte-americano que tentou descumprir uma regra pública. Resultado: o elemento foi punido. Confesso que nunca ouvi falar do ator da notícia. Mas me alegro por saber que ele recebeu o tratamento destinado às pessoas que pensam ser superiores aos outros e que ignoram as regras de boa convivência.

Tomara que a punição aplicada ao sujeito vire moda no Brasil. Chega desta história de que uns podem transgredir e que os demais devem aplaudir. Segue a postagem.

Harold

Ator Josh Dudamel é expulso de avião por não desligar o celular

Sáb, 04 Dez, 12h26
 
Los Angeles (EUA.), 3 dez (EFE).- O ator Josh Dudamel foi expulso de um avião por se negar a desligar seu telefone celular, informou a edição digital da revista "People".

Dudamel, de 38 anos e que em 2010 protagonizou a comédia "Juntos Pelo Acaso", viajava, na quinta-feira, de Nova York para Kentucky quando sucedeu o caso.

Enquanto a aeronave taxiava, Dudamel ligou seu telefone celular e começou a escrever mensagens, ignorando as instruções do assistente de voo.

A atitude do ator levou a tripulação a tomar a decisão de cancelar a decolagem e retornar ao aeroporto, onde Dudamel foi expulso do avião.

O representante de Dudamel informou que o ator estava escrevendo uma mensagem para avisar que o voo estava atrasado, acrescentando que ele está arrependido dos transtornos que causou. EFE

03 dezembro 2010

Reflexões sobre uma gula

A vida de professor universitário tem seus momento de picos. Um deles, é o que estou vivendo. Corrigir trabalhos e provas. Preparar provas de segunda chamada para alguns faltosos. Lançar notas, definir quem serão os alunos da recuperação e o que mais ocorrer. Desnecessário explicar que, por isso, o tempo para fazer outras coisas, como a atualização diária do blog, ficam prejudicadas.

O que fazer para que os leitores e as leitoras não percam a simpatia por este espaço? O jeito é pegar alguma postagem emprestada. Então fui à caça. Graças a Deus consegui logo na primeira tentativa. No blog de Ricardo Kotscho encontrei este texto. Gostaria de tê-lo escrito. Espero que vocês também gostem.

Bom final de semana!
Harold


REFLEXÕES SOBRE A GULA

RETIRINHO/Dezembro de 2010
Ricardo Kotscho

Certa vez, uns trinta anos atrás, fiz uma reportagem para o Estadão sobre as mais variadas causas de câncer. Entrevistei médicos, pesquisadores e pacientes, para chegar à conclusão de que praticamente tudo causava câncer. O título só poderia ser mais ou menos este: “Cuidado! Viver dá câncer”.

Desde pequeno, a gente costuma ouvir aquela filosofia segundo a qual “o que não mata engorda”. Ou seja, você pode escolher entre ser obeso ou morrer, embora os médicos e os religiosos nos digam que a obesidade mata.

Uma rápida pesquisa no Dr. Google nos mostra que o que era um problema de saúde para os antigos gregos _ a depressão, por exemplo _ foi transformado em pecado pelos grandes pensadores da Igreja Católica.

Assim como acontece com as causas do câncer, se nós formos levar a ferro e fogo o que está escrito nos textos bíblicos e nas suas interpretações posteriores, vamos ver que tudo o que é bom e dá prazer ameaça a nossa saúde, abala o espírito, é pecado e pode matar. Por isso, devemos viver em permanente sacrifício, como nos ensinam os especialistas do pecado da Gula.

Dos antigos aos mais recentes textos sobre o assunto, as ameaças são assustadoras.

Em Provérbios 23:20-21 somos advertidos: “Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem”.

Mais adiante, Provérbios 23:2 proclama solenemente: “Mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão”.

Com palavras mais amenas, mas no mesmo sentido, o professor Felipe Aquino, uma das estrelas carismáticas da moda que se apresentam na TV Canção Nova, escreveu em março do ano passado:

“Não é possível querer levar uma vida pura sem sacrifício. O corpo foi nos dado para servir e não para gozar; o prazer egoísta passa e deixa gosto de morte”.

De onde ele tirou isso? Sei lá. Só sei que não sou candidato a santo nem hipócrita e não concordo que a vida tenha que ser um permanente sacrifício. Ao contrário, gostaria que ela fosse sempre uma festa, uma celebração, um grande prazer, uma permanente alegria por estar vivo.

Claro que para tudo há limites, e o melhor conselheiro nestes casos é o bom senso _ e não o medo, a ameaça, o castigo e a morte acenando a cada esquina, que é o que se depreende destes textos.

Não por acaso, certamente, coube a mim o tema da Gula neste encontro e, como vocês sabem, posso falar por experiência própria. Sou de uma família em que todo mundo gosta de comer e de fazer comida. Da minha infância, lembro-me da família reunida em torno da mesa em longos almoços e jantares, as pessoas falando alto, rindo, comendo e bebendo.

Mesmo assim, eu era um sujeito magro, quase esquelético, e assim me mantive até perto dos 40 anos, quando arrebentei o joelho, depois de já ter quebrado o pé e várias costelas, e parei de jogar futebol. Não passei a comer e beber nem mais nem menos, mas aos poucos fui ficando mais robusto. Quem olha pra mim hoje, a julgar pelo que nos ensinam os pensadores católicos e os médicos fundamentalistas, vai achar que sou um baita pecador de alto risco, glutão e beberrão, um sujeito que foi dominado pelo vício e não faz mais nada na vida.

Não é bem assim. Trabalho cada vez mais, me meto num monte de compromissos remunerados ou não, cumpro todos, ajudo os outros, mas no fim do serviço, ao cair da tarde, quero ter o direito de ir para o bar encontrar os amigos.

Ou nós viemos ao mundo só a trabalho, só para sofrer e pagar os pecados? Sou gordo, mas sou feliz…

Já me proibiram de fumar, depois de exatos 50 anos tendo o cigarro por inseparável companheiro na hora de escrever, o que está sendo bem difícil. Até agora, o único efeito foi ganhar mais alguns quilos. Se me proibirem também de beber e comer o que gosto, que diabos, de que adianta ficar velho antes de morrer?

Por falar em diabo, criaram até um demônio próprio para a Gula. Em 1589, sim, 1589 _ e às vezes penso que a nossa Igreja ainda vive naquela época _ Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios, seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld´s Classification of Demons, a Gula é representada pelo Belzebu. Que medo!

Tem remédio para isso, além de fechar a boca e jejuar para o resto da vida deitado numa cama de pregos? Claro, pesquisando bem, para tudo tem remédio. Neste caso, para o pecado capital da Gula recomenda-se a velha e boa Temperança, uma das quatro virtudes cardinais (nunca tinha ouvido falar nisso…).

De acordo com as melhores doutrinas da Igreja Católica, temperança significa equilibrar, colocar sob limites, “moderar a atracção dos prazeres, assegurar o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados” (CCIC, nº. 383).

Escrevendo aos filipenses, São Paulo se refere àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fil. 3,19), isto é, o alimento. “Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital é porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças, etc…”.

O perigo, certamente, está neste “etc…”. O que será?