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31 outubro 2008

Quero o Kerry or Kero o Querry

Novamente, posto um texto que foi escrito há quatro anos. No dia 25/11. O momento histórico que estamos vivendo me incentiva a tomar esta atitude. Naquele período, eu defendia o fim da era Bush. O tempo passou e provou que eu estava certo.
Agora vivemos um momento semelhante. É preciso estufar o peito e gritar bem alto: OBAMA!
Beijos e abraços!
Harold



Quero o Kerry or Kero o Querry!

A eleição presidencial nos Estados Unidos acontecerá no dia dois de novembro. Vários candidatos participam do processo eleitoral. Porém a disputa do pleito envolverá, de fato, George W. Bush, que tenta a reeleição pelo Partido Republicano, e o senador John Kerry, do Partido Democrata. Apesar de eu não ser eleitor nos States, fiz a minha opção: sou Kerry desde criancinha.

Kerry é o representante de um partido que, tradicionalmente, sempre se colocou ao lado dos que lutam pelos direitos civis, dos que defendem as minorias e dos que acreditam no diálogo entre nações. Do Partido Democrata vieram: Kennedy, que na década de 1960, foi solidário à causa dos ativistas negros; Carter que, nos anos 70, foi o promotor dos diálogos de Camp David, que culminaram com o estabelecimento das relações diplomáticas entre Israel e Egito; nos anos 90, o democrata de plantão era Clinton, que facilitou as conversações envolvendo a Organização para Libertação da Palestina (OLP) e o governo israelense, que possibilitou a autonomia palestina sobre a Faixa de Gaza e a cidade de Jericó.

Os democratas também demonstraram maior abertura no relacionamento com a América Latina. Dois exemplos referentes ao segundo mandato de Clinton são pertinentes: a permissão para que os cubanos residentes nos Estados Unidos pudessem enviar dólares aos familiares que vivem na ilha de Fidel e; contrariando à pressão dos cubanos de Miami, seu esforço para não deixar que o caso do menino Elian González se transformasse numa questão político-ideológica.

O presidente atual é um republicano, herdeiro de uma política estranha. Do seu partido veio Nixon que, nos anos 70, ficou conhecido por causa o escândalo Watergate. Depois, na década de 80, veio Reagan, um canastrão do cinema, que foi delator de colegas no macartismo e, já no poder, ordenou a invasão de Granada. Seu sucessor foi Bush, o pai, que endureceu o jogo contra Cuba e os países do terceiro mundo.

O Bush atual endureceu o diálogo com o Brasil, fazendo acusações sobre a política nuclear brasileira, além de querer forçar a implantação de uma ALCA que nada de positivo oferece aos países latino-americanos. Do mesmo presidente é dito que foi eleito numa eleição fraudada e, se sabe que seu governo inventou mentiras para justificar à invasão ao Iraque.

Não sei se o governo Kerry será maravilhoso. Me falta bola de cristal. Mas acredito que um segundo mandato de Bush não é promessa de benefício mundial. É necessário apostar numa mudança positiva, que faça os Estados Unidos abandonar sua política isolacionista; se integrar ao diálogo ético com as Nações Unidas e respeitar a estrutura interna dos demais países.

Penso que todos, de alguma maneira, devem participar do processo eleitoral dos EUA. Como? Bem, se alguém tem amigos norte-americanos, é interessante motivá-los pelo voto na chapa de Kerry. Felizmente, os meus amigos daquela América não precisam do meu convencimento. Para eles, Bush "é o fim do caminho". Eles consideram importante derrotar o herdeiro do conservadorismo e da mentira deslavada; e procurar construir uma face mais humana do país onde nasceram. Para aqueles que não têm amizade com nenhum eleitor de lá, proponho rezar e torcer pela derrota do presidente atual.

24 outubro 2008

Juras de amor (De Clark Kent para Lana Lang)

Saúdo os leitores e as leitoras deste blog. Hoje vou repetir um texto que foi postado, originalmente, em 22/02/05. O motivo para repetir o texto se deve ao fato de, numa dessas madrugadas, eu ter sintonizado numa emissora onde passava um episódio da série Smallville. Me espanta a forma indefinida como o protagonista demora para expressar seu amor pela linda moça.
Quando postei o texto pela primeira vez, meu primo Daniel Amanajás, conhecido como tradutor da obra do argentino Navi Leinad no Brasil, comentou que daria uma exceltne letra de brega. Ele mostra que, além de excelente tradutor, também é um sujeito espirituoso. Como o texto está se alongando, me despeço.
Tudo de bom!
Harold

Declaração de amor

Neste dias conversei 'on-line' com meu primo Daniel, que retornou para Belém no fim do ano passado. Disse para ele que escrevi um texto baseado num diálogo que assisti na série Smallville, que passa no SBT. A idéia surgiu de uma conversa entre Clark Kent, o herói, e Lana Lang, a amada. Lana disse alguma coisa sobre ter medo de se cansar de esperar por Clark. Ele nada respondeu.
Depois que acabou o episódio, fiquei pensando que resposta Clark poderia ter dado para Lana. Então, imaginei a declaração dele. Daí surgiu o texto que vocês lerão agora. Por favor! Não esqueçam depois de ir no Comments oferecer opiniões.
Beijos, abraços e saúde!
Harold


Juras de amor (De Clark Kent para Lana Lang)

Aroldo José
Lana!
Eu Clark, aceito te encontrar.
Fazer teu caminho virar meu caminho
Para nossas vidas se tornarem coisa única.
Seguir contigo para sempre
Por todos os lugares
E ser teu ser amado.

Vou dividir minha vida em duas fases:
Antes e depois do nosso encontro.
Meu passado será lembrado
Como um palco pouco iluminado.
Só terão valor os sonhos vividos ao teu lado.
Eu te abraçarei, te acolherei
Para juntos dançarmos a valsa da lua cheia
E da noite estrelada.

Quando eu ficar triste
Lembrarei de tua face sorridente
Me incentivando a nunca desistir
De ser superior às dificuldades;
Às maledicências alheias
E às desventuras da humanidade
O teu amor será a minha referência.

Daqui por diante dedicarei minha vida
Ao amor que me foi dado pelo teu ser.
Serei devoto da fé no teu olhar
E nunca deixarei calar a canção
Que foi composta para te homenagear,
E acreditarei que este mundo só é bonito
Porque nele eu posso te encontrar.

Lana!
Eu Clark, prometo nunca deixar
De oferecer meu amor à tua figura
De musa inspiradora;
De mulher autora do bem querer;
De jardineira da flor do amor.
Brasília, 07/02/05

02 outubro 2008

Músico! Será mesmo?

Por conta do maior espaço conquistado pelo rap na mídia, a figura do disc jockey (dj) vem ganhando destaque. Alguns deles, como o inglês Fat Boy Slim, lançam discos e excursionam pelo mundo. Outros, não tão famosos como o citado inglês, por trabalharem muit tempo na mesma casa de diversão, ganharam o 'status' de "dj residente". Há ainda os que foram incorporados às formações musicais que misturam elementos do rock com a música dançante.

Por conta de tamanha visibilidade, muitas pessoas começaram a tratar os djs como se fossem músicos. Então, me vem na mente uma pergunta: Dj é músico? Tem gente que jura de pés juntos que sim. A começar dos próprios caras, é claro. Todavia quero questionar pois não é bom viver no engano.

O dj é um técnico da festa que tem uma função específica. Assim como, por exemplo, os técnicos de som, de iluminação, de eletricidade. Mas ele não toca nehuma música. Ele executa os aparelhos que reproduzem o som criado por uma outra pessoa, no caso, o músico. As ditas pick-ups nada mais são do que aparelhagens para manipular os cds no salão. Esta função era executada, no passado, pelos "tocadores", que faziam uso de fitas cassetes e dos discos de vinil para estimular a dança. Estranho que alguém chame de som mecânico ao to de arranhar vinis. Na minha terra, isso é só uma forma de fazer ruído. Será que a música regrediu.

Creio que todos os freqüentadores dos salões de festas devem se sentir gratos aos djs por eles tocarem as canções feitas pelos músicos legítimos. Por colocarem as pessoas na sintonia do som, etc. Todavia chamá-los de músicos, aí é outra história. A frase baiana não perdeu a validade: cada macaco no seu galho.
Aroldo José Marinho

Guerreira


No dia 23 de agosto o Brasil teve uma grande alegria olímpica. A seleção feminina de voleibol trouxe a medalha de ouro. Depois de várias tentativas frustradas, a equipe conseguiu superar as dificuldades e sair vencedora de uma grande competição internacioanl. Nesta caminhada, foram duras as derrotas nas olimpíadas de Atenas (2004), no campeonato mundial (2006 ) e no Pan do Rio (2007). Esses resultados foram determinantes para que nossas atletas passassem a ser vistas com desconfianças, como se não tivessem competência para enfrentar as grande decisões.

Os jogos de Pequim passaram. Com eles, passou também a fama de "amarelar" das nossas moças. Elas foram perfeitas na competição. Só perderam um set. E mais: Paula Pequeno foi eleita a melhor atleta; a capitã Fofão, a melhor levantadora e Fabi, a melhor líbero. É aqui que minha emoção deixa de ser contida. Quero declarar minha admiração por esta moça.

Fabiana Alvim de Oliveira joga vôlei desde os 13 anos. Começou a treinar nas categorias de base como atacante. Por causa da baixa estatura (1,66) passou a jogar na posição de líbero. A primeira convocação para a seleção foi em 2002, quando Marco Aurélio Motta a chamou para o mundial. Só após o fracasso da equipe em Atenas é que Fabi passou a ser lembrada por José Roberto Guimarães, técnico atual. Se não me falha a memória, em todas as competições que participou com a seleção (como as olimpíadas de Pequim), foi eleita a melhor atleta de sua posição. Aliás, Fabi é considerada a melhor líbero do mundo.

Poderia continuar a citar mais informações sobre a moça. Mas a intenção é apresentar um poema escrito para Fabi e não uma biografia. Encerro a parte informativa. Segue o texto.
Tudo de bom!
Harold



Guerreira

Aroldo José

A menina dos cabelos louros e longos sorri.

Concentrada, não deixa nada lhe perturbar.

Ela sabe tudo o que precisa fazer.

Como não pode atacar, defende.

Defender é preciso. Esta é a sua arte.


Ela vai para o jogo com uma missão:

Tem que contagiar, cair e levantar

Não pode nunca se acomodar.


A moça cresce e vira fera,

Nunca se entrega.

Assim como a vida,

O jogo segue adiante.

Por isso, ela renova as forças:

Pula! Grita! Sua! Vibra!


A mulher que luta, não cansa,

Faz tanta coisa incrível.

Mostra que é capaz

E nos encanta mais, sempre mais.


Por isso, ela joga.

Por isso, ela luta.

Por isso, ela vence.


A menina que parece uma moça,

A moça que se torna mulher,

A mulher que é uma guerreira.

Brasília, 08/09/08

Para Fabi