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25 janeiro 2008

Aniversário de Sampa, festa hoje e sempre.





Salve o dia 25 de janeiro. O dia do aniversário da cidade de São Paulo. A mais importante metrópole do país. São 454 anos. Ela é quatrocentona, de verdade. Mesmo assim, nunca perdeu (e não pederá) aquela aparência de modernidade que, aliás, é o seu charme. Muita coisa ela tem a dizer para todos os nascidos no Brasil. Foi em São Paulo que começou o movimento industrial brasileiro. Foi lá que os ideias de liberdade fizeram oposição aos desmandos de governos tirânicos; onde teve início o movimento modernista que tanto influenciou a arte do Brasil. Poderia citar outros exemplos, mas creio não ser necessário.

Aproveitando o aniversário de São Paulo, quero dizer, Sampa, quero fazer minha homenagem a esta importante cidade. Para ela, dedico dois textos. O primeiro foi escrito no dia em que aconteceria a corrida de São Silvestre. Eu estava em frente à televisão vendo imagens anteriores à corrida e relembrando minha primeira visita à cidade. O segundo texto é uma referência romântica para a capital paulista, tão grande e especial que, muitas vezes, parece uma grande mulher.

Conheço São Paulo. Fui três vezes naquela cidade. Em todas as vezes, fui bem recebido pelo povo paulistano. Admiro alí o jeito elétrico que move a vida dos cidadãos de lá. Lembro da frase de Caetano Veloso: "São Paulo é como o mundo todo". Ele tem razão, a cidade é superior aos percalços, segue sempre adiante.

Sei que há pessoas que gostam de fazer mil e tantas críticas à São Paulo. Eu, ao contrário, sempre encontro algo de belo naquele lugar. Parabéns São Paulo!

Aroldo José Marinho


Para Sampa
Aroldo José
Eu conheço tuas ruas,
Tuas calçadas,
Tua gente bonita
Que anda apressada e feliz.

Já provei do teu sabor,
Teus aplausos, risos,
Tua cultura multi-étnica
Que fez o meu medo desaparecer.

Eu conheço teu jeito,
Tua elegância invisível,
Teu charme europeu discreto.

Eu já sei da tua dor
E da tua alegria,
Teu painel colorido,
Teu metrô veloz.

Já descobri teu mistério,
Já conheço a Brigadeiro,
Já senti teu perfume na paulista,
Já me descobri paulistano.

Já sei da tua paisagem
E, sobretudo, já sei do teu amor
De verde-porco palmeirense.

Eu já vivo a tua vida:
São Paulo!
Macapá, 31/12/93


Paulistano Amor
Aroldo José

Não sei se é tudo por amor
Ou se foi só um sonho bom que tive
Porque lembrei dos seus olhos
E iluminei minha rua com a luz do seu olhar;
E a lua fez um sinal no céu: era o tempo,
O tempo de querer seu caminhar.

Paulistana vida, paulistano amor.

O que restou foi a emoção de lhe ter,
De querer seguir no seu passo veloz,
Oh! Mulher veloz, como a chama da cidade;
Que me consome de dor e beleza.

Paulistana vida, paulistano amor.

E a dor do Verde me fez chorar,
Apagaram meu fogo, cortaram minhas asas;
Para eu não lhe encontrar,
Para eu não delirar
Nem brincar de erguer sua taça.

Paulistana vida, paulistano amor.

Paulistana é a dor do Mário magro
Que lhe encantou,
Do louco Oswaldo que lhe desvairou
Paulistana é a minha dor, que é amor:
Que é paixão transformada em ardor.

Paulistana vida, paulistano amor.

Macapá, 21/09/95