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25 setembro 2016

Uma nova disputa?

A corrida rumo à prefeitura de Belém segue em frente. Em menos de um mês saberemos se a população dará voto de continuidade para a administração atual ou se apostará num projeto alternativo. Através de coligações ou em partidos isolados, dez são as candidaturas que postulam comandar a cidade nos próximos quatro anos. Os candidatos são: Regina Barata (PT); Professor Maneschy (PMDB); Cleber Rabelo (PSTU); Úrsula Vidal (Rede), Luís Menezes (PCB), Professor Ivanildo (PRTB), Zenaldo Coutinho (PSDB), Edmilson Rodrigues (PSOL), Éder Mauro (PSD) e Lélio Costa (PCdoB). Percebe-se que são muitos caciques para poucos índios. Apesar de cada um tentar se mostrar o mais diferente possível dos colegas, na prática, não diferem tanto entre si. Será difícil para o eleitorado separar o joio do trigo no meio de tanto discurso empolgado que, no fim das contas, não representa muita novidade.

Na tentativa de buscar entender com clareza as opções oferecidas para o eleitorado, para efeito didático, divido os candidatos em dois grupos. O primeiro apresenta perfil conservador, mais alinhado com interesses de empresários e políticos herdeiros de um período de 21 anos de opressão. São eles: Maneschy, Vidal, Ivanildo, Coutinho e Mauro. No segundo grupo incluo candidatos com perfil mais próximo dos movimentos sociais e das questões referentes às desigualdades entre classes. Cito: Barata, Rabelo, Menezes, Rodrigues e Costa.

Divididos os candidatos, a tendência inicial é visualizar a disputa entre os dois lados com base no resultado de 2012. Naquele ano Rodrigues e Coutinho se enfrentaram no segundo turno. O tucano aglutinou forças conservadoras ao seu redor, tornando-se vitorioso. Todavia parece que os eleitores passaram a pensar diferente da última eleição. Pesquisas atualizadas apontam mudanças (http://g1.globo.com/pa/para/eleicoes/2016/noticia/2016/09/edmilson-tem-36-e-eder-mauro-24-na-disputa-em-belem-diz-ibope.html). Nelas o deputado federal Rodrigues aparece na liderança com 36%. Porém seu adversário é outro deputado, Mauro é citado com 24%. Essa tendência parece indicar descontentamento da população de Belém com o trabalho do prefeito Coutinho.

A pesquisa da próxima deverá encerrar prognósticos do primeiro turno. Considerando resultados anteriores, haverá confirmação da ida de Rodrigues para segundo turno. Provavelmente, disputará com Mauro. Porém é prudente esperar um pouco. Apesar da rejeição ao mandato de Coutinho, seus 20%, sugerem possível reviravolta e a conquista do segundo lugar. Essa possibilidade tem respaldo na disputa d a corrida presidencial de 2014, quando Aécio Neves, surpreendentemente, passou Marina Silva e se tornou adversário de Dilma Rousseff no turno seguinte. Ocorreu ou não esse fato, Rodrigues terá que juntar todas as forças progressistas ao seu redor e setores conservadores descontentes com a administração municipal. Assim sua vitória será consolidada.

Aroldo José Marinho

18 setembro 2016

Pesquisa derruba senso comum

Há sete candidaturas na disputa para a prefeitura da cidade de Macapá. Os postulantes ao cargo de gestor da capital do Amapá (AP) são: Clécio Luís (Rede), prefeito atual, Aline Gurgel (PRB), Dora Nascimento (PT), Gilvam Borges (PMDB), Genival Cruz (PSTU), Ruy Smith (PSB) e Promotor Moisés (PEN). De acordo com a lógica de senso comum, muitas vezes, os candidatos preferidos do eleitorado são os representantes dos partidos majoritários. Portanto, a corrida eleitoral giraria em torno dos nomes de Luís, Borges e Smith. 

Todavia o senso comum parece que foi desmentido pelos dados da pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope/ Rede Amazônica de Televisão (http://g1.globo.com/ap/amapa/eleicoes/2016/noticia/2016/09/clecio-lidera-com-27-disputa-para-prefeitura-de-macapa-diz-ibope.htmlentre os dias 12 e 15 deste mês e divulgada na sexta-feira (16), evidenciam que 27% do eleitorado é favorável à reeleição de Luís enquanto 18% prefere Gurgel; 12% tenciona votar em Borges; seguido de Smith, 10%; de Moisés, 9%; da candidata Nascimento, 7%; e na sétima posição, Cruz, 5%. Sendo 9% e 3%, respectivamente, o total de brancos/nulos e de quem  não sabe/não respondeu.

Os números da pesquisa parecem indicar que Luís e Gurgel se enfrentarão no segundo turno. Se a tendência se manter, haverá reorganização das forças políticas do município. Considerando somente o aspecto ideológico, Luís terá apoio de Smith e campanha de Gurgel terá em Borges seu novo suporte. Logo a eleição da capital reproduzirá o embate 
 dos grupos majoritários na geopolítica amapaense. 


Fica a pergunta: a ideologia será mesmo o fator determinante do resultado da eleições em Macapá? Ou haverá outro desfecho?

Aroldo José Marinho 

Observador das eleições

O ano de 2016 é de campanha eleitoral na maioria das cidades brasileiras. Os eleitores escolherão prefeitos e vereadores dos municípios onde residem. Espera-se que as escolhas recaiam sobre candidaturas que, de fato, sejam comprometidas com as intenções de progresso social dos municípios.

Apesar de importantes, as eleições não possuem caráter geral. Lugares como o Distrito Federal (DF), onde moro, estão fora dessas eleições. No DF as funções de prefeito e vereador são exercidas pelo governador e pela Câmara Legislativa. Portanto não desempenharei função de eleitor. 

Se estou fora das eleições como eleitor, participo de outra maneira. Lanço olhar de torcedor para as disputas de duas cidades onde tenho laços afetivos. Meu foco serão os embates a serem realizadas em Belém (PA) e Macapá (AP). Que as populações dessas cidades façam escolhas que não mereçam arrependimentos posteriores.


Aroldo José Marinho