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12 junho 2008

Dia dos namorados? E o Valentino?





Hoje é dia 12 de junho. Se comemora o dia dos namorados. Será mesmo? Claro que sim! Bem... pelo menos, aqui no Brasil é isso mesmo. Mas no resto do mundo a história é outra. A comemoração acontece no dia 14 de fevereiro, data de comemoração de são Valentino, o padroeiro dos namorados.
Então, namorados também têm padroeiro? Se existe mesmo um padroeiro, o título não deveria pertencer a Santo Antonio? Quem foi este tal Valentino? Por que a comemoração dos namorados aqui no Brasil acontece noutro dia e mês? Será que os namorados brasileiros diferem dos amantes de outros lugares? Haja pergunta! Vou tentar responder.
Valentino era um bispo católico que viveu durante o governo do imperador romano Claudius II. Por acreditar que jovens solteiros tinham perfil ideal para serem guerreiros, o imperador proibiu que fossem realizados casamentos em Roma. O bispo ignorou a proibição oficial e continuou a celebrar casamentos em cerimônias sigilosas.
Descoberto, Valentino foi preso e condenado à morte. Durante seu período de cárcere, diversos jovens lhe visitavam levando flores e bilhetes dizendo que acreditavam no amor. Entre estas pessoas se encontrava chamada Asterius, jovem cega e filha do carcereiro. Segundo relato da tradição, a moça recuperou milagrosamente recuperou a visão. O bispo foi decapitado em 14 de fevereiro de 270 d.C. Ao contrário do que muito gente pensa, no dia de São Valentino, é muito comum a troca de presente e de cartões entre amigos e amigas e não apenas entre namorados.
O dia dos namorados começou a ser celebrado no Brasil em 1949, numa iniciativa do publicitário João Dória, da Agência Standard Propaganda. Dória inseriu o evento, popular no hemisfério norte, numa campanha desenvolvida para a extinta loja Clipper. O fato do Brasil não comemorar os namorados em fevereiro está ligado aos interesses de entidades comerciais que, preocupadas com a concorrência dos produtos de carnaval, decidiram transferir o dia dos namorados para junho, considerado o mês mais fraco para o comércio. A iniciativa teve o apoio da Confederação de Comércio de São Paulo. A escolha do mesmo se deveu ao fato de 12 ser véspera do dia de santo Antonio, consagrado no imaginário popular como santo casamenteiro. Ou seja, o capitalismo falou mais alto.

Os namorados brasileiros não são diferentes dos demais namorados do mundo. Só a data de comemoraçõ é diferente. Por causa do motivo capitalista já citado. Entre as pessoas que amam, em qualquer lugar, há um ponto comum: o amor que é sempre belo e digno de exaltação.


Sou sou um cara metido a europeu (rs), sempre fiz a comemoração no dia de são Valentino. Mas nunca olhei com maus olhos quem sempre prezou a data de julho. Acima das datas há sempre o sentimento de bem querer que deve ser a gênese de qualquer namoro.

Me despeço ofereço dois poemas de minha lavra e que tratam desta coisa tão bela que é dar o melhor de si para outra pessoa. Viva são Valentino!!! Viva o dia dos namorados!!!
Aroldo José Marinho

Um encontro

Aroldo José

Só sei que é assim,

Um encontro legal,

Onde dois se encontram

E o desejo os torna um.



Um exercício pungente,

Amorosamente genial,

Que faz os corpos se expandirem

Numa dor-alegria urgente.



É assim: muita flor no jardim.

Alguém quer plantar

E outro irá colher o fruto

Cujo sabor é sublime.



O encontro feliz acontece,

A simetria se unifica

Sob o comando do amor

E prepara resposta para o ato final.



A verdade se constrói

Debaixo da alegria escondida,

Que não se deixa vencer

Pelas dificuldades do encontro.



Mas o que fica é a alegria,

A satisfação compartilhada

Ao vencer o jogo que faz do amor

O porto de chegada e partida.

Brasília, 27/09/02


Para você

Aroldo José

Eu e você somos o mundo,

Somos só nós dois.

Que absurdo!



É uma história que começa,

Preenche depressa a sala, a lareira

E aquece o fogo que estava apagado

Porque o tempo ficou parado

Como as águas de um triste rio.



Então, nos olhamos bem nos olhos

E descobrimos que a felicidade é maior

Que a indecisão do clima nublado

E o despeito do submundo,

Que só conhece a dor.



E no céu uma nova canção foi escrita

Em homenagem à nossa loucuras,

Ao novo e ardente amor.



O nosso abraço apertado foi transformado

Em algo bem maior

Que eu e você,

Os seres errantes,

Que são cantantes por causa do amor.



Agora só vejo seus olhos brilhantes

Minha boca clama pelo seu sabor

De mulher especial,

Timidamente sedutora

E pronta para o ato final.

Brasília, 09/01/04.