Depois de um tempo de recesso, retomo a sessão de entrevistas do blog. A proposta é sempre apresentar aos leitores e às leitoras os pensamentos e as idéias de pessoas que, por um ou outro motivo, considero interessantes, gente que tem algo de saudável ou proveitoso para oferecer para vocês.
De acordo com o perfil pretendido, apresento para vocês Nitai Santana da Silva. O moço que nasceu em 21 de junho de 1995, em Macapá (AP), é originário de uma família que tem a música como referência. Os estudos de violão erudito e a descoberta do contrabaixo lhe habilitaram a conquistar espaço na cena musical da cidade. Primeiro, com 16 anos, atuando como músico acompanhante. E, aos poucos, como compositor e interprete, se torna uma opção para as pessoas que procuram no circuito de bares.
O talento de Santana não é nutrido somente pela herança familiar e pela experiência na cena local. Ele desenvolve conhecimentos acadêmicos na faculdade de licenciatura em música e nas pesquisas culturais que desenvolve, principalmente, sobre música brasileira e jazz. Neste sentido, não é errado afirmar que sua carreira pode alcançar situações amplas, não imaginadas por ele.
Na entrevista concedida ao blog, é possível perceber Santana não somente como uma revelação musical. Isso é óbvio! Todavia suas respostas mostram ser ele um artista em expansão, que tem a consciência de sua capacidade e das situações que o rodeiam. Vamos saber de Santana pelas suas palavras.
Aroldo José Marinho (M): Você descende de uma família que faz da
música a sua herança. Como se dá sua relação com esta arte?
Nitai Santana (S): Descendo
de uma família de professores de música, aprendi em casa as primeiras noções de
violão e teoria musical. Já tratei de música como hobby mas hoje minha relação
é profissional, a dimensão que sinto prazer em trabalhar com esta arte é a composição,
especialmente, as canções, pois, não há fórmulas para se fazer isto, é sempre
muito inusitado, às vezes, rápido, às vezes, demorado e a minha busca é confortar
e desconfortar os ouvidos, fazer desta arte simplesmente como ela se apresenta
a mim mesmo, expressando não só algo técnico e objetivo mas principalmente a
subjetividade dos sentimentos humanos.
M: Quais são os temas inspiradores de seu trabalho de compositor?
S: Me
inspiro nos livros que leio, nos elementais da natureza, nas moças bonitas da
cidade, na busca pelo grande arquiteto do universo (Deus), nas dificuldades da
vida, na complexidade dos relacionamentos humanos, no amor em suas várias
dimensões.
M: Como diferencia sua atitude de compositor das posturas de artista solo e de músico acompanhante?
S: Como
Músico acompanhante eu preciso ter sempre em mente o ato sacerdotal para com a
música, não que eu não seja livre para criar mas tento entender as necessidades
do artista que estou acompanhando para todos ter prazer em fazer o trabalho.
Quando se trata de solo eu tenho mais liberdade em criar e até mudar algo que
ficou mais legal.
S: Se
eu fosse resumir em uma frase: “temos que se virar” (risos). Hoje em dia a cena Musical é totalmente de
produção independente.
M: Quais são os temas inspiradores de seu trabalho de compositor?
M: Como diferencia sua atitude de compositor das posturas de artista solo e de músico acompanhante?
M: Poderia contar sua opinião sobre a cena musical
de sua cidade?
M: O que faz o cidadão Nitai seguir adiante?
S: É a arte que me move, minha arte, acredito
nela e isso é tudo que eu preciso para seguir.