Saudações para os leitores e as leitoras do blog! Espero que os últimos dias tenham sido de grande alegria. Sem dúvida, vocês são merecedores de festa.
Você já devem ter notado que eu sempre comento alguns fatos com alguma distância em relação às datas que estes aconteceram. Prefiro fazer desse modo, dá tempo para pensar a respeito antes de escrever. Evito cometer injustiça ou fazer puxaçã0 de saco. Agora, vamos adiante!
No sábado, 19, uma notícia de falecimento me deixou triste. A mídia comunicou que a grande Dercy Gonçalves passou para o andar de cima da existência. Sim! A maior comediante brasileira foi se juntar a um grupo muito bom, formado por Charlie Chaplin, Oscarito, Zacarias, Grande Otelo, Buster Keaton, Groucho Marx, Mussum, Golias, Bussunda e tantos e tantos que, por serem muitos, não consigo lembrar seus nomes.
Dercy nasceu na cidade de Santa Maria Madalena (RJ), em 23/06/1907. Foi batizada com o nome de Dolores Gonçalves Costa. Todavia, mudou para o pseudônimo pelo qual ficou conhecida porque, na época em quando começou sua carreira artística, as famílias ditas de bem não aceitavam que seus filhos abraçassem a vocação do palco. Os artistas eram vistos como prostitutas (as moças) e malandros (os rapazes).
Dercy trabalhou no circo como cantora. Depois foi para os palcos como atriz cômica. O passo seguinte, foi o cinema, sendo estrela de filmes como A baronesa transviada (1957). Suas atuações lhe trouxeram popularidade junto às classes trabalhadoras. Sua ida para a Tv Excelsior, em 1963, foi uma conseqüência natural de seu êxito nos palcos. Depois foi para a Tv Rio. Porém o seu momento de glória ocorreu na Tv Globo, entre 1966 e 1969, onde comandou, às 20:00 de domingo, o programa de auditório Dercy de Verdade. Esse era o programa líder de audiência da emissora nos anos 60, no horário hoje ocupado pelo Fantástico. Sobre esse período, há uma declaração bem significativa da atriz: "Eu fiz a Globo, diferente de muita gente que foi feita por ela".
Apesar do enorme sucesso, o programa não resistiu às pressões da censura e saiu do ar. Posteriormente, Dercy trabalhou nas tvs Record, Tupi Bandeirantes e Sbt. Nos anos 80, ela retornou à Globo para fazer diversas participações.
Apesar do interesse demonstrado pelas ditas camadas culturais do Brasil, Dercy recebeu a consagração popular quando, em 1991, foi homenageada com o enredo "Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo", da escola de samba Unidos da Viradouro. Para não perder o costume de ser sempre irreverente, a estrela causou frisson na avenida ao desfilar, no carro alegórico, com os seios à mostra.
Quase um mês após completar 101 anos, Dercy completou seu ciclo neste mundo. Foi internada na madrugada de sábado, 19. Segundo a equipe médica que a atendeu, a atriz foi vítima de uma complicação decorrente de uma pneumonia, que evoluiu para uma sepse pulomonar e insuficiência respiratória.
Muito mais poderia ser escrito sobre esta importante artista. Outros escreveram. Outros irão escrever. Porém, do meu lado, penso que é necessário apenas repetir um trecho do samba-enredo que a Viradouro dedicou para ela: Merci Dercy!
Você já devem ter notado que eu sempre comento alguns fatos com alguma distância em relação às datas que estes aconteceram. Prefiro fazer desse modo, dá tempo para pensar a respeito antes de escrever. Evito cometer injustiça ou fazer puxaçã0 de saco. Agora, vamos adiante!
No sábado, 19, uma notícia de falecimento me deixou triste. A mídia comunicou que a grande Dercy Gonçalves passou para o andar de cima da existência. Sim! A maior comediante brasileira foi se juntar a um grupo muito bom, formado por Charlie Chaplin, Oscarito, Zacarias, Grande Otelo, Buster Keaton, Groucho Marx, Mussum, Golias, Bussunda e tantos e tantos que, por serem muitos, não consigo lembrar seus nomes.
Dercy nasceu na cidade de Santa Maria Madalena (RJ), em 23/06/1907. Foi batizada com o nome de Dolores Gonçalves Costa. Todavia, mudou para o pseudônimo pelo qual ficou conhecida porque, na época em quando começou sua carreira artística, as famílias ditas de bem não aceitavam que seus filhos abraçassem a vocação do palco. Os artistas eram vistos como prostitutas (as moças) e malandros (os rapazes).
Dercy trabalhou no circo como cantora. Depois foi para os palcos como atriz cômica. O passo seguinte, foi o cinema, sendo estrela de filmes como A baronesa transviada (1957). Suas atuações lhe trouxeram popularidade junto às classes trabalhadoras. Sua ida para a Tv Excelsior, em 1963, foi uma conseqüência natural de seu êxito nos palcos. Depois foi para a Tv Rio. Porém o seu momento de glória ocorreu na Tv Globo, entre 1966 e 1969, onde comandou, às 20:00 de domingo, o programa de auditório Dercy de Verdade. Esse era o programa líder de audiência da emissora nos anos 60, no horário hoje ocupado pelo Fantástico. Sobre esse período, há uma declaração bem significativa da atriz: "Eu fiz a Globo, diferente de muita gente que foi feita por ela".
Apesar do enorme sucesso, o programa não resistiu às pressões da censura e saiu do ar. Posteriormente, Dercy trabalhou nas tvs Record, Tupi Bandeirantes e Sbt. Nos anos 80, ela retornou à Globo para fazer diversas participações.
Apesar do interesse demonstrado pelas ditas camadas culturais do Brasil, Dercy recebeu a consagração popular quando, em 1991, foi homenageada com o enredo "Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo", da escola de samba Unidos da Viradouro. Para não perder o costume de ser sempre irreverente, a estrela causou frisson na avenida ao desfilar, no carro alegórico, com os seios à mostra.
Quase um mês após completar 101 anos, Dercy completou seu ciclo neste mundo. Foi internada na madrugada de sábado, 19. Segundo a equipe médica que a atendeu, a atriz foi vítima de uma complicação decorrente de uma pneumonia, que evoluiu para uma sepse pulomonar e insuficiência respiratória.
Muito mais poderia ser escrito sobre esta importante artista. Outros escreveram. Outros irão escrever. Porém, do meu lado, penso que é necessário apenas repetir um trecho do samba-enredo que a Viradouro dedicou para ela: Merci Dercy!
Aroldo José Marinho
Dercy Gonçalves em A Baronesa Transviada (1957)
Dercy Gonçalves em A Baronesa Transviada (1957)