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24 junho 2018

O suor dos grandes


Na sexta- feira (22) e no sábado (23) as seleções de Brasil e Alemanha tiveram oportunidade para mostrar as lições aprendidas com os tropeços na primeira rodada da copa do mundo. As expectativas de elásticas goleadas sobre os adversários da estreia foram frustradas. O empate de uma e a derrota da outra surpreenderam torcedores e jornalistas, derrubando as bolsas de aposta ao redor do planeta. Veio à tona uma conhecida frase: nenhum jogo é vencido por antecipação.
Na sexta, a equipe brasileira enfrentou a Costa Rica. Procurava superar as dificuldades e mostrar que o resultado do jogo anterior foi um mero acidente de percurso. Vontade não faltou. Tampouco desorganização. Apesar de ter maior posse de bola, a seleção não conseguiu transformar sua vantagem em gols. As poucas tentativas corretas foram parar nas mãos de Navas. O goleiro costa-riquenho defendia e botava sua equipe no ataque. O toque de bola adversário não ofereceu perigo para o Brasil. Gol anulado de Jesus. Empate justo!

O segundo tempo teve maior movimentação. Repetiu-se o panorama do tempo anterior. Brasil indo para cima. A seleção da América Central defendendo e esperando uma bola boa para sair no contra-ataque. Foi então que, aos 32 minutos, brilhou a estrela da copa: o vídeo assistant referee (VAR). Coube ao árbitro auxiliar de vídeo confirmar se houve pênalti na queda de Neymar, derrubado por González. O juiz principal apitou. Todavia o VAR desmascarou a malandragem do jogador brasileiro.

Parecia que o segundo jogo das duas equipes terminaria sem gols. Porém os seis minutos de acréscimos oferecidos pela arbitragem ajudaram a desencantar a seleção brasileira duas vezes. A primeira foi aos 46 minutos com o gol de Coutinho, e aos 52, com Neymar. No final da disputa, ele chorou. Mas seu choro não pareceu ser relevante.
https://www.youtube.com/watch?v=4JKiPQoImpA

O jogo do sábado também ofereceu sua dose de dramaticidade. A campeã Alemanha precisava vencer a Suécia para se redimir da derrota na estreia e continuar sonhando com o bicampeonato. Entrou pressionando o adversário. Tanta determinação fez os torcedores acreditarem que o gol era só uma questão de tempo. Mas a lógica deu ao contrário. O gol anotado aos 31 minutos por Toivonen, fez a alegria de quem desejava a vitória da sueca. A seleção alemã sentiu o golpe mas voltou para suas jogadas elaboradas e sem nenhuma conclusão correta.

O segundo tempo foi frenético desde o início. Movida pela necessidade de sobrevivência, a Alemanha, assumiu logo o controle das ações. O ímpeto era tão grande que, aos 02 minutos, foi recompensado com o empate através de Reus. A equipe continuou no ataque, forçando o recuo dos suecos. Mesmo assim, o gol da vitória não balança as redes. Nada do gol e com uma baixa aos 36, causada pela expulsão justa de Boateng, depois de receber o segundo cartão amarelo.   

A disputa continuou do mesmo jeito. Mesmo com um homem a menos, a Alemanha não abriu mão de atacar. Contudo a dificuldade para marcar o segundo gol dava impressão de que a Alemanha teria que depender de uma combinação de resultados na terceira rodada. Porém os cinco minutos de acréscimos lhes foram úteis. A cobrança de falta feita por Kroos, no último minuto do cinco dados como acréscimo, resolveu a situação da equipe. 
https://www.youtube.com/watch?v=5G9m2Vi6z8w

Por fim, Brasil e Alemanha conseguiram as vitórias almejadas. Porém não faltou suor. Costa Rica e Suécia venderam caro suas derrotas. Aos poucos, as lições da derrota da Argentina para a Croácia, na quinta-feira, começam a ser assimiladas pelas equipes favoritas: não há mais time bobo. O negócio mesmo é jogar com dedicação para vencer e seguir adiante na competição.

Harold

20 junho 2018

Empate resultado justo


A seleção brasileira fez sua estréia na Copa do Mundo no domingo. Usando a lógica como referência, a maior parte da torcida acreditava numa vitória espetacular sobre um freguês habitual. Porém o jogo desmentiu a lógica e a estrondosa goleada que se esperava em cima da Suíça não aconteceu. Mais uma vez, ficou provado que, assim como na vida real, não é bom ter muitas certezas antecipadas no futebol.

No primeiro tempo, a equipe brasileira foi dona das ações mais importantes. Seu esforço foi premiado aos 20 minutos quando Coutinho chutou de fora da área e a bola acabou dentro do gol adversário. A torcida vibrou e os narradores esportivos venderam a ideia de que aquele era o primeiro gol de uma série de muitos. Porém o gol tomado não botou a Suíça na retranca. Para alívio brasileiro, o bom toque de bola adversário não conseguiu empatar o jogo.

O segundo tempo começou, a Suíça quis mostrar que tinha aspirações no jogo e tratou de correr atrás do prejuízo. Após cobrança de escanteio, a bola na área brasileira sobrou para Zuber cabecear e, aos quatro minutos botar novamente o placar em igualdade. A seleção brasileira reclamou, alegando que o jogador suíço, antes de fazer o gol, teria cometido falta no zagueiro Miranda. A reclamação não foi acolhida por Ramos, árbitro mexicano que não pediu uso do VAR (vídeo assistant referee), sigla traduzida como árbitro auxiliar de vídeo.

O jogo seguiu adiante e as dificuldades do primeiro tempo também foram percebidas na etapa final. Brasil ia ao ataque sem mostrar eficácia e a Suíça faziam seu toque de bola, conseguia algum espaço no meio campo mas pouco finalizava. Além do questionamento brasileiro após o gol adversário, nova polêmica surgiu aos 27 minutos, quando houve reclamação de pênalti sobre Jesus. O juiz não marcou e mandou o jogo seguir. No final das contas, o empate foi o resultado mais justo.

Aroldo José Marinho