Bom dia para todos e todas!
Desejo uma excelente semana para os visitantes deste 'blog'. Quero lhes convidar para ler e comentar mais um texto de minha autoria. A inspiração do poema ocorreu em 1996. Eu estava assistindo um filme na televisão. Era Dick Tracy, estrelado e dirigido por Warren Beatty, com as participações de Anette Benning e Madonna. O filme não era lá grande coisa mas teve seus momentos de brilho. Um desses momentos serviu de inspiração para o texto que vocês vão ler.
Espero que a leitura lhes seja agradável. Peço que deixem seus comentários.
Um abraço!
Aroldo José Marinho
O detetive e a moça
Aroldo José
Você é a única!
Foi o que disse o detetive
Que usava capa amarela
Para a bela moça
Que ele amava.
Ela era tão bonita
E se tornava mais bonita
Quando ficava indecisa.
A moça de chapéu,
Que era tão clara.
Sonhava com uma vida feliz
E calma assim como ela.
Ela queria uma vida burguesa
E um vestido de princesa.
Você é a única!
Ela sabe que ele disse a verdade.
Ele a quer para toda vida:
Dividir histórias,
Unir corpos suados,
Pagar contas
E levar as crianças na escola.
Ele lembra de quando a viu
Pela primeira vez.
Era dia de chuva,
Ela estava ensopada.
Ele lhe ofereceu um guarda-chuva.
Ela era tão bonita.
Ele lhe deu também o seu coração,
Seu jeito simples e honesto
Que fica sem jeito
Quando fala dos assuntos do coração.
Ele não disse que a amava
Porque é difícil explicar
O que se sente.
Porém acariciou seus cabelos molhados
E contemplou seus olhos claros.
Ela pensou o quanto ele era elegante.
O homem da capa amarela,
O homem que respeitava a lei
E fazia a chuva parecer
Um dia de primavera.
Você é a única!
Ele disse que sabia disso.
Ela disse que o amava
Enquanto a chuva caía.
Ele a protegia
E ela sabia que ele a amava.
O homem da capa amarela
Que tornava sua vida bela.
Belém, 23/11/96