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24 outubro 2005

O detetive e a moça

Bom dia para todos e todas!
Desejo uma excelente semana para os visitantes deste 'blog'. Quero lhes convidar para ler e comentar mais um texto de minha autoria. A inspiração do poema ocorreu em 1996. Eu estava assistindo um filme na televisão. Era Dick Tracy, estrelado e dirigido por Warren Beatty, com as participações de Anette Benning e Madonna. O filme não era lá grande coisa mas teve seus momentos de brilho. Um desses momentos serviu de inspiração para o texto que vocês vão ler.
Espero que a leitura lhes seja agradável. Peço que deixem seus comentários.
Um abraço!
Aroldo José Marinho


O detetive e a moça
Aroldo José


Você é a única!
Foi o que disse o detetive
Que usava capa amarela
Para a bela moça
Que ele amava.
Ela era tão bonita
E se tornava mais bonita
Quando ficava indecisa.



A moça de chapéu,
Que era tão clara.
Sonhava com uma vida feliz
E calma assim como ela.
Ela queria uma vida burguesa
E um vestido de princesa.



Você é a única!
Ela sabe que ele disse a verdade.
Ele a quer para toda vida:
Dividir histórias,
Unir corpos suados,
Pagar contas
E levar as crianças na escola.



Ele lembra de quando a viu
Pela primeira vez.
Era dia de chuva,
Ela estava ensopada.
Ele lhe ofereceu um guarda-chuva.



Ela era tão bonita.
Ele lhe deu também o seu coração,
Seu jeito simples e honesto
Que fica sem jeito
Quando fala dos assuntos do coração.



Ele não disse que a amava
Porque é difícil explicar
O que se sente.
Porém acariciou seus cabelos molhados
E contemplou seus olhos claros.
Ela pensou o quanto ele era elegante.
O homem da capa amarela,
O homem que respeitava a lei
E fazia a chuva parecer
Um dia de primavera.



Você é a única!
Ele disse que sabia disso.
Ela disse que o amava
Enquanto a chuva caía.
Ele a protegia
E ela sabia que ele a amava.
O homem da capa amarela
Que tornava sua vida bela.
Belém, 23/11/96

8 comentários:

Anônimo disse...

Grata pela visita ao meu blogue e pelas palavras bonitas que me deixou .... Fico feliz que vc tenha gostado ...
E que bom poder se chapar sem drogas, não? ... É verdade que há muitas coisas/situações que nos embriagam ... Esse meu blogue é uma delas. Lá consigo me expressar de maneira franca ... E fico muito feliz que existam outros que gostem como eu .. sinal que temos muito em comum ... Gostei muito do teu blogue também ... Fucei bastante e voltarei ...
Gostei desse teu poema ... Gosto de histórias em forma de poema ...
Eu escrevo poesias (é incipiente!) sempre contando uma história .. Te deixo uma para expressar o momento de dualidade extrema em que me encontro (como boa geminiana)

..................

Quero raízes que me
prendam a alma ao corpo:
não permitam que ela fuja
para mundos distantes e coloridos,
abandonando à desdita
o corpo que a sustenta.

Fica ele perdido
na inexaurível inépcia
física do gueto de si mesmo,
buscando o sentido de
tão famigerada existência.

Porém, à espreita,
a alma permanece:
o corpo decide, ela nega,
o corpo vacila, ela afirma;
e se a matéria dói,
ela rima.

Harold disse...

Oi Curiosa!
Fico feliz por você ter vindo aqui. Pessoas inteligentes e perceptivas devem ser sempre bwm recepcionadas. Você é assim.
Seu poema é belo e expressivo.
Espero que possamos sempre dialogar e descobrir riquezas mútuas.
Venha sempre.
Beijos!!!

Janete disse...

Ficou ótimo o poema de vez em guando eu passo aqui para ver os poemas

Magna disse...

Muito lindo uma verdadeira poesia Parabéns

Carla matias disse...

Gostei muito bom parabéns amei

Maria aparecida disse...

Ficou muito bom amei a matéria

Daniel mendes disse...

Lindo lindo muito bom parabéns

pedro disse...

Realmente muito lindo esta de parabéns