A copa do mundo está chegando. Faltam poucos dias para que o país volte sua atenção para o futebol que vai ser jogado na Alemanha. É lá que as emoções vão acontecer. De lá virão as imagens que darão sentido às vidas de diversos torcedores ao redor do mundo.
A seleção nacional foi convocada e embarcou para fazer sua preparação na Suíça. Depois de afinar os instrumentos na terra do chocolate, a orquestra irá tocar para encantar as platéias alemães. É o que se presume. É o que se deseja. Mas a prudência recomenda: devagar com o andor que o santo é de barro.
Sem dúvida, há vários motivos para se acreditar no favoritismo brasileiro. Porém não se pode fechar os olhos e desmerecer a capacidade das equipes adversárias. Há sempre o perigo do melhor ser surpreendido em qualquer tempo. A Argentina e a França foram à Ásia como favoritas na copa de 2002. Voltaram para casa na fase inicial. A Inglaterra era outra favorita. Venceu a primeira fase e foi enfrentar novos adversários. Deu azar, vencia o jogo contra a seleção brasileira. O placar era mínimo. Fim do jogo, o mundo contemplou a despedida da equipe inglesa, que perdeu de virada para os canarinhos.
Os dois azarões de 2002 eram Brasil e Alemanha. Países que têm tradição futebolística, que já foram campeões mundiais mas que, naquele período, não estavam mostrando brilhantismo. Fizeram campanhas sofríveis nas eliminatórias. Quase não que se classificam. Pois bem, enquanto os favoritos se despediam da copa, as duas equipes seguiram para a final. Deu Brasil! Justo!
Agora é diferente. O time de Parreira entra pela porta da frente e recebe aplausos. Então é preciso manter a calma e não se deixar levar pelo entusiasmo exagerado que envenena e cega. Melhor é confiar no êxito, é claro, e trabalhar para que ele aconteça.
Aroldo José Marinho