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28 abril 2008

E la nave va!


Ontem aconteceu no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, a primeira partida da decisão do campeonato paulista de futebol profissional deste ano. Frente a frente estavam a Ponte Preta, dona da casa, e Palmeiras. A equipe da capital levou a melhor. Já tinha a vantagem do empate. O gol marcado por Kléber aos 19 minutos do tempo inicial só fez aumentá-la. Com a vitória de 1x0, o time de Parque Antárctica ficou em situação privilegiada. Pode até perder por um gol de diferença no segundo jogo que, mesmo assim, será campeão.
Alguns jornalistas dizem que Palmeiras jogou bem no primeiro tempo. Que voltou do intervalo apenas apra administrar a vantagem. Foi aí que a Ponte foi crescendo, crescendo, querendo complicar. Mas a equipe de Campinas esqueceu que no nosso gol estava a figura genial de são Marcos. é mole ou quer mais?
Também frisaram que a queda de rendimento estava relacionada com a saída de Valdívia. Pode até ser verdade. Não dá para esquecer que a equipe tem uma partida bastante difícil contra o Sport, em Recife, pela Copa do Brasil. Além do mais, El Mago, já tem dois cartões amarelos. Se ele levasse mais um, ficaria de fora da partida de volta contra a Ponte. O treinador fez bem em sacar o craque do time para preservá-lo.
Agora é deixar a Ponte de lado, por enquanto, e mirar o horizonte do Sport. A partida em Recife deve ser difícil. Essa consciência nós temos.Mas time que quer ser campeão nunca pensa que vai encontrar jogo fácil. Então, vamos adiante. E dá-lhe Porco! E dá-lhe Porco! Olê! Olê! Olê!
Aroldo José Marinho

20 abril 2008

Ivna: aniversário e textos


Amanhã será dia 21. Alguns pessoas vão ligar a data ao enforcamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira. Outros, que moram em Brasília, vão citar os 48 anos completados pela cidade. E eu serei a exceção. Sem querer ignorar o sacríficio de Tiradentes pelo desejo de um Brasil independente. Sem querer desmerecer a festa da capital federal, amanhã vou lembrar o aniversário de Ivna Deise Amanajás (a moça aí da foto ao lado).
Minha prima é uma amapaense residente no Rio de Janeiro. Para lá ela foi estudar medicina. Ivna é uma pessoa contente e inteligente, que sabe olhar para frente e se fazer superior às situações ou dolorosas. Enfim, uma pessoa do bem!
Há um blog onde Ivna nos brinda com alguns textos simpáticos e bonitos. É o www.sunshine.uniblog.com.br. Um destes textos me chamou atenção. Foi escrito no dia 13/04/07. É forte e mostra um momento de questionamento humano, que é impossível ignorar. Depois de lê-lo, escrevi um poema que, de certa forma, é uma quase adaptção da prosa de Ivna para a forma dos versos. Por isso, o texto foi creditado à dupla Marinho/Amanajás.
Sem mais conversa, primeiro, lhes ofereço o texto escrito por Ivna e, em seguida, o texto que fiz.
Com alegria grito: Feliz aniversário IVNA! Valeu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Aroldo José Marinho


E o que acontece?
Há momentos como este, em que eu queria um canto só meu, em que eu pudesse ficar só, com meus pensamentos ou mesmo, não pensar em nada, apenas respirar e adormecer...
Nada nasce sem um motivo, nada acontece sem uma razão. Gostaria de saber um dia o por quê de estar assim hoje. Não é inalcansável esta vontade, mas sei que não será agora que irei entender.
Sem vontade de viver, sem energia para conviver. Hoje nada é especial, nad aé empolgante.
Tédio!
Como uma daquelas pistas de corrida automobilística, são lindas, programadas, mas não levam a lugar nenhum. Muitos kilômetros percorridos mas não alcamçam um lugar, giram, aceleram, freiam e são observados. Alguém de fora entende o que acontece mas, quem dirige apenas corre.
Quero entender o que a humanidade ganha em esses meus dias de corredora, sou mais uma prova, um teste, uma cobaia? Que me observa ? Será que eu também apendo algo?
Otimismo hojé, definitivamente não é o meu forte ...
Não preciso ir tão longe, em outro mundo, para saber e ver que anjos existem, e que eles se mostram de várias maneiras. Às vezes são demônios, mas são anjos-demoníacos que nos "sacodem"nos "acodem".
Certos ou errados eles existem!


Aflição
Aroldo José Marinho/ Ivna Deise Amanajás

Há momentos em que eu queria ter um canto só meu
Onde pudesse abandonar todos os meus pensamentos
Para que eu não tivesse que pensar em nada, só respirar
Ou me deixar levar pela sagrada vontade de adormecer.

É verdade que nada existe por acaso.
Há sempre uma razão para tudo no mundo
Então, que venha alguém muito sábio me dizer
Porque estou sem vontade de viver
Por que nada mais aqui é empolgante?

Será que um dia vou entender
Por que o mundo girar de um jeito
Que me deixa com a cabeça zonza?

Todos dizem que a pista de corrida é muito linda
Mas eu sei que não leva a lugar nenhum
Quem observa, acha que sabe de tudo do carro
Mas o motorista só sabe correr e nada mais.

Girar
Acelerar
Freiar

Quero saber o que a humanidade ganha com a corrida
Será que sou uma prova? Uma cobaia?
Quem me observa?
Aprendi alguma coisa?

Não é fácil ter otimismo nestes dias
Mas não irei para outro mundo
Para saber que anjos existem.

Isso eu já sei: eles existem sim
Se mostram de muitas maneiras

Uns dias, se vestem como demônios
Mas são anjos-demoníacos
Que adoram me sacudir, me acordar
Para não me esquecer que estão por aqui.
Brasília, 26/02/08.

A imprensa informa ou deforma?

Como a maioria das pessoas deste país tenho acompanhado, há duas semanas, as notícias sobre a morte da menina Isabela Nardoni, de cinco anos de idade, cujo corpo foi atirado do sexto andar de um prédio residencial em São Paulo. Como a maioria das pessoas, fiquei chateado e chocado com tal notícia. Tudo nela é horrível: a morte, as circunstâncias da morte, a idade da pessoa morta e assim por diante.
A imprensa contou que o pai da garota e a esposa deste estavam na cena do crime. Só este fato já serviu como motivo para que os Nardoni tenham sido citados como assassinos da criança. Nada contra o trabalho da imprensa. Jornalistas têm a missão de bem informar à sociedade onde eles estão inseridos. Porém quero discordar da forma como está sendo feita a cobertura jornalística.
Lamento que as cobertura feita por grande parte dos meios de comunicação tenha assumido um caráter sensacionalista. Volta e meia, fico sabendo que as televisões exploram para aumentarem o ibope de suas programações; que as rádios promovem debates com juristas e outros profissionais com a mesma intenção televisiva; que os jornais carregam as tintas nos tons dramáticos. Parece que, neste momento, o jornal Notícias Populares (que, segundo dizem, se espremer, sai sangue) fez escola. Até no Orkut há exploração do fato. Fico com a impressão de que palavras como ética e imparcialidade perderam sentido.
Esse tipo de cobertura faz um mal imenso à opinião pública. Influenciada pela mídia, ela se põe a assumir o papel destinado à justiça. De repente, as pessoas começaram a julgar e condenar previamente o casal Nardoni. Eles só não foram linchados, numa das idas à delegacia, porque havia um forte aparato policial dando proteção.
A mídia, salvo alguns profissionais, tem se portado de forma irresponsável neste caso. A cobertura sensacionalista mexe com o emocional das pessoas, principalmente, daquelas que não têm uma boa formação escolar/cultural e que ficam a mercê das novelas, dos programas de auditórios dominicais, das igrejas de bispos de caráter duvidoso e assim por diante. Parece que imprensa esqueceu estas características do povo ou, por isso mesmo, abraçou o sensacionalismo como verdade absoluta.
Fico com a triste impressão de que a imprensa, quem cabe o papel de bem informar, está se saindo muito bem na tarefa de deformar às mentes dos nossos cidadãos. Será que isto também não pode ser chamado de crime?
Há indícios de que o pai e a madrasta de Isabela sejam os autores do assassinato. Os peritos da polícia concluiram o trabalhos de análise do material encontrado na cena do crime. Porém não cabe à imprensa nem às pessoas que dela recebem notícias julgar os réus. Se cabe culpa ao casal Nardoni, que esta seja declarada num tribunal. Se eles são inocentes, que sejam declarados pelo veredito de um juiz após ouvir a promotoria, a defesa e a decisão dos jurados.
Por causa de minha formação cristã/humanista, lamento a perda de um ser humano tão jovem e gracioso. Torço para que este tipo de situação não venha mais ocorrer. Que as crianças deste país tenham respeitados o sagrado direito de serem felizes. Que a sociedade saiba pautar sua conduta nos ideais de justiça, ética e respeito ao ser humano.
Aroldo José Marinho