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07 julho 2014

De novo os mesmos

Mais uma rodada da Copa aconteceu no sábado (05/07).  Às 13:00, Argentina e Bélgica decidiram uma vaga, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Para enfrentar o vencedor deste jogo, por volta das 17:00, foi a vez de Holanda e Costa Rica medirem forças na Arena Fonte Nova, em Salvador. Os resultados mostraram que a tradição futebolística falou mais alto. Por isso, a semifinal repetirá o enfrentamento final da Copa de 1978, que deu o título para os argentinos.

Comento os dois jogos de uma forma imprecisa, descompromissada com a exatidão do relato. Explico: pouco sei dos jogos pois vi um pouco do primeiro, sem prestar atenção. Quanto ao segundo, vi duas cobranças de penalidades. Então escrevo baseado no que li ou soube pelas emissoras de televisão.

No primeiro jogo estava a Argentina enfrentando a Bélgica. Nas fases anteriores, a seleção européia mostrou um futebol mais ativo do que os de nossos vizinhos de continente. A situação se repetiu, Bélgica criou muitas chances de gol, sem, no entanto finalizar corretamente o gol. A Argentina teve poucas chances, aproveitando uma delas. Na verdade, foi um gol feito ao acaso. Messi tentou fazer um passe para um companheiro, próximo da área belga. A bola desviou num adversário, sobrando para Higuaín chutar. Gol aos sete minutos!

A Bélgica fez o que todos esperavam. Foi para o ataque, armou diversas jogadas perigosas com finalizações defeituosas. Fim do primeiro tempo. Veio o segundo, com as equipes repetindo o roteiro tempo anterior: Bélgica atrás do empate, Argentina no contra-ataque. O futebol não é, necessariamente, um esporte justo, se fosse, certamente, a equipe européia teria, no mínimo, levado o jogo para prorrogação ou cobrança de pênaltis. Argentina classificada!

Como afirmei no segundo parágrafo, não vi o jogo das 17:00. Soube por terceiros que a previsível vitória holandesa, na prática, não mostrou-se tão previsível assim. A seleção da Costa Rica deu trabalho, chegando, em alguns momentos, a ameaçar a equipe de Robben, Van Persie e companhia. Contou com a torcida baiana. Um jornalista, maldosamente, sugeriu que para contrapor ao apoio da torcida aos costa-riquenhos, o árbitro, durante a prorrogação, teria feito vista grossa para um pênalti que poria à seleção centro-americana em vantagem. E mais: teria criado uma falta  na entrada da área que os holandeses não souberam aproveitar. Será?

O lance que definiu o jogo foi executado fora de campo. Pressentindo que do mato da prorrogação, poderia não sair nenhum coelho, isto é, gol, o treinador Van Gaal, fez uma substituição incomum. Fez sair goleiro Cillessen para a entrada de Krul, que é o terceiro da equipe. Porém é especialista em pegar pênalti. Deu certo, ele entrou, provocou os adversários e defendeu dois chutes. Suficiente para botar a Holanda na semifinal.

Espera-se que a seleção holandesa mostre-se ofensiva e conclusiva frente uma Argentina que tem abusado do direito de jogar um futebol pragmático, desprovido de arte e de encanto.

Aroldo José Marinho    




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