Pesquisar este blog

31 janeiro 2007

Daniel e o dia. De quem?



O gorducho fenômeno jogará, de novo, na Itália. Os deputados se preparam para eleger seu presidente. Jack Bauer continua sua luta contra os terroristas. Etc. Diante de tantos assuntos palpitantes, saúdo com alegria Daniel Amanajás neste dia muito especial. Que dia? O Daniel's day é óbvio. O dia em que tal sujeito deu ao mundo o esplendor de sua chegada.
Mas quem é ele e por que merece tanto registro o seu nascimento? Bem, ele é cara aí da foto junto com Denille e Lilica. O valoroso primo é uma das pessoas mais dignas desta nação sedenta de coisas boas, de alguma coisa que chame mais atenção do que o carnaval-exportação e a babaquices dos big brothers da vida. Daniel é assim, um amapaense que ama o Amapá natal mas sabe admirar a coisa boa de qualquer lugar. Que sempre toma as decisões corretas. Que olha com tranqüilidade e igualdade para o juiz de direito, o faxineiro do prédio, os astros do pop rock e quem mais passar pelas adjacências.
Além disso, ele também é um incentivador da cultura e da integração latino-americana. Exemplo desse empenho é sua ação como tradutor da obra do genial poeta argentino Navi Leinad. Ele traduz e, a seguir, divulga na internet. Sei de pessoas que lêem os textos de Leinad e se emocionam. Claro que o talento do argentino cativa mas não se pode esquecer a ação do seu tradutor, que serve como ponte para que possamos compreender e amar tal obra. Este é Daniel. Ele é a ponte! Ele é o cara!
Legal também citar sua relação com Denille, a esposa. Me sinto a vontade para citar esta união. Fui no casamento deles. Ser padrinho não é fácil. Mas é legal! Ainda mais quando é de gente tão nobre e doce. Um belo par: ela traz o perfume, ele oferece a serenidade. Juntos representam uma força amorosa que nada pode destruir. Às vezes, formam um trio esperto com Lilica, a poodle candanga, lembrança da passagem deles por aqui. Que saudade!
Daniel é assim! Um cara bom: filho, irmão, primo, sobrinho, neto, esposo. Quer mais: bicolor, palmeirense, rubro-negro. Um grande especialista em descobrir talentosas bandas de rock. Quem o conhece pessoalmente pode endossar o que escrevo. Não há exagero! Feliz aniversário! Muitas bençãos na sua vida sempre!
Aroldo José Marinho

17 janeiro 2007

Entre os dois, nenhum!





A imprensa nacional vem noticiando, diariamente, sobre a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, que será realizada no 01 de fevereiro. Os candidatos ao cargos são os deputados Arlindo Chinaglia (PT) e Aldo Rebelo (PCdoB), ambos de São Paulo. Os dois fazem parte da base aliada do governo Lula no parlamento. Na prática, são farinhas do mesmo saco. Como não sou eleitor, esta disputa não deveria chamar minha atenção. Porém sou um brasileiro incoformado com os rumos da vida política nacional. Não posso me omitir.

Se eu fosse eleitor, certamante, não votaria no petista nem no comunista. Por que? Basta dar uma refrescada na memória e lembrar que, como membro da liderança do PT, Chinaglia fez a defesa veemente dos parlamentares envolvidos no escândalo do mensalão. Tentou convencer à opinião pública da inocência de José Dirceu e outros coleguinhas. Rebelo (que tenta a reeleição) não fica atrás. É verdade que não teve atuação tão desastrosa no caso do mensalão. Todavia não se pode esquecer da defesa feita por ele do aumento de 91% que os líderes partidários deram aos parlamentares. Detalhe: Chinaglia era um dos líderes defensores da medida. O vergonhoso aumento revoltou à sociedade, gerou os protestos mostrados em duas fotos da postagem e só foi superado por um ato da justiça federal.

Estes são os candidatos apoiados pelo presidente da república. Estranho que um governo que se pretende defensor das classes desfavorecidas tenha, entre seus colaboradores, políticos que parecem estar mais envolvidos na defesa de seus privilégios. Pior, quando se verifica quem são os apoiadores dos candidatos. Com Chinaglia estão o PMDB, o partido mais fisiológico do Brasil, e os partidos da base aliada do governo (PL, PTB, etc). Até Severino Cavalcanti, o nefasto, votou à ribalta para fazer campanha para o petista. Este, ao justificar o apoio a Chinaglia, disse que " deputado gosta de carinho". O carinho citado por ele é sinônimo de compensação financeira. Também não é possível esquecer que a maioria dos envolvidos no mensalão pertence à base governista. A candidatura de Rebelo tem como suporte os deputados do PFL. Que coisa irônica, um candidatura comunista ser alicerçada por um partido de direita.

Diante deste quadro pessimista, é importante que surja uma terceira candidatura que, de fato, represente, uma resposta a série de absurdos acontecidos na Câmara. Ontem (16/01), o grupo chamado de Terceira Via lançou a candidatura do deputado Gustavo Fruet (PSDB- PR). Segundo os analistas, a entrada de Fruet na eleição dá a certeza de que haverá segundo turno. Não sei ao certo. Tomara que sim. O pouco que conheço do deputado paranaense me faz ter certeza que sua entrada, trará um pouco de ética (artigo em falta na política nacional) à desgastada movimentação da Câmara.
Aroldo José Marinho

08 janeiro 2007

Eterno

Vim aqui fazer uma homenagem para Denille Moreira Amanajás. Mas quem é a figura homenageada? Por que merece este espaço? Para a primeira pergunta, a resposta é rápida: ela é esposa de meu primo Daniel Amanajás, tradutor para o português da obra do poeta argentino Navi Leinad. A segunda resposta é óbvia: para saudar seu aniversário que aconteceu no dia 07. Por isto, este texto chega atrasado. Deveria ter sido publicado ontem. Porém, não foi possível acessar a internet no Denille's Day. A citação ficou para hoje.
Tenho uma amizade especial com Daniel. Aprecio nele o caráter e a dignidade com que se coloca diante das situações que a vida lhe impõe. Então aprendi a valorizar as escolhas feitas por ele nos mais variados níveis. Aqui é que entra Denille, que conheci através de Daniel quando eles vieram morar no Distrito Federal (DF). Era um casal de namorados interessante. Deu para perceber que ela é legal. Além do mais, se faz dupla com Daniel, é porque é uma pessoa a ser sempre olhada com carinho e respeito.
Algumas vezes, deu para conversar com ela sobre espiritualidade, sonhos profissionais, música, etc. Pude perceber que Denille tem uma qualidade que considero importante: gostar das pessoas pelo que elas são e não pelo que têm. Depois o tempo foi passando e os namorados decidiram oficializar a união. Me chamaram para ser testemunha (na prática, padrinho) do lance. Fui lá com muita honra, também com um pouco de orgulho (rs).
Poderia escrever mais coisas em honra do Denille's Day. O problema é que faltam palavras. Então, simplifico tudo com duas citações. A primeira é "Como sou girassol você é meu sol." É de uma música do IRA!, grupo muito querido por Daniel. A outra citação é o poema "Eterno", publicado originalmente no www.navileinad.blogspot.com, que Daniel traduziu para o português. É necessário dizer que ele é o autor da foto que ilustra o texto?
Por hoje é tudo! Feliz aniversário Denille!
Beijos e saúde!
Harold




Eterno

Penso viver...
Você sobrevém
indicando sentido
em minha existência.

Procuro entender...
É substancioso
e enfraquece o que eu
sempre tento acreditar ser.

Não desisto...
Se perco a luta íntima
volto a existir
sem viver.

Então compreendo...
Só você me liberta
da tormenta interior.
Resgata em mim
apenas o que é puro
E torna eterno
um sentimento
que é uno.





02 janeiro 2007

Mudanças


Retomo o velho e saudável hábito de apresentar textos de poetas aos leitores do "blog". Hoje apresento "Mudanças", texto de Rêgo Júnior, poeta maranhense, radicado no DF. No trabalho dele, é possível perceber a influência (publicamente assumida) de Paulo Leminsky. Uma boa influência.
O texto foi publicado, anteriormente, no Recanto das Letras, na edição de 29/12/2006.
Leiam e depois façam comentários. O poeta saberá que emoção seu trabalho suscitou em vocês.
Aroldo José Marinho


MUDANÇAS
Rêgo Júnior
Tudo muda!
A lagarta vira borboleta,
voa, espalhando cores ,com sua asas Kandinskiana
Àgua muda : vira gelo, para esfriar a mente
Do mais terrivel serial killer,
ou alcoolizar o profundo depressivo
O tempo muda : de cor, clima, estação.
Até o ser, que antes era espermatogônia, hoje
É um humano, inadequado, insano .
tudo muda :
Até o mundo muda de rotação,
para transgredir com a lua
Muda o meu gostar,
se hoje lhe chamo de Cinderela,
amanhã,lhe deixo na contra-mao
para nao sofreres desilusão
Muda o sim, muda o não
Muda-se de sexo, gosto, religião
muda: planta,casa, direção.

Um bandido foi. O outro ficou!


O ano que findou nos deixou uma notícia meio boa e meio ruim. Qual notícia? Está aí na tela, na excelente ilustração de Angeli: a execução de Saddam Hussein, o tirano do Iraque, enforcado no dia 30 de dezembro. Notícia boa porque sua punição foi decidida num julgamento. Ruim porque põe em evidência que no século 21, ainda, se usam métodos medievais (como o enforcamento) para castigar bandidos. Por uma questão de princípios, sou contra qualquer tipo de assassinato. Porém reconheço que a morte de Saddam não me inspirou pena nem vontade de fazer um movimento contra sua execução. Primeiro lembrei de milhares de pessoas assassinadas pelo seu regime. É verdade que George Bush não é, nunca foi nem será um santo, um exemplo a ser imitado pelas pessoas de bem do mundo. Vai ver até que Hugo Chavez estava coberto de razão quando o chamou de "demônio". Mas a conduta imperialista de Bush não pode ser usada como justificativa para tentar invalidar o castigo do bandido iraquiano. Os dois são farinhas do mesmo saco. Um já recebeu punição. Quando virá a destinada ao patético norte-americano?

Uma curiosidade: da mesma forma que Hussein encontrou a morte num período de comemoração que diz muito à humanidade, fato precedente aconteceu na Europa, no natal de 1989. No dia 25, foi fuzilado Nicolau Ceausescu, o ditador que governou com mão de ferro a Romênia. Lembro que alguns cidadãos comentaram: "No dia em que nasceu Jesus, nós nos livramos de um anti-cristo."

Adeus ano velho! Feliz ano novo

Aroldo José Marinho