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30 outubro 2010

Rita Lee- Coisas da Vida

Considero Rita Lee uma artista genial e importante. Ela faz parte da história da música popular deste país. A cantora e compositora entrou no cenário em meados da década de 1960, quando participou do Tropicalismo, movimento musical cuja influência se mantém até os dias atuais. Ao lado dos baianos Caetano, Gil, Gal e Tom Zé, ela estava inserida no contexto como membro dos Mutantes, que é  apenas a maior banda de rock do Brasil de todos os tempos.

Na década seguinte, ela começou a carreira-solo. Acompanhada do grupo Tutti-Frutti, Rita carregou a bandeira do rock num período em que vigorou uma pesada censura à produção artística. Nesse período foram gravadas duas de suas canções mais famosas: Ovelha Negra e Coisas da Vida.

Além do talento musical, volta e meia, ela ataca também em outras áreas. Já escreveu livros infantis, participou de filmes e novelas e apresentou programas de rádio e na MTV. Enfim, Rita é uma mulher de multíplas facetas.

Que ela é uma excelente cantora todos sabem. Todavia, Lee tem um diferencial em relação às suas colegas. Num universo onde o que não falta é interprete, Rita se destaca como compositora de rara e apurada percepção.

Em 1998, Rita Lee gravou um programa para a série Acústico MTV. Nele, a artista interpretou seus maiores sucessos com novos arranjos e teve como convidado especial Milton Nascimento. É desse programa a postagem que segue abaixo.

Harold

Rita Lee- Coisas da Vida
 

28 outubro 2010

Freeway- Letra e tradução

Conforme o avisado na postagem anterior, segue a letra da canção Freeway, de Aimee Mann, com a respectiva tradução. Esta última foi preparada por mim.

Confesso que, diferente das outras traduções, esta me custou um suor extra. Tive que fazer um trabalho que pudesse aproximar o contexto da canção com as situações que nós, brasileiros, conhecemos, nas nossas andanças pelas rodovias nacionais.
Recado dado, seguem a letra, a tradução e um vídeo alternativo. Tudo de bom!

Harold

Freeway
Aimee Mann
 
You got a lot of money, but you can't afford the freeway
The road to Orange County leaves an awful lot of leeway
Where everyone's a doctor or a specialist in retail
They'll sell you all the speed you want if you can take the blackmail

You know it
I know it
Why don't you
Just show it?
You got a lot of money, but you can't afford the freeway
You got a lot of money, but you can't afford the freeway

You got a lot of money, but you cannot keep your bills paid
The sacrifice is worth it just to hang around the arcade
You found yourself a prophet, but you left him on the boardwalk
Another chocolate Easter bunny, hollowed out by your talk

You know it
I know it
Why don't you
Just show it?
You got a lot of money, but you can't afford the freeway
You got a lot of money, but you can't afford the freeway

And everything I do is wrong
But at least I'm hanging on

You got a lot of money, but you can't afford
You got a lot of money, but you can't afford
You got a lot of money, but you can't afford the freeway
You got a lot of money, but you can't afford the freeway
You got a lot of money, but you
Can't afford
You got a lot of money, but you
Can't afford


Rodovia
Aimee Mann
Tradução: Aroldo José Marinho

Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia
Na estrada que vai para o município de Orange tem um trecho perigoso para manobrar
Nessa estrada todo mundo posa de médico ou de especialista em negócios de varejo
Que te venderão toda a velocidade que você quiser caso aceite see chantageado

Você sabe disso,
Eu sei disso
Por que você
Não denuncia isso?
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia

Você tem um monte de dinheiro, mas não consegue ter pagar as contas
O sacrifício é válido somente para pendurar em volta da arcada
Você descobriu um profeta dentro de si, porém você deixou que ele fosse para o passeio à beira mar
Um outro chocolate do coelho da páscoa que ficou ôco por causa da sua conversa fiada

Você sabe disso,
Eu sei disso
Por que você
Não denuncia isso?
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia

É verdade que tudo que eu faço dá errado
Mas pelo menos eu me mantenho por perto

Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia
Você tem um monte de dinheiro, mas você não consegue ter recursos para a rodovia
Você tem um monte de dinheiro, mas você
Não consegue ter recursos
Você tem um monte de dinheiro, mas você
Não consegue ter recursos


Aimee Mann- Freeway
 

27 outubro 2010

Freeway

A maioria das pessoas que visitam o blog sabem que gosto demais do trabalho de Aimee Mann (foto). Considero a compositora e cantora norte-americana uma das figuras mais expressivas do rock surgido, nos anos 1980, nos Estados Unidos. Pena que poucos brasileiros sabem da existência dela. Vida de artista independente e autêntica é assim mesmo. Se não vende a alma, não recebe afagos da grande mídia.

Aimee atuou na década de 80 como vocalista e baixista da banda 'Til Tuesday. Naquele período, as bandas new wave eram atração. A banda de Aimee seguia esse caminho.  Em 1990, ela decidiu dar um basta na situação e partiu para a carreira-solo. Fora do contexto new wave, ela mostrou que era muito mais do que uma moça loura que sabia cantar e tocar contrabaixo. Seu trabalho foi buscar suporte no folk rock e nas letras que exalavam poesia e reflexões.

Apesar de não ser famosa (no sentido da exposição midiática) nem no seu país, Aimee ganhou alguma fama em 1999 por causa do filme Magnólia. O diretor Paul Thomas Anderson, declarou à imprensa que escreveu o roteiro do filme escutando o disco Bachelor N. 2, gravado por Aimee. E mais, incluiu as músicas de Mann na trilha sonora do filme. Das 13 canções de Magnólia, nove foram compostas e interpretadas por ela. O filme recebeu indicações para o Oscar de 2000 e ganhou prêmios em outros festivais. A música de Mann se beneficiou dessa situação. Outras informações sobre o trabalho da artista podem ser encontradas no www.aimeemann.com.

Segue um clipe da canção Freeway, primeira faixa do cd @#%&*! Smilers, de 2008. Lamento não saber informar se o disco foi lançado no Brasil. Tive acesso ao material através da internet. Sugiro que vocês procurem na rede e baixem. Vale a pena ouvir um trabalho tão criativo.

Numa outra postagem, fornecerei letra e tradução.Viva Aimee!!!

Harold


Aimee Mann- Freeway

A despedida de Paul

Notícias vindas de Oberhausen, cidade alemã, informaram o falecimento de Paul (foto). O polvo, nascido na Inglaterra, morava no Centro de Vida Marinha da cidade e ficou famoso como vidente durante a Copa do Mundo da África do Sul. Todas as previsões de Paul foram confirmadas nos jogos.

A direção do Centro de Vida Marinha comunicou que Paul faleceu durante a noite de segunda-feira (25/10). A causa da morte da famosa criatura foi natural. Paul já estava com dois anos, idade de velhice para os animais de sua espécie.

As previsões de Paul aconteciam da seguinte maneira. Primeiro, os tratadores colocavam no seu aquário duas caixas com comida e as bandeiras dos países que iam se enfrentar na Copa. O polvo escolhia um dos recipientes para se alimentar. A caixa de comida escolhida era a que continha a bandeira do país que seria o vencedor do jogo.

Assim aconteceu com os sete jogos da seleção da Alemanha. Assim também com a partida final entre Espanha e Holanda. Todos os palpites de Paul foram confirmados. Seu aproveitamento como vidente foi de 100%. Junto com a paraguaia Larissa Riquelme, em alguns momentos, o simpático octopus foi um destaque quase  maior do que toda a Copa do Mundo. 

O corpo do carismático polvo está agora armazenado. Todavia, a direção do Centro de Vida Marinha não descarta a possibilidade de construir um túmulo para Paul e erguer uma estátua em sua honra.

Descanse em paz Paul!

Harold

Com quem dançar?

Volta e meia, alguém pergunta em quem irei votar na eleição para a presidência da república. Não tenho dificuldade em afirmar que votei no primeiro turno em Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT). Nela votarei no segundo turno também. Ela é a minha opção desde 2009, quando começaram as especulações sobre os possíveis candidatos à sucessào de Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, esclareço que minha decisão não se deu, necessariamente, em cima do nome de Rousseff.

Não vejo muita diferença entre a candidata petista e José Serra, do Partido da Social- Democracia Brasileira (PSDB). Os dois Não são politicamente carismáticos. São membros influentes da turma mas não tem perfil para a liderança. No ponto de vista técnico, possuem qualidades equivalentes. Ela é inteligente, ele também. Ela é competente, ele idem. Rousseff é hábil gestora e articuladora política. Serra possui essas qualidades. No final das contas, os dois merecem a minha consideração.

Se as candidaturas são equivalentes, qual o motivo de minha adesão à candidatura de Dilma? Simples, o partido. Não consigo simpatizar com o PSDB. Penso dessa forma desde 1994. Desde então, procuro manter alguma distância em relação ao partido que, na minha opinião, traiu a democracia brasileira. 

Num outro momento, poderei citar alguns exemplos que embasam o que escrevi no parágrafo anterior. Por enquanto, mantenho o voto do primeiro turno. Sigo com Dilma. Espero que ela seja vitoriosa e faça um governo preocupado com as causas populares. Nada que tenha a mínima lembrança do partido dos tucanos.

Aroldo José Marinho 


19 outubro 2010

Serra em transe

Boa tarde!
A corrida presidencial segue adiante. Se no primeiro turno havia uma distância entre os competidores, agora assistimos um corpo a corpo que espanta as cabeças pensantes deste país. Em vez de idéias, são debatidos temas de caráter moral, com viés religioso. Mas um religioso extremo, quase burro.

Lamento tudo isso. Espero que a dignidade e a ética voltem a ser o referenciais para as dispuas de um país que pretender ser influente no mundo.

Posto texto publicado n edição de ontem (18/10) do jornal Folha de São Paulo. Concordo com a abordagem proposta pelo articulista.

Aroldo José Marinho

Serra em transe

Fernando de Barros e Silva

Não resisto a uma provocação inicial: a blogosfera estaria em polvorosa e os serviços da ombudsman da Folha amanheceriam entupidos de mensagens indignadas contra o jornal se a notícia não dissesse respeito a Monica Serra, mas a Dilma Rousseff.

Isso dito, é claro que é polêmica a publicação do relato de uma ex-aluna da mulher de Serra dando conta de que ela (Monica), em sala de aula, revelou já ter praticado um aborto. Não se trata de uma notícia qualquer. Ela coloca em conflito o direito à informação, de um lado, e o direito à privacidade, de outro.

Haverá, neste caso, bons argumentos a favor e contra a publicação. Penso que a Folha acertou, por duas razões principais: com o aborto alçado a tópico da disputa eleitoral (e por obra de Serra), o episódio passou a envolver evidente interesse público. E, tão importante quanto isso: Monica Serra havia dito, há um mês, em campanha pelo marido no Rio, que Dilma era a favor de "matar criancinhas", numa clara alusão à posição da petista sobre o aborto. Ao assumir como sua, e nos termos que fez, a campanha do marido, Monica fixou para si as regras do jogo que estaria disposta a jogar.

O caso (tão desconfortável, tão cheio de implicações desagradáveis a quem o aborda) permite, ou exige, uma reflexão de ordem mais geral. O PT tem sido acusado, quase sempre com razão, de ser capaz de qualquer coisa para se manter no poder. Isso virou um mantra, a despeito da sua veracidade. Mas Serra não está se revelando, já faz tempo, alguém disposto a pagar qualquer preço para chegar ao poder?

Essa pantomima de devoção e carolice que se apossou da campanha tucana (e que nada tem a ver, como parece óbvio, com respeito efetivo pela religiosidade do povo) é a expressão patética de que tudo (biografia, valores, familiares) está sendo sacrificado em nome de uma ideia fixa. Serra sonha ser presidente. Mas se parece, cada vez mais, com o personagem de Paulo Autran em "Terra em Transe".

15 outubro 2010

Palmeiras vence partida na Bolívia

Nesta quinta-feira, a Sociedade Esportiva Palmeiras foi à cidade de Sucre, na Bolívia, e venceu dois adversários: a altitude e o Universitario, clube local. A partida, válida pela Copa Sul-Americana, foi disputada na base da aplicação tática. Quando esta parecia não existir, a equipe orientada por Luís Felipe Scolari apelou para a velha e boa raça. Deu tudo certo.

Jogar na altitude de 2.800m não é coisa fácil. Por isso, a direção palmeirense decidiu desembacar em Sucre quatro dias antes da partida. O objetivo era assimilar rapidamente a mudança climática, o jeito de viver na altitude. O resultado da partida mostrou que o planejamento da diretoria foi acertado.

O único gol da partida aconteceu no primeiro tempo. Falta a favor dos brasileiros, Marcos Assunção (foto) bateu e converteu. Eram decorridos 26 minutos. Com desvantagem no placar, os donos da casa foram para cima. Mas a experiência brasileira falou mais alto. Combinou o pouco oxigênio que conseguia para respirar com a garra  necessária. 

A vantagem poderia ter sido ampliada se a arbitragem não tivesse prejudicado o time paulista. Aos 36 minutos do tempo final, houve um rebote na área do Sucre, Lincoln, em posição legal, mandou para as redes. O juiz alegou impedimento e anulou o gol. Depois não houve alteração no placar.

O segundo jogo entre Palmeiras e Sucre será em São Paulo, na próxima quarta-feira. O vencedor enfrentará Atlético (MG) ou Independiente de Santa Fé, da Argentina, que disputam um outro mata-mata. No jogo de ida os mineiros ganharam por 2 a 0. Se prevalecer a lógica, teremos um confronto de brasileiros na próxima fase.

Cumprida a missão na Bolívia, Palmeiras dá um tempo na Copa Sul-Americana. O novo foco é o jogo de domingo pelo campeonato nacional. O adversário da vez será o Ceará. No primeiro jogo houve empate. Agora o Verdão terá a chance de mostrar que está numa fase melhor.

Aroldo José Marinho


Sucre 0 x 1 Palmeiras
 

06 outubro 2010

A bela Laura

Apesar de não jogar nada, gosto de assistir às partidas de voleibol. Torço pelas seleções nacionais. Nossos jogadores são exemplos de talento e garra. Nossas atletas estão entre as melhores do  mundo. Trabalho sério de Bernardinho e Zé Roberto. Por isso, sempre que possível, assisto às competições internacionais com espírito de torcedor apaixonado.

Admito que, por ser um homem que pensa como homem, presto atenção redobrado aos jogos da seleção feminina. Procuro ser um torcedor correto. Tento entender a forma de nossa equipe jogar e como elas evoluiram em tão pouco tempo. Que coisa fantástica!

Apesar de torcer pelas nossas meninas, não posso esconder uma pequena traição. No jogo entre Brasil e Holanda, pelo Grand Prix, deste ano, não deixei de torcer nem de vibrar pela seleção brasileira. Porém minha atenção foi dividida: quando não estava observando as movimentações de nossas meninas, meu olhos estavam fixados na levantadora adversária, a gata Laura Dijkema (foto).

Ela tem 20 anos. É uma MULHER loura de 1,84 e peso de 71 kg. Talento de atleta não lhe falta. Faz o passe com precisão e rapidez. Esse é um dos motivos da nossa equipe ter suado bastante para vencer as holandesas. A competente Dijkema estava lá dificultando nossa vida. Porém ela se destaca com sua beleza suave quase discreta; seu jeito de motivar suas companheiras, de sorrir e encantar.

Paro por aqui. As palavras não vem fácil na minha cabeça. Todavia se alguém leu este post e, ainda assim, duvida daquilo que escrevi sobre Dijkema, só há uma atitude coerente a tomar. Não perca tempo, assista, além dos jogos da seleção brasileira, os da equipe da Holanda no campeonato mundial, que acontecerá neste mês no Japão. Assim todos saberão que tenho razão em transformar a moça holandesa numa super-musa.

Tudo de bom sempre!

Harold