Para finalizar  sequência de textos sobre a tema paternidade. Posto este texto que enfatiza as consequências emocionais que a ausência paterna pode causar nos filhos.
O link do texto é: www.yahoo.minhavida.com.br/conteudo/10548-Vinculo-afetivo-entre-pais-e-filhos-se-consolida-quando-nao-e-uma-obrigacao.htm.
Boa Leitura!
Harold   
Ausência dos pais pode comprometer saúde emocional dos filhos
Dificuldade de expressar sentimentos é um dos problemas enfrentados pelos pimpolhos
Não basta ser pai, tem que participar. O termo é bastante conhecido, e as dificuldades para fazê-lo se tornar realidade também. A rotina diária ou a forma como a estrutura familiar está organizada exige que os pais encarem como desafio o que deveria ser uma obrigação: tornar-se presente na vida dos filhos. A ausência se transforma em culpa, para os pais que não conseguem dar atenção à prole, e em traumas para os filhos, que se sentem sozinhos e até rejeitados pelos pais.
A psicóloga Patrícia Spada, que faz parte de uma das equipes da  Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, além de ser coordenadora do curso  que ministra na UNIFESP - "A Psicologia nos Distúrbios Alimentares...",  da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, explica que a ausência dos pais  pode interferir de maneira diferente no desenvolvimento da criança e do adolescente. Para ela, a ausência traz danos em quaisquer  circunstâncias, mas a idade e o motivo da ausência são elementos chave  nesta questão, "Criança ou adulto, filhos precisam das referências dos  pais, sem elas tendem a enxergar os relacionamentos humanos com certo  despreparo e como algo negativo", explica ela. 
             De 0 a 3 anos de idade
Nesta  fase, a formação da personalidade da criança ainda não está definida e a  referência dos pais é fundamental para que isso aconteça sem prejuízos  emocionais e psicológicos. "Se os pais faltam nesta fase, a criança se  sente desprotegida e não tem parâmetros para diferenciar o que é certo  do que é errado. Doenças cognitivas,  obesidade,  desnutrição e problemas afetivos são alguns dos traumas carregados pela  ausência dos pais", conta Patrícia. "A presença dos pais é primordial  neste período, pois, os traumas sofridos nela se estendem pela vida  adulta e vão desde dificuldades de aprendizagem até a falta de apetite  ou a comilança excessiva", continua ela. 
             Na adolescência 
Já na adolescência,  os efeitos são mais de ordem comportamental e podem se refletir tanto  na vida amorosa e familiar como no convívio em sociedade. "O adolescente  tende a buscar referências fora de casa, quando não as encontra nos  pais. Portanto, a chance de manifestar um comportamento agressivo e  buscar as referências ausentes em estranhos são grandes", explica  Patrícia.
Excesso de trabalho
Nestes  casos, os filhos se sentem trocados e traídos pelos pais, é como se não  fossem importantes. A psicóloga explica que sinais como tiques  nervosos, tristeza e apatia ou agressividade são bastante comuns  quando  o motivo da ausência é esse, e que os pais devem prestar atenção no  comportamento dos filhos para não achar que esses sintomas são frescura  ou decorrentes de outros motivos. 
Desestrutura familiar
A  psicóloga explica que, quando a ausência se dá pela separação dos pais,  é possível evitar traumas estabelecendo regras e mantendo uma rotina  parecida com a que os filhos levavam antes do divórcio, porém, segundo  Patrícia, quando a ausência se dá pelo fato do filho não conhecer o pai  ou a mãe, os traumas são bem maiores. "Não sabemos oferecer aos outros  aquilo que não recebemos. Quando não conhecemos nossas origens, não  desenvolvemos o sentimento de pertencimento que faz com que nos sintamos  filhos de alguém, não temos laços afetivos importantes com as outras  pessoas", explica Patrícia.
             Falecimento dos pais
A  ausência neste caso pode ser a mais dolorosa. Pai e mãe são sempre  insubstituíveis na vida dos filhos, e tentar suprir o carinho que vai  faltar é uma situação delicada. Patrícia explica que a melhor maneira de  os familiares lidar com isso é dar amor sem tentar uma substituição de  valores. "Avós são avós e pais são pais, não dá para querer mudar essa  realidade, o que se pode e deve fazer é tentar reforçar ainda mais os  laços naturais que unem esta família", explica ela. 
Dicas para amenizar os traumas causados pela ausência dos pais
-Melhore  a qualidade do tempo que passa com seus filhos. Se tiver duas horas por  dia para ficar com eles, dedique-se apenas a isso neste período
-Tente se fazer presente emocionalmente, quando a presença física é  impossível: Telefonar,  deixar bilhetes e fazer surpresas pode ser uma  boa saída 
-Justifique a ausência com uma conversa franca, quando os filhos são mais velhos
-Quando pequenos, não delegue funções de pai e mãe a estranhosn; tente mostrar que você faz parte da vida da criança, mesmo sem tanto tempo para isso.
-Justifique a ausência com uma conversa franca, quando os filhos são mais velhos
-Quando pequenos, não delegue funções de pai e mãe a estranhosn; tente mostrar que você faz parte da vida da criança, mesmo sem tanto tempo para isso.







